13. The Sky Went Dark • ✔

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Tentei voltar para a casa no domingo estava preocupado com Oliver, mas percebi que ainda não estava preparado para a nova realidade. As vezes vinha pensamentos de arrependimento por ter dito aquilo para Harry, eu acho que não iria aguentar criar o filho dele como um dos meus. Minha cabeça estava cheia de dúvidas e possibilidades; sofrendo por antecedência. A ultima coisa que eu queria era ser uma pessoa má para aquele bebê.

As crianças alheias a tudo pediu para falar com o pai delas, telefonei para ele unicamente para que meus filhos matassem as saudades. Aproveitando disse que não iria retornar no dia combinado, o outro lado ficou mudo por um tempo, talvez achasse que eu não voltaria mais; ele tentou dizer algo, entretanto, cortei sua fala informando a ele que a chamada estava no viva voz e que nossa filha mais velha estava ao meu lado; isso foi o bastante para calá-lo. 

Ouvindo meus filhos se despedirem, desliguei a chamada, logo minha mãe chegou no quarto para levar as crianças para tomar café da manhã e depois me isolei, meus pais respeitaram o meu silêncio, não estava preparado para contar-lhes, o que eles pensariam? Que seu filho era culpado por não dar atenção ao marido.

Papai e mamãe na hora do almoço levaram as crianças para o parque para um piquenique. Permaneci na mesma posição. Minha cabeça estava a mil que eu nem percebi o tempo passar, uma dor pulsava nas minhas têmporas.

Sempre fui paranoico, criava várias vertentes na minha cabeça, tentava pescar em minha mente algo diferente de uma relação entre empregada e patrão, mas nada veio ─ também não tinha ideia como um homem infiel e sua amante se tratavam para esconder o caso. Recordei o momento em que Harry começou a ficar estranho, o dia no hospital em que encontramos sua amante e como ele passou a evitar não só a mim como também os filhos.

Chorei, refleti e apaguei.

Me espantei quando abri a cortina e percebi já ser de noite, sentei na ponta da cama vendo a escuridão lá fora, o céu sem nenhuma estrela a ser vista por conta dos postes de luz. Minha audição capitou o trinco da porta sendo aberto eu já imaginava ser minha mãe, por isso não me dei ao trabalho de olhar para trás.

A cama afundou ao meu lado. Desloquei meu olhar para a linda mulher ao meu lado direito.

─ Harry ligou. ─ O tom de voz era quase em um sussurro. ─ Você tem algo a me dizer? ─ Desviei meus olhos dos dela, voltando a a olhar para fora. ─ Eu deixei você permanecer no que parece ser um luto, desde sexta quando você chegou aqui em casa.

De certa forma era um luto a morte do meu casamento, eu precisava enterrar o meu amor por Harry.

─ Não é nada... ─ Permaneci encarando o céu.

─ Não me venha com isso, mocinho! ─ Exclamou dura. ─ Não pense que me esqueci daquele dia em que você entrou chorando altas horas da madrugada no meu quarto. ─ Fechei meus olhos apertando as pálpebras com meus dedos. ─ Ele também está preocupado e as crianças sentem sua falta. Eu perguntei ao Harry o que havia acontecido... ─ Meu olhos se voltaram aos dela. ─ Ele se desculpou tanto comigo e eu não sei pelo que desculpá-lo, depois começou a chorar e inventou uma desculpa... Você poderia me esclarecer? 

Se eu falasse com toda certeza começaria a chorar e não sei se conseguiria para mais.

─ Mamãe... ─ O chamado saiu trêmulo.

Comecei a soluçar fortemente encarando a mulher que eu tanto amava.

Ela se deitou e me chamou para acompanhá-la.

─ Ele... me traiu. Harry ficou com outra pessoa e agora ele tem um filho que não veio de mim. ─ Fechei meus olhos fortemente, meus soluços altos faziam meu corpo tremer.

The Forgiveness - l.s (mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora