20 - she's twenty one

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  KIM JISOO P.O.V

  Entrei no ônibus em direção aos bancos lá na outra extremidade sentando em uma das janelas como de costume, Jinyoung me seguiu sentando no acento ao meu lado e tirando o celular do bolso.

— Vamos procurar algo para fazer ? Podemos descer perto da Seul station, ela esta perto de tudo então...

  Ele dizia procurando o atalho virtual do google, olhei para ele incrédula tirando o celular de sua mão e enfiando-o no meu bolso.

— Ei! Meu celular! — Ele virou seu corpo de lado para ficando de frente para mim e ficou me olhando a m acreditar na minha "ousadia".

— Você já fez as coisas sem planejar antes? Nem que seja uma vez se quer? — Virei meu corpo para ele.

  Ele suavizou a expressão me olhando confuso com minha pergunta, provavelmente sua vida era muito certinha para fazer algo que esteja fora de um cronograma.

— Ta, não precisa responder, vai ser algo novo para você. — Falei voltando a encostar minhas costas no banco.

— Ei! E você? — Olhei para ele confusa.

— Lembra da primeira vez que nos encontramos? Você é sempre impulsiva daquele jeito?

  Ele perguntou curioso como se me acusasse por também ter meu defeito e não poder julgá-lo.

— Nem sempre. — Respondi indiferente  sorrindo sem mostrar meus dentes.

  Sua expressão indignada ficou mais explícita quase me fazendo rir, ele me obserbou por poucos instantes antes de declarar.

— Seus pais devem morrer de preocupação.

— Por que sempre tem essa cisma com meus pais?

— Desculpa, fui indelicado de novo não é?

  Ele parecia estar meio arrependido me olhando como se estivesse pisando em ovos que ele não sabia se iriam quebrar. Balanceia a cabeça negativamente.

— Então me conta, porque não gosta tanto desse assunto.

   Meu sorriso se desfez e eu comecei a pensar se devia ou não falar de algo tão pessoal para mim mas eu acho que ele já sabia de muita coisa, não é como se não fosse meu amigo.

— Meu padrasto me expulsou de casa assim que eu terminei o ensino médio por eu não querer fazer a faculdade que ele queria pagar.

  Falei com amargura, era como se toda vez que eu falasse sobre isso meu estomago se revirasse e eu sentia aquele gosto horrível na boca.

— E sua mãe não fez nada? —

  Ele me perguntava com os olhos arregalados com uma surpresa que para mim é incomum, não é como se fosse una ideia absurda, na verdade no mundo em que vivemos posso até dizer que tive sorte. Dei um sorriso irônico.

— Ela estava mais preocupada em segurar seu homem para não falarem dela do que defender sua filha para que não falassem de mim, na idade que eu tinha tudo era considerado rebeldia.

— Isso não justifica, ela deveria te priorizar sempre.

  Ele defendeu firmemente o que acredita, pelo que parecia ele teve uma criação bem amorosa e surrealista. Dei de ombros

— Provavelmente ela achou que eu ia voltar depois de alguns dias, ela ainda me manda dinheiro, um dia vou pegar todos aqueles envelopes e mandá-los de volta.

Hear my voice (P.JY + K.JS)Onde histórias criam vida. Descubra agora