Anne preparou todo o café da manhã, logo depois de ter estado no quarto do filho minutos atrás apenas para lhe dar um beijo e se despedir, ela estava indo para a biblioteca ao qual trabalhava, e achou injusto atrapalhar seu sono, ele parecia um anjo com cachos jogados pelos travesseiros e os lábios entreabertos deixando sua respiração sair calmamente por ali.
Anne passou pela porta e a trancou, caminhando sem pressa até seu destino naquela manhã fria.
Algumas horas depois, Harry acordava sonolento, esfregando as mãos em seus olhos e bocejando ao abrir seus braços. Ele levantou e fez suas necessidades, não tinha nada programado para aquele dia, então, vestiu uma grande e grossa camiseta lilás, e pegou seu cobertor quente ao caminhar até a sala, pretendendo assistir algum desenho animado depois do café da manhã.
Sua mãe sempre acordava cedo e cozinhava coisas deliciosas, ela era carinhosa e por mais que ela não soubesse, ele sentia cada beijo que ela depositava em sua bochecha antes de sair de casa pela manhã.
O menino pegou alguma panqueca e se lançou no sofá com uma xícara de chocolate quente, ele se envolveu com seu pano e ficou ali, encolhido, apenas sentindo o ar gélido. Soprava o chocolate antes de o golear, o líquido aquecia-o por dentro, na tevê passava algum desenho repetido que não prendia sua atenção por mais de alguns segundos.
Quando se inclinou para deixar a xícara vazia na pequena mesa de madeira a sua frente, o garoto observou o notebook de sua mãe, ela nunca colocava uma senha para que Harry pudesse fazer pesquisas sempre que quisesse.
Ele pegou com cuidado o aparelho, o colocando em cima de suas pernas, uma foto dele e sua mãe acendeu logo quando ele abriu-o.
A internet poderia ser mais interessante que aqueles desenhos que ele já havia assistido por diversas de milhares de vezes.
O rapaz não tinha algo especial em sua mente, apenas entrou na página de inicialização de pesquisa, ficou encarando fixamente o lugar onde deveria digitar algo, não é como se o Google fosse fazer isso sozinho.
Seus pensamento se direcionaram a Louis, e suas bochechas ficaram rubras, não mesmo, ele não iria pesquisar sobre... hm, sua mãe poderia ver o histórico de pesquisas. Mas ele poderia apagar depois e... tarde demais. Seu debate interno já havia sido perdido.
“Como fazer amor?” digitou.
Ele tinha essa curiosidade, mas não iria perguntar para sua mãe sobre, era constrangedor demais. Sua atenção estava na pequena listra azul que se preenchia na parte superior. Ele estava envergonhado, realmente esperava que o notebook não criasse vida e risse da sua cara — assim como as porcelanas de a bela e a fera. O quê? Harry gostava de filmes de princesas.
Assim que a página carregou, Harry olhou para suas mãos, depois olhou para as paredes, ele estava corado. Não era de seu feitio fazer pesquisas desse gênero, mas as vezes era muito chato não saber de certos detalhes.
A página aberta relatava sobre detalhes de sexo, hétero. Não era isso que ele queria saber, e até torceu o nariz para alguns sites com imagens explícitas demais.
Ele tentou novamente: “Como fazer amor? Gay.”
Ele entrou no primeiro link que surgiu, lendo atentamente cada palavra.
Sua vergonha foi desaparecendo, e aquilo era interessante, explicava sobre a necessidade da lubrificação e também sobre a dor — cuja parte, Harry não se agradou —, mas que logo ela sumiria e o prazer que vinha a seguir era alucinante
Agora ele entendia, e bom... aquilo era excitante, graças a sua mente que projetava as instruções, tendo Louis como o outro personagem.
E no fim da página, havia um link.
Um link de um vídeo.
Um link de um vídeo pornô gay.
Harry resfolegou, estava paralisado observando um homem loiro e forte sentado no colo de um moreno.
Ele rapidamente fechou o aparelho em um baque mudo, pensando no quão absurdo aquilo era. O cacheado bufou, ainda precisava liga-lo novamente e apagar o histórico.
E assim o fez, devagar, como se estivesse invadindo a privacidade daquele casal. Harry queria fechar aquilo e voltar ao seu desenho, mas como um bom adolescente movido pela curiosidade, logo seus dedos estavam a clicar ali, carregando em uma velocidade assustadora, nem seus trabalhos escolares carregavam tão depressa.
Gemidos preencheram a sala, altos e escandalosos. O loiro rebolava sem parar, seus lábios estavam vermelhos e de sua garganta gemidos não cessavam.
“Oh, fode... m–mais fundo, daddy!”
Harry estava completamente hipnotizado com aquilo, sua ereção se formava conforme o rapaz de cabelos loiros grunhia.
Harry levou as mãos até a região, acariciando e fechando seus olhos, movendo devagar para cima e para baixo. O som de fundo era pornográfico e o incitava a continuar.
Harry mordia os lábios com força, imaginado ser Louis ali, o tocando da forma só ele conseguia fazer, imaginado os lábios dele. Todo orgasmo que Harry tivera, estava pensando em Louis. Sem exceção.
E ele continuou, apertando ao seu redor e seu polegar girava em sua glande rosada, assim ele alcançou seu orgasmo, sujando seu abdômen alguns minutos depois do vídeo de treze minutos ficar em completo silêncio, anunciando seu fim.
Antes de desligar o aparelho e seguir para o banho, se livrar de todo aquele suor e da sujeira, Harry lembrou de apagar o histórico de pesquisas.
Ele se sentia bem mais feliz agora, com seu namoro e suas descobertas, já tinha idade para saber de muitas coisas, e Louis estava se saindo um ótimo instrutor. O ensinando e o mostrando como fazer determinada coisa. Ele amava Louis, e confiava nele, isso facilitava tudo de forma significativa.
Harry era grato, não poderia ficar sem saber de tudo para sempre, era grato pela delicadeza que Louis o incluía nesse mundo.
O cacheado o amava, e por isso, nada mais normal que fazer amor com ele, da forma certa, aos seus olhos, pareceu ser algo muito bom, o homem do vídeo parecia estar perdido em prazer e ele queria sentir isso também, com Louis, é claro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Little sweetheart (l.s)
Fanfiction(▫Concluída) Honestamente, amizade e amor caminham lado a lado, afinal, uma não existe sem a outra. Louis ama Harry. Harry ama Louis. Como melhores amigos, apenas. No entanto, será que o sentimento é estrito apenas ao cômodo da amizade? É o que eles...