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MARIA JULIA - MAJU

Entro na boca com o PH, recebendo vários olhares, principalmente do Menor.

- É ela? A hacker baixinha? - Ele solta uma risada, o que me faz encara-lo seriamente. - Desculpa ai nanica, quer dizer, priminha linda. 

Menor, ou Daniel para os íntimos, é meu primo, o mais chato e irritante que eu conheço ou que me lembro de ter conhecido desde que nasci. Foi com ele que aprendi a hackear, e quem me incentivou a investir nesse meu talento informático. PH apenas nos encarava dando umas reviradas de olhos.

- Leva ela pra sua sala, mostra tudo o que ela pedir ou precisar, qualquer coisa me chamem. Aliás, Maju, quando terminar vai na minha sala. - Concordo com a cabeça, recebendo um beijo casto em meus lábios, e sorrio para o mesmo. - To de olho em você, Menor!

PH vai para sua sala sem tirar os olhos do Menor, o que me fez soltar uma gargalhada, e um suspiro seguido de uma revirada de olhos do meu primo. 

- Ta pegando o chefe, pirralha! - Ele ri passando o braço por meus ombros me levando até sua sala, onde tinha duas escrivaninhas de canto, cada escrivaninha dois monitores de 21,5'' (eu acho), um teclado que havia LED, tinha alguns arquivos de aço, onde provavelmente ele guardava as papeladas. E um monitor na parede onde passava todas as imagens das câmeras que tinham pelo morro.

- Caralho mano!!! – Falo olhando aqueles eletrônicos na minha frente com um sorriso maior que minha cara. - Foi por isso que entrou pra esse mundo? E o que você faz aqui? - Digo me sentando em uma das cadeiras que haviam em frente a escrivaninha que ele apontou ser a minha.

- Sim e não, na verdade, não sei. - Ele solta uma risada, se sentando. - Minha ficha é limpa, então quando o PH ou JV precisam resolver algo fora daqui, sou eu que resolvo. Cuido do sistema de segurança, de todas as contas do PH, e das câmeras por todo o morro. Desde que o vapor que cuidava da administração de compra e venda de armas, e mais umas porra ai dessa área, morreu em uma das invasões, sou eu que fico cuidando disso tudo, até que arrumem outro vapor confiável. – Sorri se ajeitando na cadeira.

- Entendi, bom, é coisa pra caramba! Mas mudando de assunto, você conseguiu descobrir o IP* de quem tava invadindo?

- Consegui, mas quando eu ia entrar no IP, aparecia uma imagem de error, como se o protocolo ou código de acesso foi corrompido. – Ele bufa revirando os olhos, deixo uma risadinha escapar de mim enquanto aproxo minha cadeira dele dando um tapinha em seu ombro.

- Ai priminho, tem tanto ainda pra aprender comigo! Mas não fique triste, a prima chegou pra te dar aulas! 

- Ta folgada pirralha! E toda debochadinha!

Sorrio irônica pra ele, que apenas ri. O mesmo passa a me mostrar o número do IP do software que estava parelhando com o sistema, e então começo a fazer meu breve trabalho. Digito o IP na caixa principal do site, onde busca todas as bases de dados referentes a códigos específicos encontrados em IP, mas como o Menor disse, toda vez que se tenta acesso a essa base de dado, aparece a imagem de error, numeração corrompida.

Desse modo, passei a encarar aquela sequência de números de outra forma, lembrei de senhas chaves, e números baseado em código morse que usam para clamuflar determinados algoritmos para que ao tentar descobrir onde está sendo o receptor, não dê certo. A intenção é que ninguém descubra, mas mamis sempre diz que não sou todo mundo, e com isso e com longos minutos, descobri qual era o número errado, colocaram um 7 onde era 1, pois só eles saberiam desse detalhe, mas que dó deles.

De Love - A Nerd e o Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora