Reencontro com o ex

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Christian**

Ysabella reagiu muito bem ao seu retorno para casa. Ela estava tão nervosa e preocupada que até eu comecei a ficar nervoso, mas no fim das contas, tudo deu certo.

Após o almoço, ela me mostrou sua casa. Era uma casa grande, com todos os cômodos espaçosos. Eu já havia me surpreendido com a grande sala de estar logo que chegamos. Nela havia uma mesa de centro com um grande sofá em L, e apenas um painel com a televisão, o aparelho de som e alguns porta-retratos. Do lado direito ficava a mesa da sala de jantar. Havia uma porta com uma cortina artesanal, que acabei descobrindo ser o corredor que dava acesso aos quartos.

- Vamos dormir aqui? - perguntei quando Ysabella me mostrou seu antigo quarto. Um quarto simples e muito aconchegante, apenas com o básico, uma cama de casal com um criado mudo em cada lado, um guarda roupa grande e uma penteadeira.

- Não creio que meu pai vai gostar muito da ideia, mas e daí? Eu já sou de maior e vacinada não é? - ela respondeu e começamos dar risada.

Me aproximei para beija-la e quando o beijo começou esquentar demais, ela me puxou para fora do quarto.

- Deixa isso para de noite, agora precisamos conhecer o resto da casa.

Continuamos andando para o fim do corredor, onde havia uma outra sala com paredes toda de vidro e grandes janelas. Poderia ser um escritório, uma sala de reuniões, ou uma biblioteca, com estantes cheias de livros nos cantos, puffs, e uma mesa com seis cadeiras.

- Como vocês definem essa sala? - perguntei confuso.

- Aqui é a área VIP. - Ela falou dando risada. - meu lugar preferido da casa. Eu gostava de me deitar nesses puffs para ler, escutar músicas, e conversar com as poucas pessoas que vinham me visitar. Meus pais usam como escritório. Minha mãe recebe as amigas dela aqui para os chás da tarde. É uma sala multi-uso.

Ela explicou e meus pensamentos não estavam errados.

A casa parecia um labirinto e se a frente era bonita, o fundo era ainda melhor. Eu estava realmente encantado.

A tarde nos sentamos na grande área ao fundo da casa e ficamos apenas conversando. Ysabella contava para seus pais todas as suas aventuras na cidade grande, omitindo é claro, alguns detalhes como as festas e as bebedeiras. Eu sorria por dentro com a lembrança de nossa primeira balada, ela desmaiada em meus braços e eu tendo que colocá-la para dormir. Talvez tenha sido aí que tudo começou.

- Que tal conhecer a cachoeira da nossa fazenda? - ela sugeriu animada e eu concordei com a cabeça. - só que não vamos de cavalo, vamos de caminhonete.

Ela olhou para o pai dela, como se pedisse permissão e ele assentiu. Ela grudou em seu pescoço agradecendo e saiu me arrastando para dentro.

- Pai, mãe, arrumem uma roupa porque vocês também vão. E o Yago vai ficar cuidando da casa... - ela falou e olhou para trás dando uma risada travessa.

- É mais fácil você ficar do que eu. - ouvimos ele gritar de longe.

Nos arrumamos com roupas mais leves e Ysabella pegou uma toalha e enrolou no pescoço. Saímos do quarto e encontramos os demais já esperando.

- Você dirige. - o pai de Ysabella falou jogando a chave em suas mãos.

Eu nunca havia visto ela dirigindo e aquela seria uma cena muito interessante, ainda mais sendo uma Amarok, até eu me sentiria poderoso com uma caminhonete daquelas.

Ela abriu a porta com empolgação e se sentou no banco do motorista parecendo uma criança que acaba de ganhar um doce. Era visível o amor que ela tinha pela caminhonete. Os pais de Ysabella e Yago entraram atrás na cabine dupla e para mim sobrou o carona da frente, ao seu lado. O que me deixou surpreso, já que não é comum o dono do carro pular para o banco de trás.

Assume que me Ama Onde histórias criam vida. Descubra agora