Depois de escutar toda aquela baboseira inútil da pessoa que costumava considerar como um irmão mais velho, decido que está na hora disso tudo acabar. Preciso tirar Jeongguk daquele lugar horrível o mais rápido possivel, penso.
"Porém, essa criança não pode sentir nenhum pingo de felicidade. Ela precisa estar triste, porque, se não, as pessoas vão começar a ficar transtornadas e a cidade irá ser destruída por quem habita nela e pela natureza que as cerca."
Mentiroso. Egoísta. Hipócrita. Cobra nojenta.
Kim Namjoon não passa de esterco, assim como todos os outros. Assim como Kim Seokjin, Jung Hoseok, Min Yoongi e Kim Taehyung.
Kim Taehyung.
Meu precioso Taehyung deixou-se ser levado pelo pensamento medíocre dos outros.
De repente, um flashback se faz presente em minha visão.
O flashback do dia em que eles me fizeram correr ao ver os cinco meninos pularem do penhasco.
Agora tudo faz sentido.
Os cinco meninos haviam se matado depois de ver Jeongguk naquele estado. Pelo menos eles foram dignos e não quiseram aceitar que a Criança sofreria pela felicidade deles. Fizeram o certo.
Assim como eu faria se não fosse salvá-lo.
Mas para tirá-lo dali, preciso aliar-me ao meu inimigo. Preciso ganhar a confiança dele para que eu consiga tirar Jeongguk dali sem que qualquer pessoa desconfie de mim. E eu vou precisar de um tempo para cuidar do menino, já que está debilitado de todas as formas. Ele precisa se curar para que possa voltar a sorrir.
Passo a tarde anotando as ideias que tenho e o que é necessário.
Saio para a antiga casa de Jeon Sooyan, mãe de Jeongguk, para limpar o espaço e fazê-lo habitável, caso ele queira morar lá depois que livrar-se daquela cela horrenda.
Entre as poeiras e sujeiras, encontro um livro com o título de "A arte da guerra".
Passo a parte de trás da luva, que visto, em minha testa para limpar o suor e sento-me no chão para folhear. Acabo em uma página que diz o seguinte:
"Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não tema o resultado de cem batalhas. Se se conhece, mas não ao inimigo, para cada vitória sofrerá uma derrota. Se não conhece nem o inimigo nem a si, perderá todas as lutas."
O que estou vivendo atualmente é uma guerra. Uma guerra que não envolve espadas, mas envolve vidas. É uma guerra importante.
Isso me mostra que preciso conhecer Namjoon melhor, assim como à mim mesmo.
Depois que termino a faxina, jogo-me na antiga cama de Sooyan e caio em sono profundo.
》》》
Quando abro os olhos, minha cabeça jaz deitada na parte de trás de um balanço grande, assim como meus braços estão. O céu azul domina minha visão com poucas nuvens.
Sinto-me totalmente relaxado de um modo que não tenho me sentido há um tempo.
A brisa corre pelo meu pescoço e queixo, arrepiando-me do dedinho do pé até o último fio de cabelo. Sorrio ladino ao suave toque do vento para comigo.
Olho para baixo. Vejo que visto vestes brancas de flanela, mais leves do que penas caídas. Estou descalço, mas não me incomoda porque a grama bem verde é fofinha, fofinha. Gostosa de tocar e de sentir, diferente daquelas que pinicam até a alma. Meus cabelos estão pretos, mas têm mechas cor de rosa destacando-se.
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Omelas | Pjm + Jjk (CONCLUÍDA)
FanfictionEssa é a história de duas almas ligadas antes mesmo do nascimento. A história de duas linhas entrelaçadas eternamente desde antigas vidas. Essa é a história do amor verdadeiro e do companheirismo. O momento em que vão descobrir coisas novas junto...