Devils and Angels [Michaeng]

12 - I'm back, b****

___________________

— Por que você não tenta ir presa? Assim, pode ficar aqui junto comigo.- Mina gargalha alto.

— A probabilidade de eu parar na mesma cela que você é bem pequena, mas a de eu perder minha dignidade é grande.- Chaeyoung bufa.— Agradeça que eu ainda venho aqui te ver, há meses já.

— Sim, eu gosto disso.- Son sorri, deixando visível suas covinhas e Mina coloca seu dedo em uma delas.

— Quanto tempo falta para você sair daqui?

— Três dias.- sorri aberto.

— E você vai continuar com aquilo? Digo...

— Olha, é como eu trabalho para me sustentar, mas vou tentar trabalhar limpo, sem obrigar ninguém a nada.

— Sem crises explosivas?- Chaeyoung olha para os lados, para não ter que dar uma resposta.— Chae, quando você sair daqui, eu preciso te levar ao psicólogo, okay?- passa a mão nos cabelos — já bem crescidos — da menor.

— Okay.- responde baixo e fita a maior.— Mina?

— Sim?

— Obrigada por me fazer companhia por aqui.- sorri fraco, sendo seguida por Mina.

Son se perde no lindo gummy smile da mais velha, encarando descaradamente seus lábios, mordendo seus próprios de leve.

Mina havia notado de que a mais nova tinha crises explosivas e era bem grossa com a maioria das pessoas, com exceção de si e Sana.

Chaeyoung chegava a ser doce até demais com Myoui. O que era mais um motivo de querer levá-la ao psicólogo.

----×----

— Finalmente!- Sana abraça a pequena amiga, quando a mesma chega na própria casa.

— Você está morando na minha casa há quanto tempo?! Que eu não sabia disso?- ri fraco.

— Vim aqui te fazer uma surpresa, poxa.- colocou seu punho fechado em frente a bochecha e fez gestos como se estivesse limpando as suas lágrimas inexistentes (shyshyshy ehehehe), com um pequeno beiço. Chaeyoung riu, dando um fraco tapa em sua mão.

— Cadê a Momo?

— Está com Jeongyeon.

— Esse tempo inteiro?

— Você não falou nada sobre ela, então sim, está com Jeongyeon faz um tempo.- Chaeyoung revira os olhos.

— Mas eu tinha soltado ela.

— Jeongyeon a procurou de novo pois pensou que ela tinha escapado sozinha e descobriu que ela havia te denunciado.

— Ah não! Pode mandá-la soltar! Eu também não dei ordem alguma de ir procurá-la de novo.

— Ela ficou com medo de você ameaçá-la, entenda o lado dela também.- Sana pega o celular, ligando para Jeongyeon.

Chaeyoung bufa e pega seu celular também discando um número.

— Minari?

— Sim?

— Vá a aquela praça que você tanto gosta, estou te esperando lá.

— Chaeng...

Desliga sem deixar que a mesma pergunte algo, para que assim, não estragasse sua surpresa.

— Vou sair.- Chaeyoung bagunça os cabelos de Minatozaki que já não falava mais no celular, pegando um casaco, o vestindo logo em seguida.— Pode ficar aí, se quiser.- completa saindo da casa, depois que a garota — agora com o cabelo tingindo de preto — assente.

Nesses três meses na cadeia, sendo visitada por Mina, Son havia finalmente aceitado que, aquela vontade que tinha de sempre ver a menina de cabelos longos o tempo todo praticamente, não era só carência.

Chaeyoung havia tido outras paixões porém, nada dava certo, o que havia a deixado com uma mágoa profunda por dentro. Desde então, não se apaixonara por mais ninguém.

Apenas por Myoui.

Chaeyoung gostava de cada detalhe daquela menina, desde como era linda por fora até o seu jeito de ser.

Os três meses em que a japonesa a visitou, a deu tempo de conhecê-la mais profundamente e até gostar, apesar de suas diferenças em relação a mesma.

Mina, ao contrário da pequena, era calma e muito boazinha, ao ponto de perdoar alguém que realmente a pôs em perigo, mesmo que aquilo tenha valido a pena, de alguma maneira, por ganhar mais uma pessoa que, nunca imaginaria ser tão importante, em sua vida.

Chaeyoung, em seu lugar, torturaria ou, até mesmo, mataria essa pessoa.

Porém, Mina era uma das únicas pessoas que conseguiam acalmar a menor, de algum jeito.

Então, estava decidida cem por cento no que iria fazer.

— Chae?- Myoui pergunta ao sentir um pequeno beijo em seu pescoço, pois estava de costas e a pequena havia chegado de surpresa. Se vira e fita a menor que tinha suas mãos atrás do próprio corpo.

— É...

___________________