FLASHBACK ON
Comecei a folhear minhas dezenas de panfletos com anúncios de faculdades procurando uma com algum curso de fotografia que eu pudesse ajudar a pagar para talvez convencer meu padrasto. Sorri levantando um dos panfletos ao ver que minhas orações estavam sendo atendidas.
Juntei a bagunça que eu tinha feito e fui sorridente até o escritório de meu pai onde minha mãe e meu padrasto discutiam sobre negócios, como eles mesmos denominavam "coisas de adulto"
—Senhor Choi? O senhor teria um tempo ? — Bati na porta entreaberta.
Como de costume eu não o chamava de pai como minha mãe sempre insistia para fazer mas também nunca pelo seu nome para não dar mais motivo para ele esbravejar comigo.
— O que você quer, menina?
Às vezes eu me perguntava se ele sabia meu nome. Entrei em passos pequenos e meio hesitante por não saber como ele reagiria, era realmente como uma bomba relógio.
— Eu estava procurando por faculdades e...
Ele arrancou o papel da minha mão analisando rapidamente com seus olhos correndo de lá para cá. Ele já estava me irritando, tentei respirar fundo para segurar meus pensamentos.
— Não estou vendo nenhum anúncio de cursos de administração.
Ele disse jogando o panfleto no meu rosto, como sempre minha mãe assistia com a cabeça inclinada para baixo e os olhos para cima, só deixando ele fazer o que desejasse.
— Eu já disse que eu não vou... — Fechei os olhos contando até dez mentalmente. — Eu não quero fazer administração.
Falei com a voz calma e baixa o que pareceu deixar ele furioso.
— EU NÃO PWRGUNTEI O QUE VOCÊ QUER FAZER! ENQUANTO NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR, ISSO DEPENDE DO QUE EU QUERO QUE VOCÊ FAÇA.
Ele gritava cuspindo as palavras para mim.
— Mas o curso é mais barato, Não seja tão ignorante e me ouça apenas uma vez!
Falei batendo o pé no chão e fexando as mãos com força, os olhos dele pareciam sair das órbitas para me engolir.
— Ser fotógrafa é uma profissão ingrata e miserável, só poderá ser uma se tiver um marido rico que te sustente.
Minha mãe falou do fundo da sala cheia de deboche, me olhando como se eu fosse o pior erro da vida dela, como se só de olhar para mim ela sentisse repulsa.
— NÃO! Eu não quero fazer essa faculdade e eu não vou!
Falei determinada olhando nos olhos daquele brutamonte barrigudo que queria se impor sobre mim. Eu quero ver ele me obrigar a fazer a faculdade, ele não tinha esse poder. Ele levantou a mão e em poucos segundos um tapa ardeu em meu rosto, o local começou a queimar e eu coloquei a mão por cima. Minha mãe levou a mão até a boca.
Ouvi um barulho de algo caindo no chão e virei meu rosto naquela direção, Seungcheol havia chegado da escola ele olhava para Choi com uma expressão de ódio mas o velho nem se importou e continuou enfiando o dedo em meu rosto.
— Eu não te criei desde seus sete anos, não gastei meu dinheiro com você para isso, você tem que fazer o que eu quiser.
— Eu não tenho culpa que você estragou o casamento de meus pais E EU NÃO TENHO CULPA QUE ELA NÃO TEVE O MÍNIMO DE BOM SENSO A ESCOLHA FOI DE VOCÊS. — Falei apontando para minha progenitora.
Minha raiva fazia meu sangue borbulhar.
— Sua...
Ele levantou a mão mais uma vez sendo impedido pelo meu irmão mais novo. Saí da sala em passos largos jogando todas as minhas roupas dentro de uma mochila, jogando todo dinheiro que acumulei por anos de trabalhos de meio período e de mesadas que apareciam de vez em nunca. Peguei tudo jogando sobre minhas costas.
— Eu vou com você. — Seungcheol apareceu batendo a porta do meu quarto com sua mochila nas costas.
— Não, pelo menos você, tenha uma vida boa.
— Esse inferno é uma vida boa?
— Como eu vou cuidar de um adolescente de 13 anos?
— Eu prometo que vou te ajudar, eu tenho dinheiro também, me deixa ir com você?
Olhei para ele já convencida, não poderia abandoná-lo aqui.
— O que eles estão fazendo? — Sussurrei.
— Mamãe está tentando acalmar meu pai.
— Vai lá no quarto e pega os relógios dele e as jóias dela. Vou empacotar a comida.
Saímos do quarto em passos leves tentando ser o mais silenciosos o possível, os gritos de Choi ultrapassavam a posta fechada e faziam meu coração bater forte a cada palavra, enfiei tudo na mochila olhando para Seungcheol que assentiu indo até mim, peguei minhas chaves logo em seguida correndo dali com o mais novo me seguindo.
— Vamos descer na ultima parada, lá tem albergues infantis bem baratos.
Falei tirando minha carteira do bolso e mostrando para ele um dos anúncios, mas o que ele notou foi a foto ao lado.
— Quem é esse? — Ele perguntou apontando para o homem
— Meu pai. — Tirei a foto desdobrando-a e me revelando também. — Foi o último ano do casamento deles, a última vez que eu o vi.
— Por que eles se separaram?
— Porque meu pai descobriu que minha mãe o traía com seu pai, ele tentou deixar passar mas logo depois ele descobriu de você aí ele surtou.
— Quem não surtaria?
FLASHBACK OFF
KIM JISOO P.O.V
Acordei do meu sono magnífico para fazer o que eu já estava evitando a alguns dias, o photoshoot com o casal moderno mas é melhor fazer o mais rápido o possível para acabar logo com isso.
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Oie bebês como vão você?
O que estão achando da Blackpink house? Eu sinceramente estou amando, Que casa é aquela! Sonho de princesa.
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Hear my voice (P.JY + K.JS)
FanfictionGraças a sua amiga Chaeyoung, Jisoo finalmente tem uma oportunidade de trabalhar com sua grande paixão, fotografia, numa das maiores empresas da Coréia: JYP entertainment, e assim sua vida começa a ganhar uma intensidade inesperada. " Eu acho que o...