Ela andava com passos apressados, eram passos largos não chegava a ser uma corrida apenas passos apressados, olhando para trás, sabia que estava sendo seguida, não precisa ser muito esperta para notar isso, ela o tentou despistar na rua anterior, mas ele continuava perseguindo-a. Ela não queria correr, não podia se corresse seria o cúmulo do desespero, seu predador saberia que a presa estava com medo, e o medo o alimentava. Mas não dava mais para disfarçar, o pânico e a insanidade tinham tomado conta de seu ser, ela corria pela ponte estreita, a ponte estava molhada, era uma noite chuvosa, o rio estava enfurecido, se caísse para o lado da ponte seria seu fim. Era apenas uma estreita ponte, as extremidades são a razão e o desejo, ela precisava desesperadamente queimar essa ponte, ele não podia atravessá-la, não podia alcançá-la, mas ele a farejava sentia o seu cheiro, ele a farejava a milhas de distancia, ela estava condenada desde o principio e sabia disso. A ponte fora cruzada, a mulher corria, mas não saia do lugar, era como andar descalça em cacos de vidros, ele se aproximava, com calma e cautela – ela era dele - não tinha mais porque fugir, ele á alcançara, a ponte não podia ser mais queimada, a perseguição acabou e a presa deveria ser entregue ao caçador. Lentamente o homem se aproximou os mesmo olhos verdes e frios, o mesmo sorriso devasso brotando de seus lábios, ele a tocou, a face molhada e úmida, aproximou os lábios dos ouvidos dela e sussurrou: ''Ninguém nunca faz você se sentir como eu faço querida. ''
—Eu vou dar na cara dessa mulher! Pansy, Pansy, você está me ouvindo? Erzsébeth Pansy, Terra chamando você! Acorda mulher! —Roger Winnes chacoalhava Pansy do banco em que ela estava sentada, tirando-a brutalmente de seus devaneios.
—O que? Que foi?— Ela perguntou confusa.
—Eu disse que vou. Dar. Na. Cara. Dessa. Mulher! —Ele disse entre dentes.
—Porque, o que ela te fez Rogs? —Pansy perguntou confusa, fitando a senhora atrás do balcão da loja de vestidos.
—O que ela não fez você quer dizer né? Faz uns quinze minutos que estamos nessa pocilga e ela não entende uma palavra do que eu falo Erzsébeth, você é a húngara, converse com ela!
—Eu não sou húngara, que droga! A gente mora nesse país há quanto tempo? Uns cinco anos e você ainda não sabe dialogar com as pessoas no idioma deles? —Pansy bufou.
—Escuta aqui querida, algumas pessoas trabalham ainda sabia? Não sei se você sabe, mas enquanto você fica em casa o dia todo aprendendo húngaro ou fazendo eu sei lá o que, eu estou dando duro e não é no bom sentido da palavra. —Roger estava exaltado.
—Oh me desculpe, quando você tiver algum trauma psicológico que te impossibilite de voltar a trabalhar em campo a gente conversa! E além do mais, você fica no escritório o dia todo mandando relatórios pra Washington, então não venha bancar o trabalhador para cima de mim, okay?
Roger virou os olhos.
—Vai começar o drama, vai logo, fala com essa mulher e prova a porra do vestido logo.
Pansy se aproximou da senhora atrás do balcão, a velha húngara estava visivelmente irritada, Pansy pediu desculpas pelo amigo e perguntou se tinha algum atendente na loja que falasse inglês. A senhora concordou e foi chamar uma moça.
—Pronto satisfeito? Porque mesmo eu vou provar a droga de um vestido se eu não quero ir a festa nenhuma mesmo? — Pansy perguntou.
—Porque minha cara, essa é a festa mais bombada do ano! E eu estou louco para ir nela, porém preciso de uma acompanhante, e como só tem você, você vai comigo e pronto e acabou! Além do mais você passa o dia todo trancada naquele apartamento, isso está ficando depressivo, você precisa sair se divertir, espairecer, conhecer pessoas novas. — Roger lançou um olhar malicioso.
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O Mais Belo Espinho De Sangue
Mistério / SuspenseErzsébeth Pansy é uma agente pouco convencional do FBI, ela segue suas próprias regras e tem um mórbido gosto viciante por coisas ilegais. O FBI descobre que um serial Killer tem tirado o sono de todas as mulheres da Califórnia, pois ele tortura sua...