Dias atrás... (Narração Toni)
Olhei pela janela do escritório enquanto a mulher fina e elegante dizia seu plano para matar aquela que um dia amei, que carrega meu filho e que me fez sofrer muito me deixando
— Entendeu? – olhei pra mulher e sorri
— Sim madame, eu entendi – sai da janela e fui até ela, parei na sua frente e novamente sorri — E eu ganho o que em troca ? – disse passando a mão em seu rosto, deu pra ver que ela ficou um pouco assustada com a proximidade mas eu não me afastei
— Vai ganhar muito dinheiro — disse se afastando um pouco
— Eu já tenho muito dinheiro princesa, isso que não entende – falei me aproximando novamente dela — Você tem traços dela sabia, agora me diz, por que quer tanto ela morta – perguntei me afastando
— Meu pai é um emocionado que passou 60% da empresa para sua primogênita, que deveria ser eu. Eu estudei nas melhores faculdades e escolas, sempre tentando ser o orgulho dele, para uma favelada vir e tirar isso de mim! Eu não vou aceitar – o ódio transbordava da menina mimada
— Ok, eu vou te ajudar – se ela não vai ser minha, não será de mais ninguém — Amanhã mesmo eu já vejo isso – disse chegado perto dela novamente e com uma rapidez gigantesca ela se levanta e sai sem nem dar tchau — Tiago, preciso de você aqui no escritório – disse no rádio e não demorou muito pra ele já está na minha frente — Preciso que localize esse ID e me diga exatamente onde ele está — ele pegou o número e saiu, ela vai me pagar por ter me deixado
— Toni, precisamos conversar – Melissa entra pela porta com uma mala na mão — Eu vou embora com as crianças, não sei o que se tornou mas já está me dando medo, seus filhos têm medo de você – falou e eu sorri
— Acha que é assim? Acha que vai voltar, fuder a vida que eu demorei pra formar e depois ir embora de novo só que com meus filhos? – disse dando o primeiro tapa — Acha que é fácil assim? – falei pegando ela pelo cabelo e trazendo pra perto de mim — Está vendo o que faz eu fazer! Vamos para casa, você precisa dormir um pouco – disse indo até o carro e levando ela e as crianças pra casa, como havia dispensado Ana a alguns dias para ver a família ficamos sozinhos, no primeiro dia eu só planejei como iria fazer para parecer que ela realmente havia me abandonado novamente, no segundo dia fui ver o lugar que iria esconder os corpos e no terceiro dia era quando eu ia concretizar tudo, porém veio a ligação de Naytoq, minha filha estava nascendo e eu não perderia o parto dela então dopei todos os três e fui em direção ao hospital, Luara nasceu linda e a mãe dela estava mais linda ainda então fiquei um pouco no hospital admirando a beleza da mulher que me deixou, percebi que ela estava acordando então fingi uma ligação — Como sabiam que ela estaria aqui? – fiquei em silêncio como se estivesse ouvindo a resposta e depois continuei — Você é um incompetente, mate essa maldita antes que eu mate você – fiquei em silêncio novamente e cheguei perto dela, passei a mão em seu rosto — Sabe que te amo, e cuidarei de você e da nossa filha até o último dia de minha vida – Assim que terminei de dizer ela abriu o olho e me encheu de perguntas, então respondi e disse que Melissa havia ido embora com os gêmeos e que eu estava louco com isso, pedi que fosse para o Vidigal comigo, mas ela se recusou então fiquei ali um tempo me lamentando sobre a “partida" de Melissa com as crianças até que chega uma enfermeira com um berço móvel e Luara dentro, a enfermeira deu Luara para Jane e ensinou como deveria dar de mamar e ela se saiu bem até, fiquei mais um tempo e fui embora precisava terminar o que comecei.
Chegando em casa Melissa estava andando ainda meio grogue pela casa então peguei ela no colo e levei até meu quarto, usei ela, batia quando ela tentava sair, até que ela ficou irreconhecível, no último soco ela parou de respirar e ficou ali deitada sem vida na minha cama, agora era a vez das crianças, ia ser rápido principalmente por estarem dormindo ainda, peguei uma sacola e coloquei um travesseiro dentro e fui até o quarto deles e fiquei admirando meus filhos pela última vez, fui então até o mais velho, meu menino que amo tanto, nunca mais vai sofrer nessa vida maldita dei um beijo e coloquei o travesseiro em seu rosto segurando até seu corpo parar de se contorcer, o mesmo fiz com minha princesa. Depois de tudo peguei uma serra e cortei cada um deles e coloquei em sacos pretos de lixo e depois joguei no meu porta malas e levei até um matagal e deixei lá junto com as malas que já estavam no carro também, então voltei pro morro e liguei para Raquel, falei o hospital que Jane estava e fui limpar as coisas que usei, depois de limpar tudo fui descansar precisava dormir um pouco.
Hoje
Maurício andava de um lado para o outro com um ferro quente na mão pensando em como mais poderia me torturar, ele me queimou até eu contar o que tinha feito e confessar tudo em um áudio gravado pelo seu “mordomo"
— Eu sabia que você era uma criança mimada, eu sempre falei isso pro seu pai, que seu transtorno de personalidade um dia te mataria, mas ele como sempre preferiu colocar isso debaixo do tapete e fingir que você era normal – disse chegando mais perto — Agora estamos aqui, eu tendo que julgar e matar meu próprio afilhado por que o imbecil do seu pai não soube cuidar de você — disse queimando minha perna — Ricardo, chame os outros minha parte aqui acabou – disse saindo e logo depois aparecerem três homens e começaram a me violentar, na minha cabeça só se passava ódio por não ter matado todos quando tive a chance, depois de terem me violentado me espancaram e a última coisa que me lembro foi do disparo e do impacto no meu rosto.
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Vendida Para o Dono Do Morro - Livro I
RomanceLivro I Mais um dia me vejo aqui, olhando para a janela e pensando em como o mundo pode ser tão cruel com pessoas tão boas, ou será que eu não era uma pessoa tão boa assim ? O barulho da chuva que caia naquele dia estava me acalmando, mesmo eu s...