De malas prontas fomos para o aeroporto. Vamos sair à meia-noite para chegarmos no Rio de Janeiro às onze da manhã. O ruim é deixar Analu, mas meus sogros disseram que vão cuidar muito bem dela, eles são excelentes avós.
— Vamos passar horas dentro do avião — Rebecca disse.
— Eu não gosto muito de viagens longas, mas ao lado da minha mulher as horas com certeza vão passar rapidinho — seguro em seu rosto e pressiono um beijo em seus lábios.
— Eu gosto quando você diz que sou a sua mulher — sorriu.
— Só digo a verdade — afaguei seus cabelos.
Nosso vôo foi anunciado e caminhamos para o portão de embarque, encontramos nossos assentos e nos acomodamos. Dormimos quase toda a viagem e mesmo assim estou com sono, Rebecca tirou o casaco que vestia enquanto fomos pegar nossas malas.
— Melhor tirar isso — olhou para o meu casaco.
— Eu não estou com calor — falei.
— Tudo bem. Espere aqui, ok? Vou pegar a chave do carro — assenti.
Me sentei no banco e descansei minha cabeça no encosto, as pessoas andam tão apressadas que parecem estar atrasadas para alguma coisa.
— Pronto, amor! Você está cansado, não é? — passou a mão em meus cabelos.
— Um pouco. O fuso horário é de quatro horas e é meio ruim quando já estamos acostumados com uma rotina — me levanto.
— Entendo. Vamos para o hotel descansar — pegou minha mão entrelaçando seus dedos nos meus.
— Você deixa um carro aqui no aeroporto?
— O marido da Catharina aluga para mim antes que eu venha para o Brasil e ele deixa aqui no aeroporto para eu pegar — as portas se abriram para nós sair.
— Meu Deus! Está fazendo quantos graus? Cem? — tirei meu casaco e Rebecca riu.
— Não, deve estar uns trinta e cinco mais ou menos.
— Aquele momento que você já fica mais bronzeado só do mormaço quente.
— Quando você veio ao Brasil não estava tão quente? — apertou o botão na chave do carro para desativar o alarme.
— Eu não saí do hotel e estava chovendo muito — coloquei as malas no porta-malas.
— Como assim? Você veio para a cidade maravilhosa e não saiu do hotel? Uma hora a chuva deve ter parado — me olhou.
— Eu vim para resolver uns negócios e tive bastante reuniões, eu também não queria ficar perdido — dei de ombros.
Entramos no carro e eu liguei o ar condicionado, Rebecca riu do meu despero em querer um ar fresco. Quem não ficaria com calor? Eu saí de Paris e estava 5°C, aí eu chego no Rio de Janeiro e está 35°C. Eu sou acostumado com temperaturas mais baixas.
— Bom dia, senhorita Clair! Que bom revê-la — o manobrista disse, em inglês, ao abrir a porta do carro, eu saio e dou a volta ficando ao lado da Rebecca.
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Verdadeiro Amor | Trilogia Amores - Livro I
Romance(+16) Sabe aquele ditado, nem tudo são flores? Rebecca, teve o desprazer de senti-lo na pele. Uma jovem mulher que pensou ser amada, mas que estava apenas se enganando, saiu de um relacionamento que destruiu seu coração e a única coisa de bom que de...