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MARIA JULIA - MAJU


Ja havia feito algumas horas que PH e os meninos saíram pra invadir o morro vizinho, eu tentei dormir assim como Ph havia pedido, mas não dava. Eu conheço ele, e esse lado psicopata dele de quando invade morros, ainda mais quando é de alguém que o traiu. Só queria que esse infeliz voltasse de la vivo e sem arranhões, não está em meus planos virar viúva, e nem ficar sentada em uma poltrona de hospital esperando ele acordar parar bater em seu rosto lindo.

Minha mãe estava no hospital, mais um bendito plantão, Vivi estava em seu quarto dormindo, assim espero, Jv teve que ficar com ela até a mesma dormir, para que ele pudesse ir para a invasão, já que a Vitória estava com uma puta crise de ansiedade e com essa história deles invadirem lá não ajudava muito.

Peguei meu celular olhando as horas, ja dava quase 4hrs, totalmente apreensiva, suspirei sentindo minhas pálpebras pesando, é, acho que o sono chegou, vou colocar meu celular para despertar daqui a pouco, e vou tirar um cochilo. Fechei meus olhos, colocando meu celular em cima do criado mudo ao lado da cama, e abracei o travesseiro sentindo o perfume levemente doce do Pedro invadir minhas narinas, suspirei pesadamente e cochilei.


PEDRO HENRIQUE - PH


Acertei mais um tiro bem no meio da testa de mais um vapor que tentava fazer eu não chegar ao meu destino. Sorri diabolicamente encarando o portão da mansão do Assombrado, revirei os olhos escutando os passos dos vapores em minhas costas virando e dando um tiro certeiro em casa um, recarrei a pistola, colocando-a no coldre em minha perna. Peguei meu rifle na mão, vendo JV e Menor chegar, eles sorriem afirmando que podíamos entrar já, abri a porta menor do portão com um chute, adentrando ali com cuidado para não sermos surpreendidos. Sorri assim que assombrado ali na porta parado, me olhando com uma cara que não dava medo nem num mosquito.

- Vejamos só quem está aqui! - digo irônico. - Quanto tempo meu caro Assombrado, não é?

Disse, colocando meu rifle novamente em minhas costas, passei meus olhos pela propriedade rapidamente, avistando alguns atirados dele nas janelas da casa, fiz um sinal discreto para meus fiéis amigos atrás de mim, que entenderam e saíram para os lados como se fossem apenas investigar o local. Voltei à encarar aquele verme na minha frente.

- PH, quanto tempo né. Fiquei sabendo que seu tio vai tirar o Complexo do Alemão de você! - Diz ele, sorrindo cínico, dei uma risada nasal encarando-o.

- Fiquei sabendo disso também, mas tadinho, não custa nada pra ele sonhar, não é mesmo? - Falei dando uma leve bocejada em sentido de deboche, porque sinceramente, esse cara me da sono.

- Não acha que o sonhador aqui é você? Com essa pinta de foda, com uma putinha nova que ouvi dizer ser a fiel, dono de um complexo, milionário, cheio de braços direitos? E acha mesmo que é mais que o PL? - Ele fala se aproximando de mim, com aquele jeito imponente dele.

A minha vontade era estourar o que ele chama de cérebro, apenas com um tiro, mas é uma pena que eu precise dele.

- PL não tirou o morro de mim quando meu pai morreu, acha que vai tirar agora? - Ri num tom sarcástico. - O assombradinho aqui é você, sozinho, sem fiel, sem braço direito, puts, esqueci de avisar, seus braços direitos e esquerdos acabaram de morrer, e você será o próximo...

Sussurei encarando-o com o meu sorriso mais diabólico, eu não ligo de tentarem me diminuir, ou falarem que não sou capaz. Não tenho que provar o quão bom eu sou para eles. Eu mando no Complexo do Alemão, e eu sei que sou capaz. Mas não falem da Maju, que ai o assunto é mais embaixo, ai ja estamos falando diretamente com o Diablo. Vi Jv voltando com um sorrisinho de "trabalho feito chefe".

- Sabe Assombrado, é uma pena que você tenha falado da minha fiel, afinal você não conhece ela. - Disse dando uma rasteira no mesmo fazendo cair no chão, coloquei meu pé sobre seu pescoço pisando forte. - Não te mato agora, porque morte rápida você não merece, mas como um bom amigo que sou, levarei você para morrer no momento lugar onde vários dos seus amiguinhos ja morreram. E um recado, volte a insultar a MINHA mulher, que eu faço você ver suas pernas seres arrancadas enquanto ainda está vivo.

Dou um chute em sua cabeça, fazendo o mesmo desacordar. Mando levarem ele pro nosso galpão, e deixarem ele amarrados nas correntes da sala de tortura. Estralei meu pescoço, descendo o morro, ja observando o trabalho de recolher os corpos sendo feitos. Só quero minha casa, um banho e um bom descanso, por hoje a emoção ja encerrou.

{...}

Adentrei meu quarto em silêncio, pois sabia que ela estaria dormido ali, e estava. Depositei um beijo sobre sua testa e fui para o banheiro tomar um banho, para tirar esse cheiro de sangue e suor do meu corpo. Após aquele relaxante banho, enrolei a toalha em minha cintura, e saí do banheiro calmamente, me deparando com ela sentada na cama com a cara toda amassada de sono, fazendo biquinho.

- Que horas você chegou??? - Pergunta, me olhando com a cara mais fofa do universo.

- Acabei de chegar, amor. - Respondi sua perguntando, tirando minha toalha e colocando uma cueca preta, joguei a toalha no box do banheiro. Caminhei até ela que me encarava totalmente sonolenta.

- Você ta bem né? Não aconteceu nadinha com você né? - Pergunta ela toda desperada, agora que seu cérebro começou a raciocinar, ri de seus afobamento, e abraço seu corpo me deitando.

- Eu to bem, nenhum tiro me acertou, fica calma e descansa. - Falo beijando sua testa, descendo os beijos pela lateral de seu rosto, até sua boca, onde dei um longo selinho, mordendo seu lábio inferior delicamente. - Eu te amo...

- Eu amo você. -Ela suspira falando em um tom de sussurro, e me aperta, deitando a cabeça em meu peito, sinto seus dedos passando por minha barriga, provavelmente desenhando algo imaginário, fiquei dedilhando seus longos cabelos com a ponta de meus dedos sentindo sua respiração começar a ficar mais calma. Assim que ela adormeceu por completo, consegui pegar no sono, e descansar depois desse longo dia.

De Love - A Nerd e o Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora