Capítulo 3

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Pierre

Sinto o calor do sol no meu rosto e me viro na cama, estava quase pegando no sono novamente, mas o toque do celular me fez acordar.

— Oi, Kelly — reviro os olhos ao ver seu nome na tela antes de atender.

— Oi, querido! Como você está? Estou com saudades! — murmura com a voz manhosa.

— Estou ótimo — entro no banheiro e me olho no espelho vendo minha cara amassada.

— Não está com saudades?

— Nós terminamos, Kelly, não deveríamos sentir saudades um do outro.

— Achei que estivesse falando da boca para fora quando disse que não tínhamos mais nada.

— Eu não estava falando da boca para fora, preciso desligar agora. Tchau, Kelly! — encerro a ligação e ativo o modo silencioso porque sei que ela vai me ligar novamente.

Eu não sou esse tipo de cara que trata mal uma mulher, mas eu e a Kelly terminamos três meses antes de eu decidir que iria vim embora para Paris, ficamos dois anos juntos só que não deu certo, ela estava mais interessada na minha conta bancária do que no carinho ou na vida à dois que poderíamos ter construído.
Jogo o celular em cima da minha cama e escovo meus dentes, saio do meu quarto e desço as escadas indo para a cozinha onde meu irmão está em pé encostado no balcão bebendo uma xícara de café.

— Eu coloquei comida para os seus cachorros — avisa.

— Obrigado! — agradeço.

— Vai sair hoje à noite? — questiona.

— Não tenho nenhum lugar em mente para ir, é como se eu não conhecesse Paris muito bem, parece que eu nunca morei aqui — brinco enchendo uma caneca com café, pego uma baguete que parece estar bem crocante do jeito que eu gosto.

— Eu vou com os meus amigos na balada hoje, quer ir?

— Não conheço seus amigos ou está mais para amigas?

— São os dois, Adam e Naoh vão junto comigo, Chloe e Alícia e agora Rebecca. — sorriu para a tela do celular assim que apitou.

— Nossa! Desde quando sorri olhando para o celular?

— Rebecca não sai muito e então eu tenho que ficar feliz por ela estar indo com a gente.

— Ela é tão velha assim que não gosta de se divertir?

— Não, ela é da minha idade.

— E está interessado nela?

— Claro que não, Rebecca é como uma irmã para mim.

— Essa mulher não deve ser bonita, porque se não você estaria muito interessado.

— Vai à balada e você me diz se ela é feia! — ele da um tapinha no meu ombro e sai da cozinha.

Agora fiquei curioso de conhecer essa mulher, acho que vou comparecer à essa balada. Lavo a xícara e vou até a área de serviço onde eu deixei meus filhotes de Golden Retriever, Aiko e Kiara. Cheguei em Paris segunda-feira à tarde e à noite vim de surpresa para a casa do meu pai.

Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora