Capítulo 32

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De malas prontas fomos para o aeroporto. Vamos sair à meia-noite para chegarmos no Rio de Janeiro às onze da manhã. O ruim é deixar Analu, mas meus sogros disseram que vão cuidar muito bem dela, eles são excelentes avós.

— Vamos passar horas dentro do avião — Rebecca disse.

— Eu não gosto muito de viagens longas, mas ao lado da minha mulher as horas com certeza vão passar rapidinho — seguro em seu rosto e pressiono um beijo em seus lábios.

— Eu gosto quando você diz que sou a sua mulher — sorriu.

— Só digo a verdade — afaguei seus cabelos.

Nosso vôo foi anunciado e caminhamos para o portão de embarque, encontramos nossos assentos e nos acomodamos. Dormimos quase toda a viagem e mesmo assim estou com sono, Rebecca tirou o casaco que vestia enquanto fomos pegar nossas malas.

— Melhor tirar isso — olhou para o meu casaco.

— Eu não estou com calor — falei.

— Tudo bem. Espere aqui, ok? Vou pegar a chave do carro — assenti.

Me sentei no banco e descansei minha cabeça no encosto, as pessoas andam tão apressadas que parecem estar atrasadas para alguma coisa.

— Pronto, amor! Você está cansado, não é? — passou a mão em meus cabelos.

— Um pouco. O fuso horário é de quatro horas e é meio ruim quando já estamos acostumados com uma rotina — me levanto.

— Entendo. Vamos para o hotel descansar — pegou minha mão entrelaçando seus dedos nos meus.

— Você deixa um carro aqui no aeroporto?

— O marido da Catharina aluga para mim antes que eu venha para o Brasil e ele deixa aqui no aeroporto para eu pegar — as portas se abriram para nós sair.

— Meu Deus! Está fazendo quantos graus? Cem? — tirei meu casaco e Rebecca riu.

— Não, deve estar uns trinta e cinco mais ou menos.

— Aquele momento que você já fica mais bronzeado só do mormaço quente.

— Quando você veio ao Brasil não estava tão quente? — apertou o botão na chave do carro para desativar o alarme.

— Eu não saí do hotel e estava chovendo muito — coloquei as malas no porta-malas.

— Como assim? Você veio para a cidade maravilhosa e não saiu do hotel? Uma hora a chuva deve ter parado — me olhou.

— Eu vim para resolver uns negócios e tive bastante reuniões, eu também não queria ficar perdido — dei de ombros.

Entramos no carro e eu liguei o ar condicionado, Rebecca riu do meu despero em querer um ar fresco. Quem não ficaria com calor? Eu saí de Paris e estava 5°C, aí eu chego no Rio de Janeiro e está 35°C. Eu sou acostumado com temperaturas mais baixas.

— Bom dia, senhorita Clair! Que bom revê-la — o manobrista disse, em inglês, ao abrir a porta do carro, eu saio e dou a volta ficando ao lado da Rebecca.

Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora