Welcome To New York

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                    Era uma segunda feira e eu estava dentro de um avião para Nova York. Eram 6 horas e meia de viagem, e eu passei o tempo todo pensando no que dizer para Adam quando o visse. Eu pensei, pensei, pensei, e só pensei em entregar a carta que eu havia feito e sair correndo. Passadas as 6 horas e meia de voo, o avião aterrissou em Nova York. Era uma cidade que eu sempre tive vontade de conhecer, e era absolutamente como víamos nos filmes, muito agitada e cheia de prédios. Entrei em um táxi no aeroporto e dei para o taxista o endereço que Jase havia me passado. O táxi me deixou no Brooklyn, em frente à um prédio residencial. Havia um porteiro bem idoso, que só soube me informar que Adam Graham, moreno, alto, magro, um pouco pálido, morava ali. Subi as escadas e procurei pelo apartamento 28B. Bati na porta, com o coração na mão, mas ninguém atendeu. Adam não deveria estar em casa, então eu resolvi me sentar ali mesmo e esperar. Esperei por 2 horas, até que senti muita fome, e vontade de fazer xixi, me levantei e desci as escadas em direção à saída. Assim que desci as escadas da entrada no prédio, que davam acesso à rua:
-Mia?
-Adam...
Ambos parecíamos estarmos vendo dois fantasmas.
-Como? O que está fazendo aqui?
-Precisamos conversar.
Adam olhou para baixo, e em seguida seguiu em direção à entrada do prédio. Nós subimos, e entramos em seu apartamento. Era pequeno, porém bonito e aconchegante. Era a cara de Adam, havia muitos livros, discos, havia até uma máquina de escrever.
-É muito bonito.
-Obrigado. Está com fome?
-Sim, eu estava indo comer alguma coisa...
-Tudo bem.
Adam foi para a cozinha e ficou lá em silêncio. Parecíamos dois estranhos. Ele voltou e colocou um prato de waffles com morangos e calda em cima da mesinha de centro em frente ao sofá que eu estava sentada.
-Obrigada, Adam.
Ele voltou com um copo de suco de laranja e o colocou em cima da mesa. Enquanto eu comia, ele me observava suspeitamente.
-Pare de me olhar, está me assustando.
-Ok, desculpe.
Enquanto eu terminava de comer, Adam se levantou e pegou as correspondências que estavam no chão, as colocando em cima de uma mesinha que havia ao lado da porta.
-Pronto. Estava delicioso, obrigada.
-De nada. Agora diga, por que está aqui?
-Você pode se sentar?
Ele deixou as cartas e se sentou ao meu lado, me olhando com sua cara sínica, esperando.
-Primeiramente, eu sei que você acha que eu transei com o Alex.
-Direta.
-Mas é mentira, ele me confessou hoje que era tudo um plano com a Eva para nos separar.
-Eva?
-Sim. Ah, Eva na verdade se chama Samantha e ela é uma psicopata que queria nos desmembrar e acabar com as nossas vidas.
-O que?
-Ela fugiu de um hospital psiquiátrico porque jogou uma garota na frente de um ônibus... você ficou muito tempo fora.
-Mia, eu não estou entendendo nada do que você está falando.
-Adam, Eva não era quem dizia ser, e ela armou pra todo mundo, ela espalhou o vídeo da Zoe e do Zac, ela colocou cocaína no armário da Cassandra, e ela que armou tudo isso para separar nós dois. A mensagem que ela te mostrou era mentira. Alex me contou toda a verdade hoje. Ela disse para você vir para Nova York?
-Não, ela não me disse nada.
-Então porque você veio?
-Porque eu precisava. Mia, eu só queria recomeçar a minha vida em um lugar que ninguém me conhecesse. Fui aceito em Stanford e em NYU, então eu decidi vir para cá.
-Eu sei o que você foi fazer na minha casa aquele dia.
-Sabe?
-Sim. E eu quero que você saiba que eu teria dito sim.
Adam e eu nos olhamos em silêncio, e eu estava morrendo de vontade de chorar, me jogar em seus braços, e dizer "eu te amo, vamos ficar juntos para sempre", mas eu não podia.

Californian 2 - Senior Year (Part II)Onde histórias criam vida. Descubra agora