Capítulo XXIV

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“Nas mãos do destino deixei minha vida, e ele me trouxe até aqui, foram tantas despedidas, ao destino e aqueles que me guardam obrigado!”
 
— Vendida pra o dono do morro
 

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Os dias passaram como as águas no rio, tinha dias que passavam rapidamente e outros que pareciam uma eternidade, mas finalmente chegou o dia que eu poderia ir para casa. Tinha pedido pra beta levar tudo que eu e Roberto tínhamos comprado pra bebê e arrumar em um dos quartos já que não tinha nada definido ainda e disse que iria pra minha casa quando saísse da maternidade, só queria que Ana fosse ficar comigo  por conta das crianças e o meu repouso é Toni concordou já que ainda não tinham encontrado os gêmeos.
 
 

— Luara é linda de mais e a madrinha dela trouxe uma saída de hospital maravilhosa – Roberta disse entrando no quarto com duas sacolas enormes uma com bolsas e a outra com fralda e outros produtos para a última troca no hospital
 
 

— E pra mãe dela? Você me trouxe alguma coisa? Ou só essa gorda que ganha presente – disse tirando o peito da boca esfomeada da minha pequena
 

 
— Sim! Trouxe um lindo vestido e uma sandália confortável pra você redondinha do meu coração – disse sorrindo vendo minha cara de brava pra ela — O filho da Tainá resolveu de nascer essa madrugada acredita, Roberto tá puto por que ela não quer fazer de jeito nenhum o teste e o menino nasceu branco igual a neve — disse tirando as coisas da sacola e indo até o banheiro para encher a banheira da bebê — Roberto não acredita que Felipe é filho dele e eu também  não, mas quem sabe é ele — disse voltando e pegando Luara do berço e tirando com cuidado a roupa dela
 

 
— Vai banhar ela ? – perguntei e ela parou, olhou pra mim e sorriu
 
 

— Ultimamente estou tão irritada, acho que Vini está me traindo, tem a questão de quem tá querendo matar minha melhor amiga, meus filhos estão crescendo e eu não estou tendo tempo pra eles, não sei até quando vou aguentar tudo isso – disse e eu tentei dizer algo, mas ela só pegou Luara e levou para o banho depois a trocou e a pós no berço novamente, então fui tomar meu banho e me trocar para dar baixa em tudo e ver a facada que ficou
 

 
— Só tenho uma coisa pra te dizer, se ele tiver fazendo isso, vou matá-lo – disse sem dar chance dela fugir do assunto, então arrumamos tudo e descemos para dar baixa no hospital
 
 

— Já pagaram a conta ontem mesmo, já contando com a diária de hoje – uma moça na recepção disse, pedi que e visse quem havia pago a conta do hospital, por que não lembrava de ter pedido a ninguém e ninguém avisou também que tinha pago — Raquel Silva, ela fez o pagamento alegando ser a irmã da senhorita – olhei pra beta com uma cara de espanto, como é sabia que eu estaria ali? Agradeci a moça e sai do hospital, decidi não ir para casa direto até por que alguém poderia estar me vigiando, beta desceu para pegar o carro e eu fiquei na entrada do hospital esperando ela sair do estacionamento, uma sensação ruim veio e eu apertei minha pequena no meu peito a trazendo para mais perto, pedi para meu anjo da guarda me proteger e proteger meu bebê e que pudéssemos ter um pouco de paz, pelo menos até eu ficar cem por cento bem. Saímos do hospital e Beta decidiu que iríamos para o alemão já que Rane estava lá e eu precisava pegá-la de qualquer jeito , reparei no trajeto que um carro nos seguia, então pedi pra Beta acelerar um pouco só para chegarmos rápido no morro e assim ela fez, Luara estava quieta no bebê conforto, transmitia uma paz inigualável.
 
 

Vendida Para o Dono Do Morro - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora