22 - Sorry!

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As chances de vida dela são de vinte à vinte e cinco por cento, creio que para conseguir se recuperar completamente, ela terá que ficar internada por um bom tempo.- ao ouvir as palavras vindas do médico, Mina sente seus olhos arderem pelas lágrimas que queriam sair dali e um forte aperto no coração.

— Eu poderei visitá-la sempre que quiser?- perguntou com uma pontada de esperança.

— Com certeza.- o médico dá um pequeno sorriso consolador para a japonesa e a mesma o retribui minimamente.

— Posso vê-la... agora?

— Claro, me acompanhe.- Mina foi guiada ao quarto onde sua pequena descansava inconsciente.— O que a senhorita é dela?

— É... Amiga.

— Hm... Precisarei dos documentos dela, se pudesse trazê-los hoje mesmo...- Mina assente, o médico faz uma reverência e se retira.

Myoui se aproxima da maca onde a menor estava em um sono profundo, e olha para a máquina que insinuava o quanto o coração da mesma estava batendo. Dá um pequeno sorriso ao ver que seu coração batia normalmente. Seu sorriso diminui ao olhar o angelical rosto da menina adormecida, se aproxima deixando um pequeno selo em seu lábio inferior e acaricia o rosto da mesma por alguns segundos, o que a fez resmungar de leve por poucos segundos, porém antes mesmo que acordasse, voltou ao sono completamente profundo.

Ficaram nisso por dias.

Todos os dias, Mina a visitava. Dava um carinho ou outro.

Conversava com a pequena, mesmo que a mesma não pudesse ouvir. Mas adorava o fazer.

A porcentagem de recuperação de Chaeyoung não havia feito muita diferença nesses dias, o que deixava Mina completamente preocupada, porém um pouco feliz de ter mudado positivamente, nem que fosse só um pouco.

Esse havia virado o passatempo de Myoui.

Passava o máximo de tempo que era permitido.

Neste momento, Mina arrumava uma mala com roupas e acessórios de Son. A levaria para sua casa assim que pudesse sair do hospital. Não podia deixá-la em casa sozinha, sobre seus próprios "cuidados". Ainda tinha medo de Chaeyoung tentar fazer algo do tipo, se cortar ou, até mesmo, se matar. Então iria cuidá-la.

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Mais uma semana havia se passado e Myoui sente uma grande esperança crescer em seu peito quando o médico a afirmou de que as chances de sobrevivência de Son haviam aumentado.

Então, adentra o tão conhecido quarto — que esperava não precisar mais entrar ali por um bom tempo — , junto à Sana, e se aproxima da maca, onde sua mulher, infelizmente, se encontrava na mesma situação de sempre, e deixou ao seu lado um coraçãozinho de pelúcia vermelho que havia comprado, como ultimamente, que vinha trazendo vários mimos para a pequena.

— Que amorzinho...- Sana baba com a cena e se apoia numa escrivaninha, e como esperado, a mesma derruba os objetos — e alguns
medicamentos de Chaeyoung — que havia ali em cima no chão.

— Eu não acredito.- Mina se agaicha e cata desesperadamente os medicamentos do chão, enquanto Sana, frustrada, pegava os demais objetos. — Os remédios...- Mina observa alguns cacos de vidro espalhados pelo chão.— Cuidado para não pi...- começou a acariciar suas têmporas ao ver que a japonesa mais velha havia pisado.

Por sorte, a mesma estava de tênis então, não havia se machucado. Apenas, quebrado um dos remédios de sua amiga.

— Eu vou falar com a enfermeira...- sorri amarelo e se retira.

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— Nunca mais eu te levo comigo.

— Já pedi desculpas.- diz indo em direção ao sofá e dá uma topada com o dedo do pé no mesmo. Sana solta um grunhido pela dor.

Mina revira os olhos.

— Como você dança naquele ferro e não se machuca?- Sana dá de ombros como resposta e Tzuyu adentra o local ainda de uniforme escolar.

Sana começa a babar pela mesma e sua boca se fecha ao Jihyo entrar logo após Yoda e a deixar um beijo na bochecha.

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Devils and Angels [Michaeng]Onde histórias criam vida. Descubra agora