Capítulo XIX

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“As maiores alegrias veem de onde nem esperamos “ — Vendida para o dono do Morro

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“As maiores alegrias veem de onde nem esperamos “
— Vendida para o dono do Morro

 
— Jane! Abre essa porta – Roberto dizia do outro lado da porta, espancando a porta enquanto eu fazia as malas da Rane. Quase não dormi a noite toda, decidi que não vou mais morar aqui e nem vou mais voltar pro Vidigal,  nenhum dos dois me merecem
 
— Cris, pode passar aqui na casa da Roberta pra me buscar, vou aceitar seu convite – falei no áudio e não demorou muito ela mandou um “oba, já vou" , Roberto espancou ainda mais a porta depois de ouvir o que eu disse. Eu estou cansada, grávida, com dor, mas não sou otaria.
 
— Jane não brinca com isso cara – implorou do outro lado — Eu só estava nervoso com você – quando ele falou isso meu ódio subiu e eu fui até a porta e abri — Amor você sab... – o interrompi
 
— Você sabe o que eu passei na minha vida ? Você sabe quantas vezes eu te perdoei no passado? Você sabe o quanto tive que sofrer pra te esquecer e aí você volta e acha que pode fazer tudo de novo? Sim eu fui ver ele , por que por mais filho da puta ele ainda é o pai da minha filha. E diferente de você não fiz nada de mais, apenas vi que ele estava bem e depois a 1namorada dele chegou e eu vim embora, agora volta para sua mulher que eu estou sobrando aqui dentro e não é de agora – falei pegando a bolsa que fiz da Rane e subindo pro meu quarto, e para a minha surpresa Tainá ainda estava lá, deitada na minha cama, Roberto que tinha vindo atrás de mim soltou um desculpa, mas nem liguei, peguei uma das malas coloquei o que eu precisava dentro e saí da casa dele. Realmente eu cansei.
 
— Ele contou pro Vini – Roberta falou assim que eu entrei
 
— Que bom que ele já falou, vai poupar minha voz. Eu casei Beta, cansei de tudo isso – falei sentando no sofá — Toni e trocou pela Melissa no momento em que transou com ela na sala da gerência, Roberto me traiu três vezes com a mesma pessoa e agora ela está grávida!  Além de tudo isso, eu estou grávida e cansada de tudo. Quero só sumir e eu vou – falei e antes dela perguntar como Cris chama no portão e a cara de Beta fechou na hora
 
— Você não pode ir embora de novo, eu já fiquei muito tempo sem você amiga – falou e eu apenas abaixei a cabeça — Eu não vou ser egoísta Jane, mas saiba que eu ficarei bem triste- disse saindo pra abrir o portão e Rane veio na minha direção correndo
 
— Já escovou os dentes ? – perguntei e ela sorriu para eu ver de estavam limpos, Cris entrou e eu não demorei muito com a despedida já que eu não voltaria mais a morar no alemão — Eu volto pro Rio o quanto antes, só não volto a morar aqui Beta, mas fique em paz que vai dar tudo certo – abracei ela e antes de sair disse o que ela tanto esperava — O nome dela é Luara – ela chorou e me abraçou de novo
 
— Nossa Luara, sua madrinha já te ama muito viu é cuida da sonsa da sua mãe – falou me tirando um sorriso — E você também garota, cuida dela ou eu te mato! – faliu para Cris que sorriu mas depois de ver que ela não estava brincando só concordou e entrou no carro, dei o último abraço nela e coloquei Rane na cadeirinha e entrei no banco do passageiro e descemos o morro, novamente indo embora
 
— É normal ter esse tanto de homem armado na saída do morro ? – Cris perguntou e eu saí dos meus pensamentos vendo que Roberto colocou quase todos os meninos que trabalham pra ele na saída do morro
 
— Não é normal, mas nós vamos passar – falei e desci do carro e andei até um deles — Vão impedir morador de sair ? Por acaso tem alguém que está fugido aqui dentro? – nenhum deles responderam então peguei o rádio que estava na cintura de um deles já nervosa — Roberto seu filho da puta, não basta fuder outra na minha cama e fuder meu psicológico ainda quer me manter presa ? Esqueceu que quem me comprou não foi você? – não demorou muito e ele pediu para os meninos saírem do caminho  — Obrigado, seja feliz com sua mulher! – entreguei o rádio para o menino e entrei novamente no carro e Cris voltou a dirigir até o aeroporto, meu suposto pai tinha um jato particular e sobre o exame deu que éramos irmãs 74,99999....% então estou indo pra fazer o exame de DNA com ele mesmo sabendo que o resultado é positivo.
Não demorou muito para chegarmos no aeroporto e embarcamos, demoramos uma hora e pouco para chegar no Aeroporto de Congonhas em São Paulo e já tinha um motorista nos esperando, Cris disse que eles moravam no Brooklyn zona sul. A viagem toda fiquei olhando pela janela, realmente São Paulo é bem movimentada, e não tem nenhuma praia perto o que eu achei mais estranho ainda
 
— Chegamos – Cris falou e quando eu olhei a casa por fora era bem elegante, o murro era com aquelas plantas que grudam na parede e o portão era de madeira, quando entramos fiquei chocada era bem mais luxuoso do que a entrada — Mãe!  Pai! Dona Vilma! Cheguei com visitas – gritou e eu sorri, tínhamos muito em comum
 
— Desculpa menina, eu estava fazendo aquele bolo maravilhoso que você gosta – uma senhora de aparentemente uns 60 anos disse limpando a mão em um pano de prato — Então você é a famosa Jane, Cris não parou de falar de você nesse tempo todo – eu fiquei sem graça já que não conhecia ninguém ali
 
— Oi minha querida – um senhor de aparentemente 50 ou 60 anos diz abraçando Cris e vindo em minha direção, era possível ver alguns traços meus nele, como a pele negra, os olhos e a curvatura do nariz — Você deve ser a Jane, não imagina o quanto esperei por esse momento – falou me abraçando e eu retribui o carinho, tinha ainda muitas dúvidas mas deixarei para outro momento. Conheci também a mãe da Cris e uma de suas irmãs, comemos algo e ela me mostrou onde eu e Rane dormiríamos eu pedi licença mas precisava dormir um pouco Cris entendeu e desceu com Rane para brincar, eu mandei mensagem para beta avisando que ei já tinha chegado e vi que tinha uma ligação de um número que eu ainda não tinha salvo então retornei
 
— Alô?
 
— Jane, por que me deixou de novo? Achei que estávamos recomeçando – Toni falou do outro lado
 
— Eu preciso de um tempinho longe de todos, até vocês decidirem o que querem, não sou marionete de nenhum dos dois – falei e desliguei, no quarto que eu estava tinha um banheiro então tomei banho e me deitei, pensei em algumas coisas até pegar no sono .
 
 
 
 
 
 

Vendida Para o Dono Do Morro - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora