Capítulo 9

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Acordo com alguém batendo em minha porta, aigoo, isso não é hora para visitas. Caminho até a porta meio arrastado, bêbado de sono, e abro a porta sem nem ver quem é pelo olho mágico.

— Jimin?

— Me... Desculpe, Jeon, eu não deveria aparecer a essa hora, mas eu perdi a minha chave e não tenho como entrar dentro de casa, e não tem nenhum chaveiro aberto a essa hora, será que eu posso... Entrar?

— Ãh, pode, entre. — Falo esfregando os olhos.

Como diabos o Park perdeu a chave de casa às duas da manhã? Bom, isso é história para depois, só o que eu quero agora é a minha cama quentinha e acolhedora.

— Vou te levar até o quarto de hóspedes, quer uma roupa para dormir emprestada?

— Eu aceito, o-obrigado.

Pego no meu quarto um conjunto de moletom e levo Park até o quarto de hóspedes, uma coisa estranha me chama atenção, eu não havia prestado atenção no Park, seus olhos estão inchados e vermelhos, a ponta de seu nariz está vermelha e sua boca está formando um biquinho, enquanto ele tira sua roupa eu noto que seu corpo está cheio de hematomas e pequenas escoriações, ele provavelmente andou se drogando e andando com más companhias, de novo, eu preciso ajudá-lo, não quero ver mais uma pessoa se ferrar por causa de drogas.

— Vai ficar meio grande, mas serve. — Falo entregando à ele o conjunto de pijama.

— Tudo bem.

— Eu vou dormir, meu quarto é o do outro lado do corredor, se precisar de alguma coisa é só chamar, o banheiro é no final do corredor. Boa noite.

— Boa noite, obrigado, Jeon.

— Por nada.

Vou para meu quarto e me reviro na cama. Como vou ajudá-lo se não consegui ajudar nem mesmo a minha irmã? Eu sou um inútil mesmo.

Mas eu não posso simplesmente ver uma pessoa indo para o lado errado e não fazer nada. Eu preciso dar um jeito. E eu vou dar um jeito. Nem que eu precise força-lo a ir em uma clínica de reabilitação, tudo bem, eu exagerei um pouco, não posso forçar ninguém a fazer algo que não quer, o máximo que posso fazer é tentar conversar com ele, e ajudá-lo a trocar as drogas por... Doces! É, doces são melhores que drogas, acho que pirulitos servem, amanhã de manhã eu vou ao mercado comprar um saco de pirulitos.

Segundos depois, adormeço.

[...]

Acordo e vejo que o sol está recém nascendo, meu sono fora perturbado a noite inteira por sonhos com um Jimin drogado e pirulitos, muitos pirulitos, tantos que acho que estou com diabetes só de sonhar.

Levanto e vou ao banheiro, não vou conseguir voltar a dormir de qualquer forma, lavo o rosto e escovo os dentes, pego uma toalha e me enfio debaixo da água quente do chuveiro.

A manhã está fria, particularmente, eu amo o frio, amo poder usar os meus moletons, dormir enroladinho com os cobertores e tomar café bem quente para esquentar o corpo em uma lanchonete qualquer enquanto leio um livro... Ou melhor, gostava, não posso mais fazer isso, se eu tentar tomar café e ler um livro em uma lanchonete provavelmente vou acabar saindo queimado ou tendo que comprar um livro novo, visto que a Vivenciana não deixaria eu fingir ser normal de novo.

Desligo meus pensamentos e saio do banheiro, me visto com uma roupa quente e vou ao quarto de hóspedes, Park está dormindo igual a uma criança, abraçando um travesseiro enquanto chupa um de seus dedos, nem parece um drogado, mas eles sabem nos enganar muito bem quando querem.

SMA - Síndrome da mão alheia [Jikook]Onde histórias criam vida. Descubra agora