Vendida Para o Dono Do Morro - Livro I

Capítulo XXIII

Capítulo dedicado a minha melhor amiga Josy, que me ameaçou e disse que se divorciara se eu não postasse!

Te amo amiga, obrigado por me apoiar tanto nessa trajetória ♡

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Nunca deixe o ego te dominar, nem a soberba te consumir, lembre-se de sempre praticar o bem, sem olhar a quem"
 
— Vendida para o dono do Morro
 

Acordei com alguém gritando entrega no portão, liguei o celular e vi que já era meio dia e que tinha algumas mensagens das lojas que comprei ontem sobre os entregadores já estarem a caminho, então acordei Rane e pedi pra ela ficar no banheiro e só sair de lá quando eu mandasse já que poderia não ser os entregadores, sai de casa e abri o portão e realmente era os entregadores então pedi que entrassem e expliquei onde ficaria as coisas tanto no piso de baixo quanto no segundo andar, eles começaram a arrumar e eu tirei Rane do banheiro e dei pizza pra ela comer. Demorou o dia todo a montagem dos móveis, já tinha chegado tudo da cozinha, a televisão e as coisas para os quartos, só faltava as coisas da sala que seriam entregue no fim da tarde, depois de terminarem tudo dei um agrado para cada e agradeci pela ajuda, levei eles até o portão e peguei Rane para irmos ao mercado que tinha ali próximo. Andamos até o mercado peguei dois carrinhos e fui comprar mantimentos para a nova casa, peguei o triplo de cada coisa pra evitar de sair de casa ao máximo, passei tudo e pedi que entregassem já que era perto falei que iria na frente e a moça disse que em alguns minutos já estariam lá, agradeci e fui pra casa novamente. O bairro era calmo, levando em conta que ficava próximo aí alemão achei que seria mais movimentado em relação a pessoas na rua, cheguei em casa e não demorou muito as compras chegaram também, agradeci e ajudei a tirar do carro, quando já estava tudo pra dentro de casa comecei a limpar, limpei os armários que estavam cheios de pó por conta da furadeira e fui organizando as compras de alimentos , depois coloquei os copos e os pratos e os talheres que achei no mercado pra comprar, depois de organizar quase tudo meu telefone toca de novo
 
 
— Você está bem? – Beta pergunta com uma voz de cansada
 
 
— Melhor agora amiga, não sei por que querem me fazer tanto mal – falei e comecei a chorar, desde a hora que eu saí do Rio para São Paulo eu não havia derrubado uma gota de lágrima, então acumulou tanta coisa junta que eu não aguentei, desmoronei e Roberta também. Ficamos algumas horas conversando quando sinto uma dor imensa no pé da minha barriga
 
 
— Jane, está tudo bem ? – perguntou depois do gemido de dor que soltei, antes que eu pudesse responder veio outro mais forte — Jane onde você está?  — ela perguntou desesperada mas eu não conseguia falar por conta da dor então respirei fundo e antes da outra onda vir disse o endereço da minha casa e implorei pra ela vir sozinha, ela concordou e continuou no telefone comigo até chegar o que não demorou nem vinte minutos — Estou no seu portão, pede pra Rane abrir pra mim — dei a chave pra Rane e em pouco tempo Beta já estava dentro de casa — O que está sentindo ? ‐ perguntou e antes que eu pudesse responder novamente a dor veio só que dessa vez pior que as outras e senti um líquido escorrendo pela minha perna foi ai que meu desespero aumentou
 
 
— Pelo amor de Deus, me leva pro hospital ! – gritei e Beta me ajudou a levantar e me levou até o carro e corremos até o Hospital Memorial Fuad Chidid e entramos na emergência dois homens e uma mulher me ajudaram a sentar em uma cadeira de rodas, atrás vinham Beta falando que minha bolsa já tinha estourado e que eu estava só de 8 meses ainda, ela continuou falando e minha dor aumentando cada vez mais
 
 
— Só atendemos particular ou convênio, ela tem plano? – a moça perguntou se Beta respondeu grossa
 
 
— Pora, vai ser no particular! Só ajuda ela inferno e coloca ela em um quarto particular o quanto antes – a mulher que estava com uma voz de soberba se calou e saiu de perto Beta então se aproximou — Amiga quer que eu chame alguém? O Toni? Sei lá – ela estava mais desesperada que eu, então pedi que ela chamasse o Toni já que era o pai das crianças então ela ligou pra ele e para Nayto, não demorou muito a moça que foi antipática nos guiou até o quarto que eu ficaria, as contrações pioraram cada vez mais, a obstetra disse que a bebê ainda não estava na posição certa e perguntou se eu queria fazer a cessaria ou se eu aguentaria esperar elas posicionarem a bebê então decidi que iria fazer a cessaria mesmo para não correr riscos, então começaram a me preparar me levaram para a sala de operação e começaram a soltar o gás da anestesia e antes que eu apagasse vi Toni entrando na sala todo vestido adequadamente e segurando minha mão, naquele momento só pensei na minha pequena Luara e do amor que ela me trará, da alegria que será ter ela no colo quando acordar.
 
 
— Como sabiam que ela estaria aqui? – o silêncio reinou mas dava para ouvir os passos apressados de um lado para o outro — Você é um incompetente! Mate essa maldita antes que eu mate você — novamente o silêncio reinou e os passos estavam mais perto de repente senti a uma mão acariciando meu rosto e lágrimas caiam sobre minha pele, antes que eu pudesse abrir os olhos ele disse — Sabe que eu te amo, eu vou cuidar de você e da nossa filha até o último dia de minha vida – Abri os olhos e sorri, ele estava com uma cara de quem não dormiu nada mas seu sorriso se abriu assim que me viu bem
 
 
— Cadê ela? – perguntei olhando em volta procurando minha bebê
 
 
— Eles a levaram para fazer alguns exames por ser prematura ainda, mas ela é grande e saudável, forte assim como você meu anjo – disse acariciando meu rosto ainda é sorrindo aos quatro ventos que a caçula dele nasceu
 
 
— Onde está Rane? – perguntei e ele me tranquilizou dizendo que ela estava segura com a beta no alemão, ele me contou que Melissa foi embora e levou os gêmeos com ela, ele está louco com isso, querendo matar ela. Pediu pra eu ir pro Vidigal com ele e voltar a morar lá, mas me neguei, não queria ninguém agora, queria apenas curtir minha filha e tentar ficar em paz e segura, o que ultimamente está sendo uma missão impossível. Conversamos durante um tempo sobre diversas coisas, principalmente sobre os gêmeos mas fomos interrompidos com a enfermeira entrando com um berço móvel e minha pequena lá dentro toda embrulhada com a roupa que beta tinha dado assim que descobrimos que era uma menina, a enfermeira pegou ela no colo e me entregou com cuidado, me ensinou a como colocar o peito pra ela mamar e que era normal ela se desesperar no começo mas que depois acostumaria — Minha pequena Luara, luz da minha vida – disse fazendo um carinho nela enquanto amamentava.