Capítulo XX

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“Sair, viver e não se arrepender

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“Sair, viver e não se arrepender. Ser feliz sem precisar sofrer"
— Vendida para o Dono do Morro

 
Acordei depois de uns quarenta minutos e desci para socializar e conhecer um pouco mais sobre meu pai, saber da história dele com minha mãe e conhecer meus outros irmãos. Quando estava saindo do quarto que me deixaram ouvi alguém falando ao telefone, mas não deu muita bola só continuei mas antes de sair da área que eu conseguia escutar a pessoa falou “Relaxa, eu sei o que fazer quando a hora chegar!” eu não achei importante e continuei andando até as escadas para descer até a sala, quando estava prestes a descer uma mulher morena apareceu atrás de mim sem fazer nenhum barulho me causando um susto imenso

 
— Você é louca ? – perguntei rude virando pra trás com tudo e saindo da escada

 
— Calma bastarda, não vou machucar você nem esse saquinho de pobre que você carrega não – disse a mulher descendo as escadas na minha frente, a voz era a mesma da ligação que eu escutei, deve ser neura minha, pensei de desci. Chegando na sala de jantar tinha uma mesa posta e todos já estavam sentados exceto eu e a mulher que passou por mim

 
— Sente-se aqui querida – meu pai falou e a mulher não gostou nem um pouco do convite

 
— Pai, eu sempre me sento ao seu lado esqueceu ? – ele então a olhou um pouco nervoso e novamente pediu que eu senta-se ao seu lado, então eu fui

 
— Bom como todos sabem eu demorei muito para encontrar minha primogênita, a mãe dele soube a esconder muito bem – ele iniciou — Até que minha caçula encontrou a irmã e a salvou, mesmo não sabendo quem era e eu me orgulho muito de você – disse sorrindo para Cris que ficou vermelha com o elogio — Bom, vamos as apresentações. Jane essa é a Raquel, Daiane, Serena, Joana, Vitório , Madalena minha esposa e a Cris você já conhece – disse apontando para cada um enquanto falava os nomes, e a mulher que discutiu comigo era a Raquel — Nos conte um pouco de você, foram muitos anos perdidos – falou e sorriu

 
— Eu tenho 28 anos, sou formada em administração de empresas, como viram na TV eu, minha Irmã e minha mãe considerada morta a um ano e meio atrás, porém havia sido traficadas pra um homem que tinha dois filhos, vivi com ele durante dez meses até que ele me traiu e voltei ao alemão, onde eu morava antes de tudo isso acontecer, nesse meio tempo achei que assim como minha mãe, Rane estava morta também até que encontramos ela sendo escrava sexual e conseguimos resgatar ela e mais diversas crianças – tomei um pouco de fôlego para contar a pior parte — A uns cinco meses atrás o cara que havia me “comprado” decidiu que se eu não fosse dele, ninguém mais me teria então foi me buscar no alemão e me levou para uma casa no meio do mato perto de Caxias, foi quando ele começou a me violentar e depois ainda chamou outros para fazer o mesmo, eu não sabia que estava grávida depois de muitas horas sofrendo comecei a sangrar e foi quando ele me deixou apenas com uma roupa e a chave do carro, eu estava fraca mas consegui chegar até a cidade mais perto e encontrei alguns policiais e depois só me lembro de acordar e a Cris esta lá junto com o doutor Fragoso e me contarem que estava grávida, enfim essa é minha estória – conclui e todos estavam com cara de espanto, menos Cris pois já sabia de tudo

 
— Que legal, trouxe uma favelada, puta de traficante pra dentro da nossa casa – Raquel disse olhando em direção a Cris que quando foi falar eu a interrompi

 
— Desculpa, mas a favelada, puta de traficante como disse, tem mais educação que você – disse e ela ia falar mais alguma coisa, porém se calou.
O restante da tarde/noite foi agradável, mas eu não me sentia bem naquele lugar, não me sentia segura, então liguei pra Mauro e pedi ajuda, disse que eu queria voltar para o Rio e expliquei o que estava acontecendo aqui e pedi que ele visse uma casa próximo ao morro porém não dentro do alemão e se ele poderia me ajudar financeiramente até o bebê nascer e eu voltar a trabalhar, ele então deu a sugestão de eu ir trabalhando da casa nova já que tudo era no computador e eu concordei, ia ficar aqui até Mauro arrumar a casa pra mim e depois ia embora, Raquel não me passa confiança.

 
— Podemos conversar?  - disse Edgar entrando no quarto, eu sorri e concordei — Desculpe por Raquel, até ontem ela era a mais velha e primeira herdeira de tudo, o dinheiro muda muita gente – disse indo até a cadeira e se sentando — Quando sua mãe disse estar grávida eu não acreditei, disse que era do tal namorado traficante dela e ela por raiva de mim não me deixou participar da sua vida e nem dar o que você merecia – olhei pra ele e sua feição era de tristeza — Quando vi o noticiário da morte da sua mãe e vi que suas duas filhas haviam morrido junto , meu mundo desmoronou até que Cris disse ter encontrado a irmã, mas não podia dar certeza já estava muito debilitada e ali meu coração se alegrou com um pouco de esperança, então quando ela confirmou que era você eu não sabia mais onde colocar a cara de bobo feliz que eu estava. Mandei colocarem você no meu testamento, a anos fiz uma poupança para você, e hoje finalmente posso dar a você o que eu deixei de dar todo esse tempo – falou se levantando e me abraçou  — Eu sei que quer voltar pro Rio, vi no café da tarde que está desconfortável , só peço que não me deixe sem notícias – falou e saiu do quarto, Rane já estava dormindo então fui procurar algumas casas também, queria ir o quanto antes. Estava ainda procurando a casa quando me chega uma mensagem do aplicativo do banco “Você recebeu 25.000.000 da EMPRESA FAGUNDES", eu fiquei ali olhando aquele valor durante muito tempo até que caiu a ficha, ele me tornou milionária.
 
 

Vendida Para o Dono Do Morro - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora