Devils and Angels [Michaeng]

6 - She's gonna be mine.

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Momo tinha seu corpo dolorido e várias marcas pelo mesmo. O que não incomodava à Chaeyoung nem um pouco. A mesma adorava deixar suas marcas nas pessoas com quem passava as noites. Se sentia com total posse porém, não estava satisfeita. Faltava algo.

Ou alguém.

Foi ao mesmo café que ia todas as manhãs, como de costume, fazendo o mesmo pedido de sempre.

A mesma atendente, que fazia seu corpo esquentar, vinha com seu pedido, como sempre. A mesma era bem impassível. Chaeyoung não sabia se seu plano de tentar intimidá-la estava dando certo. Porém, resolveria mais tarde.

Chaeyoung ficou por ali até meio dia - horário que o turno de Mina acabava -. Aquele dia a pequena havia liberado Momo de voltar a trabalhar, para assim, poder seguir com seu plano.

Vira que Mina saía pelas portas dos fundos, já sem o avental de seu uniforme, e a acompanhou sem que a mesma a notasse.

— Onde pensa que vai?- Mina vira um pouco exaltada pelo susto.

— Para casa?- respondeu como se fosse óbvio, colocando a mão sobre o peito.

— De quem?

— Minha?

— Acho que não, huh...- Mina bufa e revira os olhos dando meia volta.

Porém, Chaeyoung agarra seu braço com certa força.

— O que você quer?

— Você.

— Pra que?

— Para te ajudar a ganhar um salário melhor?- diz de maneira óbvia e Mina estava surpresa.

— Você se importa por quê?- Chaeyoung respirou fundo ainda segurando o braço da maior.

— Porque eu quero você.

— Você está louca?

Chaeyoung revira os olhos.

— Estou falando de um assunto sério.

— Qual seria?

— Se você aceitar fazer parte, ganhará o triplo ou mais do que ganha aqui.- arqueou as sobrancelhas.- Se não sabe, eu sustento e sou dona deste lugar e a qualquer momento posso mandá-la embora.

— E por isso pensa que pode me obrigar?

— É óbvio?!- Chaeyoung diz e Mina sorri de lado.

— Então, a partir do momento que eu me demitir daqui não irei precisar de seus subornos e nem fazer o que você quer.- Chaeyoung havia diminuído o aperto do braço de Mina.— Tô fora.- Mina entrega o avental à menor e se retira indo em direção ao estabelecimento novamente e à sala de Jihyo assinar os papéis.

— Essa garota é foda.- Chaeyoung respira fundo.

[Flashback On]

Chaeyoung analisava cada detalhe e movimento do escultural corpo da japonesa embriagada, que dançava (ou tentava dançar) — escorada na irmã— e insistia em encher novamente o copo mais e mais vezes.

Dahyun ao seu lado assistia a cena igualmente espantada pelo outro lado que não conhecia de sua amiga.

Chaeyoung mordia fortemente o lábio inferior ao avistar a japonesa dar um selinho em uma menina aleatória do local.

Ao ver a mesma se afastar da dita garota, Chaeyoung aproveitou e aproximou da garota que tanto secava a noite toda e a puxou fortemente pelo braço com sua mão livre, já que a outra segurava seu cigarro.

— Andei reparando muito em você hoje, e vejo que está solteira.- falou no ouvido de Myoui. A mesma dá seu último gole na bebida e, com um sorriso ladino, fita a menor.

— E?

Chaeyoung poupou argumentos e a puxou rapidamente para um beijo quente e intenso.

Myoui  — influenciada pela bebida — aprofundou o beijo por poucos segundos, penetrando sua língua na boca da coreana com certa agrassividade, o que deixou a mesma brevemente excitada apenas com esse ato.

Porém logo se afastou da coreana.

Olhou para a mais baixa, pegou o cigarro de sua mão e deu uma tragada, com um sorriso sugestivo ao fitá-la — sem pudor —  nos olhos.

O devolveu à menor e voltou para perto de sua irmã, deixando Son para trás.

Claramente efeito do álcool. A japonesa nunca faria tais coisas se estivesse sóbria.

"Nem vai lembrar de nada amanhã..." — murmurou a pequena, sorrindo ao lembrar do sabor da japonesa.

[Flashback Off]

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Os cacos de vidros de uma peça, consideravelmente cara, caem ao chão assim que é lançado na parede pela menina de cabelos curtos.

— Eu vou fazer essa vagabunda ser minha.

— Quem?- Nayeon pergunta, largada em uma das cadeiras do local.

— Interessa?

— Sim?

Chaeyoung se aproxima e segura o pescoço de Nayeon, porém antes que a mesma pudesse usar alguma força que a machucasse, Jeongyeon afasta a menor.

— Você tá bem estressadinha, não é?- abraça Nayeon, encostando a cabeça da mesma em seu peito.

— Não quero saber!

— Aish.

— Só que ninguém recusa uma proposta minha!- Chaeyoung segura seus próprios cabelos.

— Se você me dissesse o que está havendo, acho que eu poderia ajudar.

Ideias vêm à cabeça de Chaeyoung e a mesma sorri de lado encarando a mais velha.

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— Então vai poder sair comigo aos fins de semana?- Tzuyu pergunta animada enquanto sua irmã acaricia os cabelos da maior em seu colo.

— Eu não disse isso.

— Você tem tempo livre agora, vai começar a socializar mais, vou fazer isso acontecer.- Mina revira os olhos.

— Eu não.

Tzuyu responde apenas com um "veremos" mais para si mesma.

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