SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]

Capítulo 3

Acordo em um lugar extremamente claro, abro os olhos devagar e logo os fecho de novo, está muito claro, vou abrindo os olhos de pouco em pouco, me acostumando com a claridade.

— Ele acordou. — Alguém fala do meu lado.

Abro completamente os olhos e vejo Mark, Jackson e Tzuyu ao meu lado. Encaro os três.

— Onde eu estou?

— No hospital. Quando você disse que estava vindo para cá eu não esperava que fosse no sentido literal. — Jackson fala com um misto de descrença e estranhamento aparentes na voz.

— Como eu vim parar aqui? — Pergunto confuso, não lembro de ter me machucado.

— Você se meteu em uma briga. — Mark fala baixo, em seus olhos vejo olheiras, ele deve ter passado a noite acordado, todos devem ter passado a noite acordados.

— Ah, lembrei, quem foi o desgraçado que fez isso comigo? — Lembro de ter brigado, mas não lembro de ter apanhado, só me recordo de ter deixado o cara no chão.

— Você. — Tzuyu fala, como se fosse óbvio.

— O quê?

— Foi você mesmo que fez isso com você. — Eles me encaram com um misto de divertimento e preocupação em suas feições.

— Como? — Pergunto boquiaberto.

— Um cara trouxe você para cá, ele nos disse que você brigou com um idiota qualquer de lá, você estava por cima, o outro já estava inconsciente, e do nada você começou a bater em você mesmo, e não foi fraco não, você tem que ver o estado que está a sua cara. — Mark explica, fazendo uma careta quando comenta de meu rosto.

— Mas... Como eu bati em mim mesmo? Isso não faz sentido, eu quase não bebi ontem, eu não estava bêbado, estava completamente sóbrio, como isso aconteceu? — Encaro a porta do quarto tentando encontrar  uma explicação para isso, mas não consigo pensar em absolutamente nada.

— Eu também não sei, o médico que vai nos dizer. — Jackson fala dando de ombros.

Me lembro de uma coisa importante.

— Como está a Nayeon?

— Está bem, ela provavelmente está dormindo agora, ela estava muito preocupada com você.

— Tanta coisa para ela se preocupar e ela vai se preocupar comigo. — Reviro os olhos. — Quando ela vai ter alta?

— Hoje, junto com você.

— Okay, tenho que dar um jeito de pegar meu carro.

— Eu já peguei, tá no estacionamento do hospital. — Tzuyu fala e sorri brevemente.

— Obrigado.

— Annyeong, senhor Jeon. — O médico entra no quarto.

— Annyeong, doutor.

— Nós temos que conversar, eu vou fazer umas perguntas e você me responde, tudo bem?

— Claro.

— A sua mão tem se mexido sozinha?

— Não que eu tenha notado. Mas... Bom, coisas estranhas estão acontecendo.

— O quê, por exemplo?

— Eu estava lavando louça e eu fechei os olhos por um segundo, apenas um segundo, e quando abri de novo os copos estavam espatifados no chão, e quando fui juntar os cacos a minha mão estava apertando um deles. E me disseram que ontem eu estava batendo em mim mesmo.