Devils and Angels [Michaeng]

4 - I wanna a capuccino... Bitch.

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— Gatinha.- Mina sente seu coração acelerar pelo susto de, ao se virar, ficarem com os rostos bem próximos.

— O que você está fazendo aqui?

— Relaxa.- a menina das roupas pretas apoia a mão na parede, ao lado da cabeça de Mina.

— O que você quer?

— Não fale assim comigo.- seu hálito quente contra o rosto de Mina a fazia arrepiar.— Vi você numa festa ontem...

— E?

— E você é bem gostosinha... Gostaria de um emprego melhor que este?

— O quê?! Acha que sou alguma prostituta?

— Não, mas poderia se quisesse...- olhou o corpo da menina de cima à baixo mordendo o lábio inferior, fazendo Mina observar aquela cena umidecendo o seu também, inconcientemente.

— Não! Pode me deixar ir?

— Sério mesmo que não quer? Vai ganhar bem.

— Sério mesmo.

Chaeyoung bufou e se afastou.

— Vai.- Chaeyoung segurou fortemente seus próprios cabelos ao ver a menina se afastar e grunhiu de raiva.— Eu vou conseguir ter você, Myoui.- acendeu um cigarro, o colocando em sua boca e foi em direção a um beco deserto perto dali dando de cara com a garota que a pouco tempo estava inconsciente.— Oi, vadia.- soltou uma leve risada. A garota — que tinha um pano em sua boca para evitar pedir ajuda — mudou sua expressão para tédio.— O que foi?- chutou fracamente sua perna. Desamarrou o pano e o tirou de sua boca. A garota a encara com raiva em seus olhos.— Nem agradece? Puta.

— Me deixe ir.- diz com a voz fraca. Chaeyoung se abaixou e a encarou profundamente em seus olhos, tirando o cigarro de sua própria boca.

— Só se não contar a ninguém o que houve, huh?- a garota assentiu.— Boa garota.- desamarrou a corda que prendia os braços da maior e a ajudou a levantar com certa brutalidade.— Se perguntarem o porquê de não ter ido ao trabalho hoje, diga apenas que perdeu a hora.- disse seca, empurrando a mesma em direção a saída dali.

— Vagabunda.- Momo diz o mais baixo possível, porém não o suficiente para que a mais nova não pudesse ouvir.

— O que disse?!

— Nada.- se retirou rápido dali.

— Puta, vai ser minha também.- riu sarcasticamente jogando o cigarro fora, pisando no mesmo e pondo o capuz de seu casaco preto, se retirando do local com um sorriso cínico.

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Mina havia chegado em casa um pouco tensa e ignorou completamente sua irmã que perguntava o que teria acontecido, porém a mesma apenas deu de ombros.

Preparou a janta em silêncio e serviu apenas a mais nova.

— Não vai jantar?- Tzuyu começava a se preocupar.

— Não.- sorriu de lado e foi em direção ao quarto se trancando no mesmo com apenas sua xícara de café. Sentou na cama para pensar no que caralhos havia acontecido naquele dia. Tomou o último gole de sua bebida que restava quando ouve um barulho de galhos e pedras(?) do lado de fora e por reflexo olha para a janela rapidamente vendo um vulto pela mesma.— Que porra foi essa?- levantou da cama tremendo um pouco e foi em direção ao quarto de Tzuyu.— Posso dormir com você?

— Claro, unnie.- sorriu largo esticando os braços para receber a mais velha — que estava enrolada em um lençol — em seus braços.

Voltando à janela de Mina...

— Piranha.- riu sarcasticamente saindo dali com sua câmera nas mãos.

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— Mais um dia d...

— Trabalho.- Mina revira os olhos. Dahyun ri fraco.

— Quero ir embora.- Dahyun diz simplesmente.

— Eu também.

— Freguês.- Dahyun avisa com um semblante tedioso e Mina passa o olho pelo lugar procurando o tal freguês e vê uma mão levantada.

Era uma menina de cabelos pretos até os ombros e franja. Porém tinha o rosto escondido pelo menu que segurava.

— Pois não?- a menina abaixa um pouco o cardápio e Mina recua levemente pelo susto ao ver quem era.— Momo?!- Momo tinha um dos olhos roxo e um semblante meio cansado. Impassível, poderia dizer. A mesma dá um pequeno sorriso de lado e olha para a pessoa sentada à sua frente, que também abaixara o cardápio com um sorriso cínico encarando a mais velha.

O que ela fez com Momo?

Era a única coisa que conseguia pensar.

— Me dê dois do capuccino mais caro daqui.- diz simplesmente encarando a maior nos olhos. Mina sente um frio correr sua espinha e logo desce o olhar. Anota o pedido da menor, se retirando dali.— E então?- encara Momo.— Não é bom ter dinheiro?- Momo nada responde, apenas encarava a mesa.— Responde!- bate um pouco forte demais na mesa chamando atenção das poucas pessoas que haviam ali. Porém as mesmas sabiam o poder que a pequena escandalosa tinha sobre aquele estabelecimento então apenas tentaram ignorar, antes que a mesma os desafiassem.

— Sim?- Chaeyoung a encarava profundamente. Momo estava nervosa e com medo do que a mesma poderia fazer consigo.

— Então, aceita ou não?- continuou a encará-la.— Olha para mim.

— Não.

— Não?- Chaeyoung sentia uma ira subir pelo seu corpo e Momo notara isso pois a mesma estava ficando vermelha.

— Sim?- diz Momo hesitante.

— Ótimo.- Chaeyoung sorri satisfeita.

— Seus pedidos, senhoras.- Mina apenas coloca os pedidos sobre a mesa e se prepara para retirar-se.

Chaeyoung segura sua mão.

— Senhoritas.- corrige e sorri ladino para a mesma que tinha claramente um ponto de interrogação no meio da testa, e logo larga sua mão permitindo que a mesma se retirasse.

Chaeyoung tinha em sua mente que se subordinasse Momo, conseguiria a mesma para fazer o que quisesse.

E assim iria fazer o mesmo com Mina.

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