Capitulo VIII

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 “Todos os dias olho para seus olhos, castanhos claros, sua pele negra e seu cabelo cacheado

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“Todos os dias olho para seus olhos, castanhos claros, sua pele negra e seu cabelo cacheado. Sua voz gritando não desista eu estou aqui irmã”

— Vendida para o Dono do Morro

 
         As pressas fui até o quarto de Matheus e depois no de Mariana, e os levei até meu quarto os arrumei na cama e olhei para Toni, não sabia o que fazer a última vez que fiquei assim foi quando Rani sumiu.
 
— O.. oque eu faço? – perguntei com a voz falha quase inexistente
 
— Assim que eu sair vai encostar a cômoda na  porta e vai usar isso se alguém tentar forçar a porta – falou me dando sua pistola e um pente extra — Entendeu ? –  fiz um gesto que havia entendido  — Ela já está carregada sabe usar ? – perguntou e eu concordei — Proteja meus ... Proteja nossos filhos Catarina, e não esqueça eu te amo — falou e fechou a porta não esperei muito e a tranquei e coloquei a cômoda na frente, olhei para as crianças e estavam quietas mesmo com o barulho parecia que já sabiam o que estava acontecendo
 
— Mamãe, não precisa ter medo, papai é um super-herói — Mariana disse na maior ingenuidade e eu só disse que sabia  e dei o telefone e os fones para eles ficarem concentrados em outra coisa que não fosse minha situação de pânico
 
        Os tiros estavam altos e não se cessaram e nem diminuíram o que me deixava mais desesperada por que não imaginava quem poderia fazer isso!  Toni não tinha inimigos, pelo contrário tinha diversos amigos, o que me deixava ainda mais intrigada.
Estava perdida em pensamentos quando vejo um clarão na minha janela, não me atrevo a ir até ela para ver o que ou quem era, peguei as crianças e coloquei no baú da cama box elas sem questionar ficaram quietas enquanto eu abaixava a parte do colchão pedi para não falarem e nem saírem dali até eu ou pai deles pedirem, abaixei a cama com cuidado para não fazer barulho e a arrumei novamente como se ela nunca tivesse sido bagunçada, escondi as coisas das crianças e empunhei a pistola, quieta  fiquei no canto do quarto longe da porta e da janela. Ao longe dava para ouvir os tiros e meu coração estava acelerando pois não sabia que luz era aquela e nem quem estava a apontando para minha janela, até que ouvi um homem com uma voz conhecida
 
— Ele provavelmente não deixou ela na casa, não seria tão burro assim! – falou um dos homens
 
— Vasculhe mesmo assim, não vamos dar a oportunidade dela fugir — eu conhecia a voz do segundo homem, mas não me recordo de onde
 
 — Ok, temos apenas dois homens tem certeza que quer fazer isso ? — perguntou um dos homens e ouvi um sim e logo após ele ordenou — Vasculhem a casa! — a luz que estava na minha janela sumiu e não demorou muito para ouvir a porta sendo forçada,  eu estava sozinha com as crianças o que me deixava  desesperada. Infelizmente não demorou muito eles conseguiram invadir a casa, dava para escutar o passo de cada um andando e abrindo de porta em porta procurando a gente
 
 — As crianças não estão no quarto — um dos caras falou, eles estão procurando por mim e pelas crianças e logo estarão aqui. Escuto os passos no corredor, sei que tem no mínimo quatro homens,  os dois que deram  a   ordem de invadir e os dois que estão revirando a casa e eu sou apenas uma a desvantagem está grande
 
— Nada aqui também – escutei um dos homens falar creio que estejam no quarto do Roberto,  sendo assim o próximo será o meu e eu não sei o que fazer então já deixo a pistola engatilhada e escuto o que acontece ao meu redor, os tiros no morro já diminuíram e espero que seja um bom sinal pois os passos estavam cada vez mais próximos
 
 — Recuem! Eles levaram todos e estão subindo pra casa, eles sabem que você quer ela saiam daí! – escutei o rádio do homem que já estava na porta do meu quarto o silêncio se instalou durante uns segundos até que eu ouço um tiro do lado de fora e o homem que está na minha porta a força para entrar e tentar fugir porém a cômoda está forçando a porta e ele grita “Ela está aqui dentro" a força que ele coloca a era muita até que conseguiu passar a mão e no desespero eu puxei aquele gatilho acertando de raspão a mão dele e em seguida ouvi mais um tiro e finalmente escutei a voz de Toni com muito ódio
 
— Levem os quatro para o galpão os três aqui deixem separados do Geraldo não quero ele perto de ninguém ouviram ? – Geraldo? Não pode ser!  — Catarina! Abra a porta está tudo bem, abra – escutei Toni dizer mas estava em choque e demorei um pouco para fazer o que ele pedia mas assim que fiz ele me abraçou com força e finalmente eu desabei, por que ele voltou e o que quer de mim de novo! Limpei as lágrimas que desciam do meu rosto e abri o baú onde os dois continuavam deitados do jeito que eu havia colocado os peguei e abracei com toda a força do mundo, não aguentaria perder eles também!
 
— As crianças dormiram de novo – falei chegando próximo à Toni que estava tenso — Posso não ter escutado direito mais você falou o nome do Geraldo não foi? – perguntei não querendo muito saber a resposta
 
— Eu não te falei nada por que não queria lhe dar esperanças, mas sim era o Geraldo e estamos seguindo ele a um tempo pois ele estava prostituindo algumas crianças e isso não iriamos permitir – meus olhos encheram de lágrimas na hora que ele falou e eu não sabia o que estava sentido
 
— Eu vim assim que pude! Como ele não está morto?  Eu mesmo atirei nele Toni – Mauro entra na sala onde estávamos junto de Nayto e Roberta que quando me viram não sabiam o que fazer ou falar então Toni abriu o jogo
 
— Há alguns anos atrás eu perdi minha esposa, a mãe das crianças e desde lá venho sofrendo muito – Mauro fez menção em cortar Toni porém ele continuou – Então resolvi comprar uma das mulheres que Geraldo colocava a exposição assim como muitos fazem, porém ela era tão igual e tão mandona quanto a minha falecida. Me apaixonei por ela e acho que ela também se apaixonou por mim! Porém não posso afastar ela de quem ela ama e considera família então Jane você está livre de mim – falou e eu fiquei em choque olhei para beta e a abracei pois a saudade da minha amiga irmã estava imensa, abracei Mauro e Nayto também e fui para o lado de Toni
 
— Esse não é o momento pra isso amor! Só quero saber o que vão fazer com esse maldito – falei tranquilizando Toni
 
— Então vamos lá, Geraldo juntamente com a milícia dele sequestraram dez crianças entre elas Rani e fez um pequeno bordel e como estávamos  descobrindo tudo ele resolveu vim e fazer mal aos meus filhos e a Jane – falou e respirou fundo – Jane a sua irmã não morreu ela estava sendo usada por Geraldo para satisfazer homens doentios! Nos vamos achar ela e as outras crianças, logo poderá pegá-la no colo novamente – meu desespero era nítido, minha visão estava escura e eu só senti o baque do meu corpo no corpo de alguém, ela está viva e precisa de mim e eu não percebi isso!

Vendida Para o Dono Do Morro - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora