Soldado Invernal ✔

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Soldado Invernal

Narrado em primeira pessoa.

- AI, CACETE. - Escondi o rosto na curva do pescoço de Bucky ao levar um susto com aquela maldita freira mais uma vez.

Ouvi ele gargalhar de novo e bati no seu ombro - mesmo não causando nenhuma reação.

- Para com isso, caralho. Você sabe que eu odeio filme de terror. Não sei porque insiste. - Cruzei os braços emburrada e fiz bico.

- Porque é engraçado ver a sua cara de assustada.

- Ah, é? - Ele sorriu e balançou a cabeça. - Então fique com a cara de irritada. E se esqueça da cara de prazer por um mês, Barnes.

- Tá b... Pera, quê? Por que?

- Por me zuar. Brinca aqui, que eu brinco ali, babaca.

- Nossa, estressada.

- Continua logo essa porra de filme que eu quero deitar.

(...)

- Me larga!

- Não me deixa sozinha aqui, amor. Pela glória de Jesus Cristo, deixa eu ir no banheiro com você. - Agarrei sua cintura com mais força ainda.

- Eu só vou no banheiro lavar as mãos sujas de chocolate! A luz tá acesa, a freira não vai te pegar.

- Bucky! - Bati na sua bunda.

- O que foi?

- Você não tá ajudando. - Gemi, escondendo o rosto na sua barriga.

- Eu só vou no banheiro. Prometo que volto.

- Promete? - Levantei a cabeça.

- Ah, não faz essa carinha, amor.

- Por que?

- Porque parece que você vai me pagar um boquete.

- Você não tinha que ir ao banheiro? - Me soltei dele e ajeitei a roupa.

Ele saiu e deitei no sofá debaixo da coberta - mesmo com o calor de quase quarenta graus que fazia. Mas melhor morrer de calor do que o capeta puxar meu pé.

Estava olhando as notificações do wattapad, quando as luzes apagaram e eu comecei e gritar feito uma louca sem neurônios - não que eu não seja louca.

Acendi a lanterna do celular e olhei ao redor, felizmente não vendo nenhum demônio.

Andei até o banheiro, procurando por Bucky em todos os cantos.

Estava na metade do corredor, quando escutei algo ranger atrás de mim e, como o Flash - ia falar Mercúrio mas ele tá morto - me virei.

E ali tava um cosplay de bosta da freira de Invocação Do Mal 2. Mas, ainda assim, eu estava assustada - e fiquei mais ainda quando aquela coisa começou a correr atrás de mim, gemendo e fazendo careta.

Corri e gritei até a sala, onde me joguei no sofá e aquela coisa - excitada - se jogou em cima de mim.

- SAI, DEMÔNIO. TÁ REPREENDIDO EM NOME DE JESUS, SATANÁS. O SANGUE DE JESUS TEM PODER, TEM PODER, TEM PODER. EU ESCOLHO DEUS, EU ESCOLHO SER AMIGA DE DEUS... - Gritei com os olhos apertados e olhei pro lado pra não sentir o bafo de onça daquela coisa.

- S/N... Para de gritar, mulher! Sou eu. - Então Bucky tirou a camisa branca da cabeça e sorriu.

Filho da puta.

- Eu sabia que era você com toda essa sua feiura.

- Ai. - Ele colocou a mão no peito, fingindo drama.

- Agora sai de cima de cima de mim e vai dar um jeito nessa sua excitação.

- Bem que você poderia dar, né.

- Não. Eu já disse um mês sem sexo, agora depois disso é dois. Se fode aí, trouxa. Literalmente.

Saí debaixo dele e fui até a cozinha preparar algo para comer.

- Qual é, S/N. Isso não é justo.

- Também não é justo quase matar sua namorada do coração. Agradeça que são dois meses, pois se você me matasse, seria pro resto da vida.

- Resto da vida não seria porque eu iria...

- NÃO CREIO! Você me trocaria? Você é mesmo um babaca, Barnes. - Virei para o fogão e voltei a mexer o brigadeiro.

- Mas você ama esse babaca. - Senti ele me abraçar por trás e encostar o queixo no meu ombro.

- Não. Eu te odeio.

- Odeia nada. - Ele beijou meu pescoço.

- Odeio sim.

- Certeza? - Bucky foi descendo a mão até meu short de pijama, onde enfiou a mão.

- Porra, Barnes.

Me virei e agarrei sua nuca, beijando seus lábios com selvageria. Dei impulso e coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura. Bucky me sentou sobre o balcão que separava a sala da cozinha e começou a tirar minha blusa.

- Eu sabia que você não aguentaria dois meses. - Ele sussurrou minha orelha e mordiscou meu lóbulo.

- Cala a boca e me fode logo.

Ouvi ele soltar um riso abafado no meu pescoço e me arrepiei com sua respiração.

Como eu odeio esse homem.



AVENGERS [imagines]Onde histórias criam vida. Descubra agora