Capítulo 1

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Rebecca

Meu despertador tocou e eu me levantei ainda sonolenta. Entrei no banheiro, tomei um banho para acordar, modelei meus cabelos cacheados com um creme sem enxágüe e hidratei meu corpo. Vesti um lingerie branca, coloquei meu hobby de seda e saí do meu quarto. Fui até o da minha filha, mas ela não se encontrava mais no berço, então caminhei até a cozinha, onde ela estava sentada no cadeirão, olhando para Catharina, sua babá e uma segunda mãe para mim.

— Bom dia, Cath! — lhe beijei na bochecha — Bom dia, bebê da mamãe! — pego Analu, enchendo suas bochechas de beijo.

— Bom dia, querida. Está com fome? — coloco Analu de volta no cadeirão e me sento à mesa.

— Estou um pouco, não muito — encho um copo de suco e tomo um gole.

Terminei meu café da manhã e voltei para o meu quarto. Escovei os dentes e fiz uma maquiagem para o dia a dia com apenas pó e rímel. Passei um batom rosa clarinho nos lábios e estava quase pronta. Fui ao closet e peguei uma saia preta social com uma camisa branca de botões. As vesti com um scarping preto, borrifei um pouco de perfume e apanhei minha bolsa com a pasta do trabalho.

Eu sou profissional de marketing e responsável da área de propaganda e publicidade da B&B Cosmétiques, uma empresa de cosméticos e produtos de beleza que incluem perfume, maquiagem, produtos para o cabelo, cuidados com a pele, proteção solar, etc. Sou quem elabora estratégias para aumentar a venda de produtos e serviços, realizando pesquisas de mercado para detectar as necessidades dos consumidores e elaborar projetos que visam satisfazê-los, aumentando o alcance e melhoria da imagem da marca e criação de campanhas e peças publicitárias.

— Você vai ter reunião hoje? — Catharina me pergunta assim que cheguei à sala.

— Espero que não. Precisa de algo? — brinco com Analu, que me presenteou com um sorriso.

— Percebi que tem algumas coisas faltando, então estava pensando em ir ao mercado comprar.

— Catharina, quantas vezes eu já disse que você é a babá da Analu e não minha empregada? — me aproximei dela.

— Eu gosto de fazer compras. Não é nenhum problema para mim — se explica.

— Vamos fazer o seguinte: você anota as coisas que é para comprar e eu passo no mercado depois do trabalho.

— Você? No mercado?

— Que isso? Ouvindo você falando assim parece que eu nunca fui ao mercado — ela riu baixo.

— Está bem! Vou anotar as coisas — assenti.

Enquanto eu esperava, fiquei brincando com a minha filha. Fico com muito dó de deixar ela aqui enquanto vou trabalhar. Se pudesse, a levaria comigo. Catharina me entregou um papel com a lista anotada, dei um beijo nela e na minha filha, sai do meu apartamento e entrei no elevador, que me deixou na garagem. Em minutos, estava no meu carro a caminho do trabalho. Meu celular começou a tocar e eu atendi no viva-voz.

— Oi, mamãe — a saudei.

— Não me venha com essa de "oi mamãe" porque estou muito chateada com vocês.

— O que fizemos? — sorri por ela ser tão dramática.

— O que fizeram? Faz quantos anos que vocês não vem aqui em casa nos visitar?

Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora