Haviam se passado duas semanas exatas desde que se mudaram, a nova residência era mais simples e aconchegante, em um bom bairro e aparentemente, com uma vizinhança agradável.
Harry amou a nova casa, o jardim com flores coloridas, e amou seu quarto, ao qual sua mãe havia feito questão de mobiliar com ursos, e as paredes em um tom de rosa claro, os lençóis em um leve arroxeado, como o menino sempre quis, mas nunca fora permitido por conta de Robert.
Ganhou inclusive, um lugar especial para guardar suas inúmeras coroas de flores, ele não poderia estar mais feliz.
Agora, Anne trabalhava durante o dia inteiro em uma biblioteca a poucas quadras de sua casa, sempre frequentou o local e conhecia o dono, não viu problema em ocupar seu tempo livre com algo que rendesse dinheiro. Sua vida estava indo bem, e só havia se passado um tempo relativamente curto.
E sobre Louis e Harry, estavam se entendendo maravilhosamente sobre tudo, juntos, agiam como um verdadeiro casal, bom, apesar de estar cada vez mais difícil para Louis manter a sanidade perante a entrega de Harry, ele estava bem.
Harry por outro lado, sentia seu corpo pedir por algo, sua natureza gritando e dando voz aos seus desejos, porém, inocente demais para os decifrar.
Nunca haviam passado de momentos quentes, seguidos por banhos gelados.
Não achem que Louis não estava frustrado, ele estava, e muito. Mas a vontade de fazer tudo perfeito era predominante.
Não era totalmente culpa de Harry, por achar que seria dessa forma por uns bons anos, que era normal, banhos gelados seria sempre a única forma de aliviar a região dolorida.
Não é como se ele pudesse entender sem ninguém o explicar sobre o assunto.
Harry chegou em casa naquela tarde, com Louis ao seu encalço, era a primeira vez que levava-o ali, e Louis estava o irritando-o para saber a localidade de sua nova casa.
O mais novo dava pulinhos animados, não via a hora de apresentar seu quarto ao garoto de olhos azuis, suspirou antes de girar a maçaneta e seus lábios se retorcerem em um sorriso encantado.
“Lou, veja se não é maravilhoso, achei tão a minha cara, sempre quis ter um quarto assim, minha mãe o mobiliou especialmente para mim! Veja essas cores, esses ursos fofos.”
Harry mostrava empolgado o que podia para o mais velho, Louis estava mais encantado com sua animação do que com qualquer outra coisa.
“Olhe! Tem uma parede com fotos nossas, e eu ganhei um lugar especial para minhas tiaras.”
“Sweetheart, você fica ainda mais lindo todo feliz assim.”
“Eu não acredito que você não ouviu nada do que eu disse!” resmungou indignado.
“Não me culpe se você tirou toda a minha concentração de qualquer outra coisa.” Levantou as mãos em um claro sinal de rendição.
Louis deu uma risadinha e se sentou na cama, dando leves batidinhas em sua coxa, indicando o que queria, Harry logo estava sentado ali, confortavelmente, o cacheado deu um selinho em Louis, somente porque podia e porque estava viciado naqueles lábios macios. Suspirou ao que Louis iniciou um beijo, um beijo lento e repetlo de carinho e cuidado.
Não eram desses beijos que Harry mais gostava.
Depois de experimentar carícias mais ardentes, acabou por preferir à elas. Ainda imerso em sua áurea inocente ao observar sua preferência como nada mais que uma mera escolha, que não tinha um objetivo erótico ou afins, nem queria se pôr à frente. Apenas algo que lhe agradou e que sempre que tinha oportunidade, repetiria.
Agora, eram normais esses momentos entre eles. E sorrir, era o que mais faziam juntos.
Mas logo Harry avançou novamente, envolvendo-o em outro beijo, dessa vez, mais sedento, com direito a mordidas e suspiros, esses eram os beijos favoritos do cacheado, era bonito deixar os lábios do outro vermelhos e inchados, ele gostava de observar o quão a tonalidade avermelhada lhe caia bem.
Tomlinson adorava o peso do outro sobre si, o cheiro, os lábios.
Eram dados leves apertos na coxa de Harry sobre a calça, inerte, perdido.
Louis estava com sua respiração alta e ofegante, tinha essa facilidade quando o assunto era os lábios do menino doce e quente se movendo em uma perfeita sincronia com os seus, línguas dançando juntas, apertos e mordidas.“Loue, acho que você precisa de um banho frio...” deu uma risadinha, se mexendo sobre o colo do outro, indicando o volume formado ali.
“Depois eu dou um jeito nisso.”
E não seria com um banho, já que a alguns dias, Louis adquiriu o hábito de se tocar ao ter seus pensamentos direcionados ao seu frientine, e ele não se achava sujo por tal ato.
“Baby, eu queria te pedir, eu não sei, eu...”
Harry lhe encarava com lindos olhos verdes, para o mais velho, os olhos mais lindos do mundo.
Louis nunca namorou sério com alguém, geralmente, beijava em festas e só. Mas com seu garoto, ele queria fazer as coisas direito.
“Você gostaria de sair comigo? Digo, sair não, nós saímos sempre, quer dizer, é sair, mas não um sair comum.” suspirou, não sabia que seria difícil ou que o deixaria tão nervoso.
Mas o que piorava sua situação era ter o quadril de Harry ainda sobre seu membro.
“Harry Styles, você gostaria de ter um encontro comigo?”
“Um encontro?” Tomlinson assentiu.
Não que ele acreditasse que Harry não aceitaria, mas sua mente traiçoeira o dizia que talvez não fosse uma boa idéia, que talvez Harry tivesse outros planos, ele não queria ser rejeitado, ele estava nervoso.
Harry abriu a boca para lhe responder, Louis prendeu sua respiração.
Harry sorriu abertamente para ele, abraçando-o ao enterrar o rosto na curvatura de seu pescoço.
“Eu adoraria ter um encontro com você, Louis Tomlinson.”
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Little sweetheart (l.s)
Fanfiction(▫Concluída) Honestamente, amizade e amor caminham lado a lado, afinal, uma não existe sem a outra. Louis ama Harry. Harry ama Louis. Como melhores amigos, apenas. No entanto, será que o sentimento é estrito apenas ao cômodo da amizade? É o que eles...