Loki Laufeyson ✔

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Loki Laufeyson

Capítulo pedido e dedicado à Loki_Oficial

Narrado em primeira pessoa.

Matar monstros era fácil.

Afinal, eles eram monstros.

Não importa de que tipo.

Grandes e feios, como nos pesadelos de criancinhas. Ou apenas na personalidade.

Eles mereciam morrer.

Eu não tinha pena, não tinha piedade. Nunca tive.

Mas, como dizem: Nunca diga nunca.

(...)

Eu deveria o matar.

Mas agora, diante dele, encarando seus olhos... Ah, Loki. Por que tão perfeito?

A cela de Asgard que o prendia estava aberta, permitindo-me chegar bem perto dele.

- Mas e então... Vai me matar, ou vai ficar me secando? - Sua aparência já não era mais a mesma de quando nos vimos pela primeira vez há um ano.

Ele era grosso, frio, arrogante. Seus olhos transbordavam luxúria, seu sorriso era carregado de malícia e sarcasmo. Seu cabelo, sempre tão impecável e suas roupas sempre tão caras.

Mas agora, nesse estado... Eu já não mais o reconheceria se não fosse pelo choque que percorreu meu corpo como na primeira vez em que o vi.

- Loki...

- Lucille...

- Vamos logo.

Coloquei as algemas e o puxei para fora - para levá-lo ao salão, onde seria executado na frente de todos.

- Como consegue ser tão hipócrita? - Me virei para ele, encarando a imensidão azul de seus olhos.

- O quê?

- Você é como um cachorrinho. Faz o que mandam você fazer... Mesmo contra sua vontade.

- Quem disse que eu não quero matar monstros? - Me aproximei dele. Ele apenas deu de ombros. - Sabe por quê eu sinto prazer em matar monstros como você, Loki? - Ele permaneceu imóvel, com um sorriso no rosto. - Porque eu matei meu pai! - Sorri. - Ele era o monstro dos meus pesadelos. O monstro que sempre pedi para minha mãe ver se estava embaixo da cama, ou no armário. O monstro que eu trancava a porta e passava o dia inteiro me escondendo, para ele não vir até mim e ficar me alisando como ele fazia toda noite. Então um dia ele simplesmente... Puf! Virou pó. Desde então, matar monstros e salvar pessoas é o que me dá prazer.

Vi seus olhos vacilarem por um mísero momento, mas logo voltaram ao normal.

- Mas eu não sou o monstro dos seus pesadelos, Luci. Sou?

O encarei sem dizer nada.

Eu estava transbordando raiva e sentia meu corpo tremer.

Me virei e comecei a andar, ainda ouvindo ele rir com escárnio atrás de mim.

- Você não quer me matar.

Paralisei.

Eu queria matá-lo. Não queria?

Ergui a cabeça e o encarei com raiva.

- Como pode ter tanta certeza, Laufeyson?

Seus olhos me encaravam como se pudesse descobrir todos os meus segredos mais profundos. Como se fosse me devorar.

- Quer?

Então eu o beijei.

Seus lábios macios contra os meus dançavam numa deliciosa harmonia. Meu coração estava acelerado, e minha mente já não mais raciocinava.

- Se você aparecer na minha frente novamente, se dizer algo errado, se pisar em falso uma vez se quer... Eu juro que te mato.

(...)

- COMO VOCÊ OUSA? Deixar Loki Laufeyson escapar? Jamais imaginei uma coisa dessas vindo de você, Lucille. Ainda mais se apaixonar por ele? Repugnante. - O Chefe dos Homens de Letras não estava contente.

Algum filho da puta havia visto e contado o que aconteceu quando liberei Loki.

- O filho de Laufey será encontrado e executado. E você, cara Lucille... Terá o mesmo destino.

Eu sempre achei que o amor matasse as pessoas. Mas agora, eu não apenas achava, como tinha certeza.

AVENGERS [imagines]Onde histórias criam vida. Descubra agora