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PEDRO HENRIQUE - PH

- Some daqui antes que eu meta o pipoco nessa sua cabeça, vagabunda! – Falo exalando ódio, apontando a arma pra Katarine.

- Poxa amorzinho, pensei que você queria. – Ela fala toda manhosa, ajudando meu ódio a ficar maior, então apenas travo minha arma e

- Lógico que eu não querida, eu hein! Você vai ter duas opções, sair daqui com vida, ou ter essa sua cabeça estourada em várias partículas de átomos! – Grito.

- Sai daqui, Katarine! – JV fala puxando ela por um braço. - E não aparece mais aqui!

- Eu volto qualquer dia desses, amorzinho! – Ela fala mandando beijo, revirei meus olhos jogando a primeira coisa que vi na parede,

- QUE CARALHOS VOCÊ FEZ, PEDRO HENRIQUE? – Menor esbraveja.

- NADA MENOR, NADA, ESSA MERDA AI CHEGOU AQUI ME BEIJANDO, E NA HORA A MAJU ENTROU!

- Parem de gritar seus merdas! – JV fala entrando na sala fechando a porta, como o cara sensato que é, irritante, mas sensato. - PH, a Maju não merecia isso e você sabe muito bem disso, devo dizer que até melhor do que ninguém!

- Eu sei João Vitor, eu sei, eu sei disso pra cacete. Mas essa droga chegou me agarrando, e bem na hora, bem nessa maldita hora a Maju entra. Droga! Eu vou atrás dela! – Falo saindo, mas Menor segura meu braço, me fazendo parar ao seu lado.

- Não, você não vai, eu conheço minha prima, ela precisa de um tempo sozinha. Senta a porra dessa sua bunda nessa cadeira, e se acalma inferno, porque sabemos que você com raiva não fala coisa com coisa!

Bufo com raiva, me sentando e jogando as coisas da minha mesa no chão, passo as mãos pelo cabelo tentando me acalmar, apoiando meus cotovelos na mesa.

{...}

Me levanto vendo que era 20h30m, então pego minha glock de cima da mesa, colocando no coldre na cintura, e a chave da moto. Saio da boca, subindo na moto e vou para casa da Maju. Chegando la, estaciono na entra e desço deixando o capacete la e apenas levo comigo a chave. Bato na porta da casa dela repetidas vezes, esperando alguém abrir.

- PH? O que faz aqui? - Tia Fe fala assim que abre a porta.

- Maju ta ai? Eu preciso falar com ela. - Falo desesperado.

- Ela está, mas ta dormindo. Depois que ela chegou chorando e se trancou no quarto, e suponho que você tenha alguma coisa haver com isso, mas entra ai! - Ela fala me dando passagem, e assim que entro, a porta é fechada.

- Ela te contou a merda que aconteceu? - Pergunto.

- Sim PH, e olha vou ser sincera com você. Eu nunca vi a Maju chorar por nenhum homem, além do pai dela. Desde que ela perdeu ele, nunca mais foi de demonstrar muitos sentimentos, nunca teve amigos, nunca se deu a chance de ter nada. Se ela te deu a chance de entrar na vida dela, é porque ela gosta de você, então faça me o favor de não magoar ela. Não de novo, porque sabemos que você não tem esse direito. - Ela respira fundo e me olha. - O quarto dela é o primeiro a direita.

Sorri nervoso pra ela, balbuciando um obrigado e indo em direção ao quarto dela, onde abro a porta lentamente.

- Maria Julia, você sabe que é melhor do que isso tudo, sabe que a Katarine fez isso para te atingir. E sabe mais ainda que por mais que ele tenha a fama de pegador, não iria fazer isso com você. Ou iria? - Ouço ela falando consigo mesma, o que era muito fofo e engraçado, e deixo uma risada escapar por conta desse momento.

- Não, ele não iria fazer isso. Ele não seria tão filha da puta ao ponto de perder você por uma besteira dessa, ou melhor, não seria burro de fazer nada que pudesse perder você! - Falo entrando no quarto observando-a no banheiro, ela se assusta e se vira pra mim.

- O que tá fazendo aqui? Quem te deixou entrar? - Questiona.

