Omelas | Pjm + Jjk (CONCLUÍDA)

O gosto da liberdade

Correr nunca fora tão difícil.

Corrido quarto, desci as escadas, não falei com a senhora Jung e fui direto para casa.

MEU DEUS MINHA GATA. EU ESQUECI QUE TENHO UMA GATA. AH, NÃO MEU DEUS! PERDOE-ME, MOON, PERDOE-ME.

São tantas coisas na minha cabeça o tempo inteiro, que não pude pensar em mais ninguém. Fiquei me isolando do mundo inteiro e, principalmente, do meu bebezinho que eu tenho tanto amor. Se ela se for agora, eu perco meu chão.

A chuva cai em mim suavemente.

As gotinhas são pequenas, mas estou totalmente encharcado. Meus cabelos estão encharcados, as roupas de Hoseok que visto também estão.

Meu coração está tão acelerado que sinto como se fosse sair do meu peito.

O cansaço está começando a derrubar-me, mas eu não posso. Eu não posso desistir.

Estou tão desesperado, que olho, mas não presto atenção aonde estou indo. Apenas continuo a correr.

Corro como se não houvesse outra saída.

Como se minha vida fosse um labirinto.

Até perceber que eu não tenho rumo.

Minha mente está completamente fechada.

Meu corpo está totalmente fechado, mas minha alma vive aberta para aquele que a pertence. Àquele que a espera. Àquele que eu aguardo e guardo em minha mente.

Continuo a pisar rápido e forte, mas as lágrimas ameaçam a cair como elas têm feito ultimamente.

Só faço chorar porque não sei fazer outra coisa. Meu coração está quebrado, precisando de amparo e não tenho ninguém para confiar, a não ser o Hobi-hyung. Infelizmente ele apenas apareceu na reta final disso tudo.

Depois de tanto tempo, depois de tantas coisas a que vim descobrir sobre minha vida, sobre as vidas das pessoas ao meu redor, não pude compartilhar com ele.

Talvez não fosse o momento certo.

Só Deus sabe.

Perdido em meus pensamentos enquanto tenho o rosto todo molhado de lágrimas, tropeço em alguma coisa e caio bem de cara num mato seco.

Parabéns, Jimin. Toma um bolo, penso comigo mesmo e me corrijo: as únicas coisas que sei fazer é chorar e cair em momentos não oportunos.

Com um pouco de falta de ar, sento para respirar, limpando minha blusa encharcada, agora cheia de mato morto, assim como meu cabelo e meus braços.

Aproveito para olhar ao redor.

Impossível.

É como um flashback na minha cabeça.

Lembro-me de abraçar Jeongguk rapidamente entre as grades da cela em que ele está preso e sair porta a fora, dando a face para a vista que tenho nesse momento.

Achei.

Estou tão perdido que eu não tive tempo de perceber que já havia passado por aquele lugar quando eu tinha acabado de ver Jeongguk pela primeira vez.

Estou tão perdido em mim mesmo que não percebi a mudança. Não percebi que estava solto em meus pensamentos, não enxerguei o caminho à minha frente. Não pude ver as nuvens se abrindo, dando um lugar para aquele sol tão lindo e especial que eu sempre fui capaz de amar, mesmo depois de saber tudo sobre a Cidade.

Mas passei a amá-lo ainda mais porque o coração de Jeongguk está nele. Jeongguk é o meu Sol.

Na verdade, ele é meu tudo. Ele é a razão de eu estar aqui e a razão de sempre ter acreditado no amor.