Capítulo 12

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Ando de um lado para o outro, nervoso.

— Da pra você parar de andar de um lado para o outro?

— Não consigo.

— Kookie, ela vai ficar bem, se acalme, é normal crianças ficarem doentes nessa idade, na certa é só um resfriado, nada de mais.

— Ah é? E como você sabe? Já cuidou de alguma criança por acaso?

— Sim, Jungkook, eu tenho um irmão mais novo, e eu já cuidei muito dele.

Fico quieto por alguns instantes, a sua resposta me pegou de surpresa.

— Tá, pode ser só um resfriado, mas crianças que estão com um resfriado não precisam vir para o hospital convulsionando.

— Aish, Jungkook, assim você não me ajuda a te ajudar. Se acalme. Você quer que eu busque uma água para você?

— Eu aceito.

— Quer um calmante também?

Penso um pouco, ah, acho que só um não vai fazer mal.

— Sim. Vai ajudar a me acalmar.

Jimin sai e vai até o fim do corredor, segundos depois ele volta com um copo de água e um calmante.

Ele me dá os dois e eu tomo a água e, hesitante, engulo o comprimido.

Ficamos mais de uma hora sentados nos bancos da sala de espera e nada de recebermos notícias de HooJey.

— Responsáveis por Jeon HooJey? — Um médico aparece e pergunta.

Eu e Jimin nos levantamos instantâneamente.

— Somos nós. Como ela está?

— Sinto muito, ela não resistiu.

— Como assim? Ela só veio para cá com febre alta.

— Ela teve uma parada cardiorrespiratória, e nós não conseguimos reanima-la. Sinto muito.

— Não. O senhor está brincando com a minha cara só pode.

— Oppa... Oppa, acoida.

Abro os olhos e vejo HooJey do meu lado me sacudindo. Foi só um sonho. Um sonho bem ruim.

Olho para o outro lado e vejo Jimin com uma bandeja de café nas mãos.

— Oppa, a zente pepalou o café pa vucê.

— Ah é? Muito obrigada meu amor. Vocês não vão comer?

— A zente za cumeu.

— Ah, okay então. Eu vou comer e tomar um banho, depois vou levar você para casa.

— A naum, eu num quelo i pa casa.

— Mas vai, não era nem para eu ter te trazido para cá, a sua mãe deve estar preocupadíssima, talvez até tenha chamado a polícia.

Maisi...

— Nada de "mas". Se sua mãe deixar, outro dia eu te trago de novo.

— Tá, maisi o oppa Chimin pode i zunto?

— Ãn... Se ele quiser, pode.

— Ebaa. Vucê qué i zunto, oppa?

— Claro meu anjo — Ele fala com a sua voz doce como mel.

Como as coisas que eles prepararam para mim e me levanto, tomo um banho rápido e encontro Jimin e HooJey na sala vendo desenho da Barbie.

SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]Onde histórias criam vida. Descubra agora