Pierre
Rebecca foi ao supermercado e eu fui passear pelo parque com a Analu, estava caminhando com ela em meu colo quando uma garotinha trombou em mim, ela era negra e tinha os cabelos enrolados que estavam amarrados em um coque.
— Você está bem? — pergunto, preocupado.
— Sim, não foi nada — ela se levanta do chão, limpando a calça jeans que grudou algumas folhas.
— Eu não lhe vi, me desculpe — me abaixo, ficando da sua altura.
— Você tem uma bebê igualzinha a da minha mamãe — olha para Analu, que sorri para ela.
— É mesmo? E cadê a sua mamãe? — questiono, porque ninguém veio atrás dela.
— Ela não mora comigo, mas um dia eu vou morar com ela — sorriu.
— Você está com quem aqui no parque? — me levanto e sento no banco, a garotinha se senta ao meu lado.
— Com um homem e uma mulher que querem me levar para longe da minha mamãe, mas eu não quero ir com eles — fala.
— Eles ti sequestraram? — nega com a cabeça.
— Eu moro no orfanato, sabe? E eles querem me adotar.
— Você não quer ser adotada?
— Não por eles. Qual é o nome da sua bebê? — pega na mãozinha da Analu.
— Analu e qual é o seu nome?
— Eu sou a Natalie. O nome dela é igual o nome da bebê da minha mamãe.
— Que coincidência! Qual é o nome da sua mamãe?
— Rebecca com dois C — faz um V com os dedos indicando o número dois.
— Isso é mais coincidência ainda — falo um pouco assustado.
— O que é isso que você falou? Coin... alguma coisa — pergunta.
— Coincidência. É algo comum que nós temos. Olha, a minha namorada se chama Rebecca e a minha filha se chama Analu, isso é uma coincidência. Entendeu? — explico.
— Sim, um pouco. Só tenho três anos e eu ainda não entendo muita coisa — deu de ombros.
— Natalie? — ouço a voz de Rebecca e a garotinha corre, abraçando-a.
— Que saudade! — diz e Rebecca se levanta com ela no colo.
— Eu também, pequena! O que está fazendo aqui no parque? — me olha, pelo canto dos olhos.
— Eu vim com a mulher e o homem que querem me levar para a casa deles. A moça foi comprar sorvete e o moço foi atrás dela porque ela estava demorando muito e me deixaram sozinha sentada no banco ali na frente, então eu sai andando para ver se achava eles — aponta para um banco, mais à frente.
— Eles não deveriam ter deixado você sozinha. É uma criança!
— Ela trombou em mim há alguns minutos — me levanto.
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Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro I
Romantik(+16) Sabe aquele ditado, nem tudo são flores? Rebecca, teve o desprazer de senti-lo na pele. Uma jovem mulher que pensou ser amada, mas que estava apenas se enganando, saiu de um relacionamento que destruiu seu coração e a única coisa de bom que de...