- Vim tentar fazer você acreditar que eu não beijei ela, e que aquela coisa entrou lá me agarrando bem na hora que você entrou. E respondendo sua oitra pergunta, foi sua mãe que me deixou entrar!

- PH, não precisa se explicar, não precisa... - Ela sorri fraco. - Tá tranquilo... - Ela se vira de costas voltando a se olhar no espelho. - Tá tudo numa boa, sobre controle!

- Sua mãe me disse que você chorou desde que chegou. - Suspiro me aproximando dela. - Então acho que não está sobre controle, ou temos versões diferentes de como é estar sobre controle, mas acredita em mim, eu não fiz aquilo, porra!

- Eu sei que não fez... - Ela se vira ficando de frente pra mim. - Mas foi aquela merda de menina que me zoou a manhã toda, me chamando de "a nova putinha do dono do morro", ela e aqueles idiotas da escola. Sabe machucou te ver com ela. - Ela começa a chorar. - Mas sabe o que mais me dói? É você não se lembrar de mim... Porra, Pedro Henrique! - Ela me empurra para que eu saia do seu caminho e vai até sua cama onde se deita pegando um travesseiro e abraçando o mesmo. - Você não lembra daquela menina de 7 anos, que brincava de salada mista com você, com aquela rodinha de criança? Só tinha uma que era a mais novinha, e pasmeeee, essa uma, era eu!

Deixei uma risada escapar quando vi de biquinho triste e revoltado, e me sentei na cama, ao seu lado,  levando minha mão aos seus cabelos.

- Maju, eu lembro de cada detalhe daquela menina, lembro de cada risada que ela dava, não é porque se passou 11 anos que eu me esqueci dela, que eu deixei de gostar dela, Maria Julia! - Me levanto. - Mas éramos crianças, você era muito nova e eu não podia te trazer pra esse tipo de mundo, eu assumi isso aqui muito novo, e por mais que você morasse aqui desde sempre, ninguém nunca saberia que você era meu ponto fraco, e assim você nunca iria ser machucada e nunca seria um alvo.


- Mas depois que virou amiga da Vitória, eu não podia mais aguentar, era mais forte que eu, te ver ali pertinho, e não poder te ter pra mim. - Me deito ao lado dela segurando no rosto dela delicadamente. - Então para de dizer que eu não lembro de você, porque eu lembro de você a cada segundo da minha vida, pequena coisa!

- PH... - Ela sorri. - Droga PH! - Ela me abraça chorando. - Eu preferia ter virado um alvo pro morro vizinho do que pensar que você não lembrava de mim!

- Porra Maria Julia, se você virasse um alvo tu poderia morrer, ta louca é? Olha as coisas que você fala! - Digo meio alterado, revirando meus olhos.

- Desculpa... - Ela abaixa a cabeça, soltando algum murmúrio inaudível.

- Na verdade, eu vim aqui pra te pedir desculpas por aquilo que aconteceu la na boca. Eu realmente não queria aquilo, e eu não quero ela. Eu quero tu Maju, ta ligado? - Falo segurando seu rosto próximo ao meu. 

- To ligada PH, to ligada no 220V! - Ri. - Eu já falei que ta tudo bem sobre aquilo, Katarine sempre me odiou, e sempre vai me odiar.

- Podemos parar de falar sobre essas porra, e partir logo pra parte em que a gente fica se beijando muito? - Pergunto e ela finge pensar.

- Acho que sim... - Ela ri. - Na verdade, tenho certeza que sim!

Sorrio puxando a mesma pra um beijo, me sento na ca trazendo a mesma para para meu colo, subindo meus dedos por suas costas, por baixo da camisa larga que a mesma usava, enquanto brincava lentamente com sua língua. 

Sinto uma leve ardência na nuca, que me fez sorrir entre o beijo, sugando sua língua. Deito ela devagar sobre a cama, separando nosso beijo e descendo meus lábios por sua pele, até seu pescoço dando diversos beijos pelo mesmo, deixando um chupão não muito forte. Afasto meu rosto dela, encarando seus olhos e abro um sorriso largo. Quando a mesma retribui meu sorriso, volto a juntar nossos lábios em mais uma sequência de beijos.

De Love - A Nerd e o Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora