Especial 1K (Jimin)

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(Capítulo referente ao capítulo 7).

Dirijo calmamente, querendo adiar ao máximo a conversa que está por vir.
A verdade é que eu estou a dias sem ir ao mesmo lugar que vou sempre, em todas as vezes vou contra a minha vontade, mas vou, é a minha melhor opção, ou melhor, a minha única opção.

A anos da minha vida eu venho "trabalhando" para a mesma pessoa, se é que isso pode se chamar de trabalho, e, sinceramente, eu já estou cansado dessa maldita rotina, mas não consigo me livrar dela. Aish, eu não aguento isso.

Suspiro e estaciono.

Desligo o carro e olho para o banco traseiro, Jungkook abre levemente os olhos.

— Kookie, eu já volto, volte a dormir.

Ele fecha os olhos novamente e dorme serenamente.

Eu não gostaria que ele estivesse acordado nesse momento, isso me complicaria, eu teria que deixá-lo na sua casa, e se eu fizesse isso, com toda a certeza do mundo, eu perderia a coragem de vir aqui e acabaria indo para a minha casa, o que me traria mais problemas do que eu já tenho.

Respiro fundo, tomo coragem, desço do carro e vou em direção a boate já tão conhecida por mim.

— Boa noite, Jimin. — Suho fala assim que paro em frente a porta da boate.

— Boa noite, Suho.

Entro na boate e vou para o bar, a casa está lotada como sempre.

— O chefe tá uma fera com você, Jimin, cuidado. — O barman fala e me serve um copo de vodca.

Bebo de uma vez só e me encaminho para o escritório do meu "chefe".

Subo as escadas lentamente e bato na porta, ouço um breve "entre", respiro fundo e abro uma fresta da porta, ponho a cabeça para dentro e vejo que meu "chefe" está sentado em sua mesa mechendo em alguns papéis, entro e ele nem olha para mim.

Fecho a porta e fico parado, esperando que ele me veja.

— O que você quer? — Ele pergunta sem me olhar, não respondo, o que faz ele me olhar. — Ah, é você, Jimin, que bom que você veio.

Ele se levanta e vem até mim com um sorriso malicioso, parando com o rosto a centímetros do meu, seu bafo de álcool da para sentir a quilômetros de distância.

E parar para pensar que eu já considerei esse homem, já o amei, mas agora só o que sinto é nojo. O sorriso que antes eu julgava ser amoroso, agora vejo como é de verdade, um sorriso nojento, malicioso, mostrando o seu verdadeiro caráter, um homem egoísta, manipulador, um completo desgraçado sem coração.

— Você não vem aqui a alguns dias, isso foi muito deselegante da sua parte. Você sabe que eu preciso de você para fazer aqueles trabalhinhos para mim, porque você não veio mais, Jimin?

— E-eu... Estava ocupado... — Desconverso e saio de perto dele.

— Jimin, Jimin, você nunca conseguiu mentir para mim, acha mesmo que vai conseguir agora? — Abaixo minha cabeça e me afasto mais alguns passos. — HEIN, PARK JIMIN? ACHA QUE PODE ME ENGANAR, SEU BOSTINHA? — Ele vem para perto de mim e para em minha frente. — Olhe para mim quando eu falo para você, seu merda.

Não me movo, então ele puxa meu cabelo e levanta minha cabeça a força, me fazendo olha-lo nos olhos.

— Você não vai me responder, sua putinha?

— Eu não quero mais fazer parte dessa merda da sua vida, eu te odeio seu desgraçado. Eu. Não. Quero. Mais. Trabalhar. Com. Você.

— Olha que bonitinho, ele tá mostrando as garrinhas. Adivinha só, bebê, você não tem escolha, se você não trabalhar para mim a sua mamãezinha vai morrer.

SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]Onde histórias criam vida. Descubra agora