MARIA JULIA - MAJU
Suspiro me levantando assim que o PH diz ter que ir embora.
- Mas já? – Faço biquinho.
- Sim... – Ele segura meu rosto me dando vários selinhos. - Tenho que passar na boca pra ver se tá tudo certo, e depois ir pra casa ver se a Vitória, não destruiu nada. E já ta tarde e a senhorita tem escola amanhã! – Ele ri.
- Você nem parece aquele cara que xinga todo mundo! – Rimos. - Comigo é todo educado! - Digo abraço a cintura do mesmo.
- Você consegue arrancar as melhores partes de mim, até eu me acho estranho! – Ele ri.
- Tem que ir mesmo? – Pergunto.
- Tenho meu amor! – Me da um selinho, pega seu boné colocando na cabeça, coloca a arma no coldre na cintura.
- Vou te levar la fora, porque sou uma ótima pessoa! – Falo rindo levando-o até a porta. Abro a mesma e só sinto uma ardência na barriga, minha respiração ofegando e meu corpo indo ao chão.
- Maju... – Escuto ele falando desesperado enquanto colocava minha cabeça em seu colo. - Aguenta firme, não fecha o olho. – Tento prestar atenção nele, mas a dor só aumenta, e minha respiração começa a falhar. Escuto mais algumas vozes, sentindo meus olhos pesando.
- Filhaaaa.... – Escuto a voz da minha mãe, sentindo a presença dela se aproximando, mas não consigo mais ver nada e simplesmente apago.
{...}
PH:
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Vejo a Maju caindo no chão com a blusa manchada de sangue, meu coração se acelera naquele momento, corro até ela me ajoelhando ao seu lado.
- Maju... – Falo colocando a cabeça dela no meu colo. - Aguenta firme, não fecha o olho... – Pego meu celular ligando pro JV e Menor colocar vapores nas entradas do morro, e irem atrás da pessoa que atirou, que eu não faço a mínima ideia de quem seja, mas que vou descobrir.
- Filhaaaa!!!!! – Tia Fe desce as escadas apavorada se ajoelhando com tudo do meu lado.
- Precisamos levar ela pro hospital daqui! Você consegue estancar isso até eu buscar o carro? – Falo me levantando.
- Consigo, só vai rápido, ela não pode continuar perdendo muito sangue!
Saio da casa dela correndo, subo na moto ligando a mesma e vou pra minha casa as pressas, estaciono a moto na garagem de qualquer jeito, pego a chave do carro, entrando no mesmo, dou partida no carro indo pra casa da Maju.
Chego na casa dela, sem desligo o carro só puxo o freio de mão. Saio do carro indo até ela, pegando a mesma no colo com cuidado, a mãe dela entra no carro, e eu coloco a Maju deitada no banco de trás. Entro no carro, ligando o mesmo e vou pro Hospital.
Entro no hospital com a Maju no colo, e logo vem enfermeiros com uma maca, coloco a mesma na maca e eles levam ela pra sala de cirurgia, provavelmente pra retirar a bala.
Tia Fe, suspira e me olha, dizendo que vai ficar tudo bem, sorrio fraco e ela vai pra sei la aonde. Me sento numa cadeira, e ligo pra Vitória.
Ligação on
- O que aconteceu PH? Porque entrou na garagem feito um louco e saiu com o carro feito um maluco? – Ela fala já querendo vir com sermão. - Você tem o...
- Cala a boca Vitória, e deixa eu falar caralho! A Maju levou um tiro...
- Ela o que? Como? Porque? Cadê ela? Onde ela ta? Onde você ta? Fala caralho!
- Como eu vou falar se você não fecha a merda da boca desgraça. Ela ta aqui no hospital, eu não consigo explicar por telefone. Vem pra cá. – Falo rápido. - Só vem, porque eu preciso ir atrás do maldito que atirou nela. VEM LOGO VITÓRIA!
Ligação off
Guardo o celular no bolso da bermuda, me levantando, ficar parado iria me evar a loucura então fiquei andando de um lado para o outro. Até ver a Vitória entrando naquele hospital igual uma louca, me encara suspirando, sinto meus olhos lacrimejarem e ela corre até mim me abraçando apertado.
- Eu não posso perder ela Vitória! – Suspiro apertando ela.
- O que essa menina fez com meu irmão? – Ela ri me olhando. - Eu conheço ela a pouco tempo, mas eu sei que ela é forte, e ela não te deixar, não ainda.
- Eu não deveria ter ficado com ela de novo, isso tudo é culpa minha! – Falo suspirando.
- Cala a boca, e para de falar merda! Você sempre soube que ser Dono do Morro tem essas merdas, e sempre vão tentar te atingir, mas não é por isso que você tem que deixar de ser feliz, ainda mais com alguém que você ama, ou gosta. – Ela respira fundo e continua. - Vai atrás do desgraçado que atirou, ou de algo sobre esse filho da puta que atirou nela. Eu fico aqui, qualquer coisa eu te aviso. – Ela beija minha bochecha. - Depois você me explica o que aconteceu... agora, só pega o desgraçado! – Ela fala séria.
- Qualquer notícia, me avisa. Cê ta ligada que se não me avisar, vamos nos acertar no soco né! – Falo saindo do hospital.
- Só vem! – Escuto seu grito rindo, só ela mesmo pra me fazer rir numa situação dessas. Entro no carro e vou pra boca. Vejo alguns carinhas ajoelhados de costas em frente a porta da boca, e saio do carro já com a arma em mãos.
- Que porra é essa aqui? Quem são esses filhas da puta? – Grito fazendo eles se assustarem.
- São os que ajudaram o cara que atirou a fugir, eles não tão querendo abrir o bico! – JV fala passando o fúsil nas costas dos carinhas. Ri ironicamente.
- Leva eles pro galpão que eu mesmo faço eles abrirem o bico. JV e Menor vem comigo, FP cuida da boca, que hoje preciso matar uns neguin pra ver se esses merdas aprendem! – Falo entrando na boca e pegando meu fúsil.
- Ok Chefe, qualquer coisa te chamo no radin! – Ele fala fumando um beck, esse ai fuma o tempo todo, apenas acinto com a cabeça.
-Menor, pega meu carro! – Jogo a chave pra ele. - Vai la em casa, pega minha moto e vai la pro galpão. Que eu vou com a sua moto. – Falo pegando o capacete dele e subindo na moto dele.
- Beleza Chefe! – Ele pega a chave e entra no carro.
- Bora JV! – Falo ligando a moto e indo pro galpão.
{...}
Entro na sala e rio vendo alguns ensanguentados pelas porradas e chutes que levaram.
- Serei bem claro, ouviram? Vocês vão ter duas opções, morrer calado sabendo que tiraram a vida de uma mina inocente. Ou, sair vivo daqui falando quem mandou vocês atirarem! – Falo bem calmo mas autoritário, enquanto colocava as balas no cartucho da arma.
- Mina inocente? – Um inútil ironiza cuspindo um pouco de sangue. - Era só mais uma das suas vadias, você ia ti... – Miro minha arma na testa dele, disparando dois tiros interrompendo totalmente o que ele iria falar, sorri de lado encarando os que restavam.
- Temos um exemplo aqui de um cara que não sabe o que é brincar com a morte. Então vão querer brincar também? – Digo sorrindo travesso.
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De Love - A Nerd e o Dono Do Morro
ActionSe você nunca achou que dois clichês poderiam estar juntos em uma única história, você estava enganado. Eles ficaram separados por alguns anos, responsabilidades surgiram muito cedo, tragédias que abalaram sua vida, mas que agora faz parte do passad...