SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]

Capítulo 16

Levo minha boca em direção a de Jimin e o beijo.

Por incrível que pareça, Jimin retribui, ele tem um beijo calmo, lento, e doce, como tudo em si. Fico extasiado enquanto o beijo, mas logo isso acaba, quando Jimin me empurra para longe de si, quebrando o beijo.

— Eu não posso, desculpa, Jungkook. — Ele fala meio atordoado.

— Você tem namorado?

— Não... Eu só... Não posso.

— Tudo bem, me desculpe.

— Podemos fingir que isso não aconteceu? — Fico um pouco magoado ao ouvir isso, mas concordo com um aceno de cabeça. — Vem, eu vou procurar uma roupa para você, aliás, posso pegar uma roupa sua emprestada? Não posso ir de cueca para casa. — Ele fala simples, como se nada tivesse acontecido, se ele quer assim, assim vai ser.

— Pode sim, pegue o que quiser.

Vou para o quarto com ele e ele veste um moletom meu e uma calça que acaba ficando apertada, deixando suas coxas e bunda bem marcadas.

— O que você quer vestir? — Ele pergunta sem olhar em meus olhos.

— Qualquer coisa.

— Tudo bem.

Ele pega uma cueca, uma camisa simples preta e uma calça de moletom.

Ele me ajuda a me vestir rapidamente e sai do quarto, fico sentado em minha cama olhando para nada.

Por que eu o beijei? Nem eu mesmo sei porque fiz isso, que ato mais insano e idiota, eu tenho que começar a pensar mais nos meus atos, imagino só, vou sair beijando todo mundo agora, e eu beijei o Jimin, o Jimin cara, logo ele, meu vizinho chato e incrivelmente doce, isso não pode se repetir. Não mesmo.

Me levanto e vou atrás de Jimin, ele está na cozinha limpando a bagunça toda que eu e Vivenciana fizemos na minha quase morte, há sangue para todo lado.

— Hey! — O chamo, ele olha para mim e fica com uma cara de interrogação. — Pode deixar isso aí, eu chamo alguém para limpar, pode ir embora se quiser, você deve ter alguma coisa para fazer, não deixe fazer suas coisas só por minha causa.

— Não, tudo bem, eu posso limpar, sem problemas.

— Jimin, largue isso aí. Pegue meu celular por favor.

Ele hesita, mas acaba largando o pano e a vassoura e pega meu celular que está no armário.

— Agora ligue para a minha diarista, ela deve estar livre hoje, você não precisa limpar nada, já me ajudou muito. Muito obrigado.

— De nada. — Ele cora. — Tudo bem, vou ligar para ela e vou para casa, na hora do almoço eu volto para te trazer algo para comer, caso contrário, você morre de fome.

— Tem razão. Vou começar a comprar comida pronta, só colocar no microondas e comer, assim não dou trabalho para você.

— Eu gosto de cozinhar, fazer comida para você será um prazer.

— Okay, okay, mas eu vou te pagar assim que eu melhorar.

— Mas...