XVII

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Harry estava lendo um de seus livros em seu quarto, suas costas confortavelmente sobre a cabeceira de sua cama, enquanto Louis, distraído ao redigir um trabalho de literatura em seu computador.

Bom, em resumo, sua relação com Louis estava da mesma forma, exceto por alguns pequenos beijos de vez em quando, relação nomeada como “Frientine”, que nada mais é, que uma relação de amizade com pequenos acréscimos de namorados, como o direito de se beijarem quando estivessem sozinhos e sentissem vontade.

A ideia veio de Louis, dizendo que Friend devido a amizade bonita que tinham e o tine, derivado de Valentine, que significa namorados.

Harry gostou da ideia.
Uma ótima definição.

Louis suspirou feliz, se levantando ao ter seu trabalho completo e devidamente salvo, e se lançou sobre Harry na cama, o outro deu um pequeno pulo surpreso, mas logo sorriu ao que Louis ronronou ao apoiar sua cabeça na curva de seu pescoço e aspirar seu aroma doce, esfregando o nariz por ali e causando arrepios gostosos no mais novo.

Harry passou a acariciar os cabelos lisos e castanho com delicadeza, apenas se inclinou o suficiente para deixar seu livro em cima da pequena mesa ao lado.

“Está tudo bem, Loue?”

“Hmm, já disse como acho seu cheiro divino?” Aspirou a fragrância de morango, depositando um singelo beijo pela região arrepiada, Louis havia notado os arrepios, e talvez estivesse os causando de propósito “Você cheira tão bem, Harold.”

Harry nada falou, apenas depositou corretamente suas costas sobre o encosto da cama, ficando devidamente sentado, o mais velho aproveitou a deixa e aconchegou-se sobre seu colo, aquela era a posição que mais utilizavam, a diferença era que Harry quase sempre ficava por cima.

“Tão cheiroso...” Louis divagou sorrindo maroto, sentindo seus cabelos serem levemente puxado ao que permitia que lufadas de ar se chocassem sobre a pele enquanto seus lábios roçavam por ali enquanto falava.

Harry estava perdido em sensações, perdido em sensações maravilhosas.

Louis voltou a depositar um beijo, um pouco mais molhado dessa vez, sugando levemente, e deslizando a língua por cima em movimentos circulares, como se acarinhasse.

Harry arfou, baixo e forte, sua respiração acelerando-se gradativamente, olhos fechados com força e lábios entre abertos, sem ter noção de controle, o menino apenas aumentava o aperto de cabelos entre seus dedos, cada vez utilizando de mais força.

Harry estava deliciosamente perdido. Louis estava adorando ser o causador disso.

“O q-que, Louis!” sua voz estranhamente rouca, esganiçada, um som estranho querendo sair por seus lábios, ele não o identificara, mas estava fielmente segurando-o para que Louis não o achasse um bobo. “O que está fazendo?” murmurou em um só fôlego, visivelmente ofegante.

Louis sorriu contra a pele abaixo de seus lábios, tão branca e macia, seus dentes raspando levemente desde os ombros, intercalando com mordidas leves, até chegar ao lóbulo da orelha, suas mãos segurando os cabelos cacheados em uma espécie de rabo de cavalo, deixando seu objetivo livre, Louis aspirou profundamente e soltou o ar ali, ao pé do ouvido de Harry, firmando suas mãos sobre os fios.

“Você gosta disso, sweetheart?”

Harry apenas assentiu, em êxtase, seus lábios ainda pressionados em uma linha reta.

Tomlinson então, deslizou sua outra mão pela cintura fina do menino, apertando levemente o local, Harry suspirou outra vez.

“Lou, e-eu... som estranho.” Louis se afastou minimamente, apenas para tentar entender o que o outro estava tentando lhe dizer.

E então, um sorriso surgiu em seu rosto.

Um glorioso e largo sorriso, seu movimento seguinte foi se inclinar novamente sobre o corpo de Harry para poder sussurrar-lhe: “Você pode, baby, deixe esse barulho sair, uh? Geme para mim.”

Harry prendeu a respiração ao que Louis resolveu fazer tudo ao mesmo tempo, apertou sua cintura, e se concentrou em beijos, mordidas e lambidas em seu pescoço, rápido e forte, talvez aquilo lhe causasse marcas mais tarde. E ainda como se não fosse o suficiente, se moveu lentamente por seu colo, rebolando quase de forma imperceptível.

Harry rosnou em uma espécie de gemido gutural.

“Oh!”

Sua voz grave, que arrepiou Louis por inteiro, nunca ouvira um gemido tão bonito, tão real, tão quente.

“Sabe, gemer é uma forma de mostrar o quanto você está gostando, baby.”

Louis se ergueu, encarando os olhos verdes tão perto de si, e logo envolveu-se em um beijo, delicado e carinhoso, Harry estava duro sob de seu quadril, mas ainda não era o momento certo para darem mais aquele passo.

Louis saiu de seu colo, e se deitou ao lado de Harry na cama, o garoto ainda estava perdido e ofegante, apenas se aconchegou no corpo de Louis, o abraçando, suas bochechas vergonhosamente coradas.

“Eu adoro você, adoro muito você, Harry.”

“Eu também, adoro você... Hm, isso foi normal, Louis?”

“Isso o que?”

“Sentir o que eu senti, eu não sei, fiquei com a mente em branco e, bom, aquele barulho. Eu só...”

Harry era adorável. Louis sentiu vontade de o morder.

“Sim, acontece quando duas pessoas se gostam. E gemer, é uma forma de extravasar, pôr o que sente para fora, como um estímulo para o outro, é normal e muito bonito.”

“Certo... E nós fizemos amor?” Louis deu uma risadinha.

“Não, sun.”

“E o que é isso, Tommo?” Louis não entendeu a pergunta, sua expressão confusa denunciava isso.

“Isso o que?”

Harry pegou a mão de Louis, e inocentemente, pôs sobre seu membro duro, Tomlinson arfou.

“É incômodo, Lou...”

“Oh! Podemos dar um jeito nisso.” manteve a calma e retirou sutilmente a mão do local, para o bem de sua sanidade e auto controle. “... um banho frio, vai te ajudar.”

Harry sabia da existência do ato sexual, estudar em uma escola repleta adolescentes com os hormônios a flor da pele dava nisso, mas ele não sabia o que acontecia entre um casal em um quarto, ou como se dava o sexo, o menino das flores era, maravilhosamente, inocente.

Harry sorriu grato e foi em direção ao banheiro dar um jeito naquilo com um banho frio.

Ele não sabia da existência da masturbação.

Anne e Louis sempre o protegeram desse tipo de informação.

Louis deveria ser totalmente grato por participar de cada pequeno detalhe sobre sexualidade de Harry, desde a primeira ereção, primeiro beijo. Era difícil pensar na possibilidade de retirar parte da áurea de inocência que rondava o menino, mas seria melhor que fosse ele, e não um garoto qualquer, ele faria tudo da melhor forma para seu menino.

Ele estava apaixonado, porra, ele estava intensamente apaixonado. E isso o assustava.

Ao fim, o casal James sempre esteve com a razão.

Little sweetheart (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora