Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro I

Capítulo 20

Rebecca

Pisquei meus olhos algumas vezes para me acostumar com a claridade, quando minha visão ficou boa vi o quarto branco do hospital. Toquei a campainha para chamar alguém e em alguns minutos o doutor Edmond entrou, me sentei na cama me sentindo um pouco zonza.

— Como está se sentindo, senhorita Clair? — perguntou.

— Estou um pouco tonta.

— É por conta do sedativo. Está mais calma? — assenti.

— Meu pai está lá fora, doutor? — pergunto.

— Sim, eu vou chamá-lo — se retirou.

— Filha! — meu pai entra e me abraça devagar beijando o topo da minha cabeça.

— Ele fugiu, pai! Ele vai vim atrás de mim e da Analu! — sinto meus olhos se encherem de água.

— Eu não vou deixar ele se aproximar de você! Já tem dois seguranças na porta do seu quarto, tem na entrada e em alguns pontos específicos.

— Eu não queria que isso voltasse — passo a mão por meu rosto limpando as lágrimas.

— Filha, eu sei que não gosta de seguranças, mas é para sua proteção. Pense na sua filha!

— Cadê a Analu?

— Ela está lá fora com o Noah. Pierre está preocupado e sei o quanto é difícil, mas eu acho que deveria contar à ele sobre o teu passado, não hoje, mas outro dia mais tranquilo — concordo com a cabeça.

— Pode pedir para ele vim me ver? — assentiu.

— Quando ele sair sua mãe vem — fechou a porta.

— Meu amor, eu fiquei tão preocupado contigo — passou os braços em volta do meu corpo e eu me aconcheguei em seus braços.

— Estou bem agora, Pierre — faço carinho na sua nuca.

— Eu sei que está acontecendo algo grave, mas eu vou estar aqui para o que precisar — sussurrou em meu ouvido.

— Analu está bem? — ele se afastou um pouco.

— Sim, está lá fora com seu irmão.

— Marjorie está com ele? — negou.

— Vocês duas não se dão bem, né? A Alícia também não gosta dela — se sentou na beira da cama pegando minha mão, alisando ela com o polegar.

— Não — admito em um suspiro.

— O doutor disse que você vai ter alta hoje mesmo.

— Que bom! Eu queria dormir contigo — beijei seus lábios.

— Eu também, mas acho que seus pais vão querer que fique na casa deles.

— Dorme comigo lá em casa — sorrio de lado.

— Seu pai não vai gostar mesmo eu querendo muito dormir agarradinho com você — beijou meu nariz.