SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]

Capítulo 23

A manhã e o início da tarde haviam sido divertidas de maneiras incontáveis, mas a diversão estava para chegar ao fim. HooJey precisava ser levada ao aeroporto em pouco tempo.

Eu não queria pensar que passaria um mês e meio longe de minha pequena, mas era um fato, eu iria sentir saudade, já estava começando a sentir, e ela ainda estava do meu lado. Esse é o lado ruim de se apegar a alguém que não é seu, porque quando a pessoa vai embora, você morre de saudades, mesmo que seja temporário.

Olho para o lado e não consigo conter um sorriso quando vejo Jimin tentando ensinar Jey a jogar cartas, ela é pequena demais, é bem provável que não esteja entendendo nada, mas o esforço do Jimin pra explicar e o esforço de Jey para entender, é nítido. É uma cena fofa, em um geral.

Acordo para a vida quando as pipocas começam a estourar na panela em minha frente, decidimos que antes de HooJey ir olhariamos desenhos com ela, e em decorrência disso eu estava arrumando as coisas, havia enchido uma tigela de guloseimas que Jimin havia trazido, como marshmallow's, balas e etc, outra tigela com tipos diferentes de salgadinhos, e a terceira tigela seria a de pipoca. Seria uma boa fazer pipoca doce? Seria, mas eu não sei fazer, e não tiraria o Jimin de sua diversão com Jey para isso, até porque já havia comida demais e, provavelmente, não conseguiríamos comer nem a metade de tudo.

O desenho que escolhemos tinha uma hora, e agora faltavam 15 minutos para as duas da tarde, com o filme terminando perto das três, teríamos tempo de sobra para arrumar HooJey e levá-la ao aeroporto, considerando que o aeroporto fica a dez minutos de onde estamos agora, na casa de Jimin.

- A pipoca está pronta. - Aviso aos dois, que não me dão muita atenção, pois ainda estão concentrados em suas cartas. Jimin cria uma ruguinha no meio de sua testa quando HooJey faz uma pergunta que ele não sabe responder, acabo rindo da cena.

Levo as tigelas para a sala, junto com algumas bebidas e me sento no meio do sofá.

- Vocês não vão vir? O oppa vai ficar triste, Jey. - Faço uma cara de choro falsa, e assim que HooJey vê, vem até mim e abraça minhas pernas.

- Tô aqui, oppa. - A mesma sorri, e com isso morro de fofura.

Jimin se senta ao meu lado e me dá um selinho rápido, junto com um sorriso confortante. HooJey se deita por cima de nós, toda esticada. Espaçosa desde pequena, quero ver quando ficar maior.

Pego o controle e ponho no desenho que havíamos escolhido mais cedo, o qual já começa com ursinhos pulando e cantando.
O que eu queria? Nós havíamos escolhido "Os ursinhos carinhosos", não seriam lobos a aparecer logo no começo. Revido os olhos para meus próprios pensamentos.

HooJey solta uma risada gostosa quando um ursinho roxo faz uma piada que não tem graça nenhuma, mas Jimin e eu acabamos rindo junto, HooJey rindo era encantador.

O filme que escolhemos é da época de quando eu e Jimin éramos crianças, e se HooJey está gostando, é porque ela tem bom gosto, afinal, ela sempre preferiu os filmes antigos do que os atuais.

[...]

Durante o filme nós comemos muito, até a barriga encher, e rimos como se não houvesse amanhã. Momentos como esse jamais serão esquecidos, são importantes demais, e caso eu tivesse alzheimer quando velho, já me garanti quanto a isso, então eternizei alguns momentos em fotos, como agora, tirei cinco fotos polaróides para deixar esse momento gravado para sempre e para quem quisesse ver.

Eu não havia trazido nenhuma de minhas câmeras para a casa de Jimin, então depois que almoçamos fui até minha casa enquanto Jimin e HooJey cantavam músicas e lavavam a louça. Infelizmente quando cheguei em casa Vivenciana teve um surto, e com isso a minha câmera preferida foi quebrada, mas tudo bem, eu compro uma nova do mesmo modelo. Por conta do ocorrido tive que trazer uma Polaroid, que torna tudo um pouco mais rústico e bonito.