SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]

Capítulo 11

Termino de fazer o curativo e o ponho na cama, ele provavelmente só vai acordar amanhã. O cubro com um cobertor e vou tomar banho, a noite foi cheia, e com acontecimentos inesperados. Me lavo rapidamente, me seco e ponho um pijama. Vou dormir, amanhã será um dia cheio.

[...]

Acordo com o sol na minha cara, eu não fechei a janela? Tinha certeza que sim, mas parece que me enganei.

De pouco em pouco me lembro dos acontecimentos da noite anterior, o que me faz lembrar que... Taehyung, caramba, eu me esqueci dele.

Levanto e vou correndo para o quarto onde o deixei, mas ele não está lá, os cobertores estão devidamente estendidos na cama, é como se ninguém tivesse dormido ali.

Procuro pelo resto da casa, mas ele não está em lugar nenhum, ele foi embora. Uma tristeza se apodera de mim, eu esperava poder, pelo menos, conversar com ele, tentar me entender com ele, ainda me arrependo do que eu fiz.

Volto para o meu quarto coçando os olhos e vou direto para o banheiro, vou tomar um banho e ir ver a pequena Jeon HooJey, deixo a água quente cair em meu corpo, relaxando meus músculos.

— Você me procurou pela casa toda, menos no lugar mais óbvio, no seu quarto, eu estava praticamente do seu lado, e você estava tão eufórico que não me viu.

A voz dele surge atrás de mim, fico paralisado, não consigo me mexer, cara, como eu fui burro, ele estava no meu quarto esse tempo todo enquanto eu o procurava.

Me viro em câmera lenta para ele, esquecendo de que estou completamente nú, mas isso não é problema, ele conhece meu corpo melhor que ninguém.

— C-como eu não te vi? Onde você estava?

— Eu estava bem do seu lado esquerdo, mas você saiu correndo como um louco do quarto, e eu fiquei te esperando, aí você entrou e foi direto para o banho. Aliás, você continua com tudo em cima. — Ele dá um sorriso malicioso enquanto me olha de cima a baixo, esse não é o Tae que eu conheço, ele mudou. E muito. O Tae que eu conheço é bonzinho, e não cínico e maldoso como esse que está na minha frente.

— Nós podemos conversar? — Falo meio inseguro.

— Nós já estamos conversando. — Ele arqueia a sobrancelha enquanto fala.

— Quer dizer... Quando eu terminar o meu banho.

Ele faz uma careta.

— Nós podemos conversar aqui, eu estou tendo uma ótima visão.

— Taehyung, me espere no meu quarto.

— Mas...

— Taehyung, agora!

Ele me olha raivoso, sorri cínico e sai do banheiro. Espero que ele não vá embora.

Termino meu banho calmamente, quero adiar essa conversa o máximo possível, incrível que eu estou a muito tempo querendo conversar com Tae, mas quando tenho a oportunidade tento adiar o máximo possível. Saio enrolado em uma toalha e o vejo sentado em minha cama de cabeça baixa.

Me visto com uma roupa confortável e me sento ao seu lado.

— Tae...

— Não me chame assim, você perdeu esse direito quando acabou com a minha vida.

— Tae... — Ele me olha de cara feia. — Taehyung, me perdoa por favor, você sabe que eu não fiz por mal.

— Não fez por mal? Não mesmo?

— Não, eu...

— CALE A BOCA, JUNGKOOK, VOCÊ SABIA COMO EU ERA E FEZ AQUILO, VOCÊ NÃO DEVERIA TER FEITO. — Ele se levanta da cama gritando comigo. — SABE COMO É SER UM FORAGIDO DA POLÍCIA? TER QUE FUGIR PARA NÃO SER PRESO? NÃO! VOCÊ NÃO SABE! EU TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS.