18 Miguel

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Enquanto eu dirigia para o jornal me peguei pensando em Ariella. eu queria entender por que aquela garota era bipolar. Uma hora era decidida e marcava encontros, mas quando eu me aproximava... ela vira uma garotinha tímida.

Como eu iria descrever isso em uma personagem?

Meu telefone começou a tocar e o Atendi conectado no carro.

- Onde você está? - A voz de Lucas invade o carro.

- Na rua.

- Tá vindo pra cá?

- To Sim.

- Por que demora tanto? Eu tenho compromissos.

- Lucas me responda uma coisa. Você acha que alguém poderia somente fingir querer estar comigo... mas não goste de estar comigo?

- Você tá louco? - Ele pergunta como se eu não soubesse mais o que estou dizendo.

- Isso que estou dizendo a mim mesmo. Nenhuma garota não iria gostar de ficar comigo... eu sou... eu.

- Não é nem hora do almoço e eu já tenho que aguentar seu narcisismo.

- Fala sério. Quem me daria um fora?

Lucas solta uma risada e parece achar graça de algo.

- Você levou um fora? De quem? Eu preciso conhecer.

- Não foi um fora. É uma impressão...

- impressão?

- Esqueça. Você é casado. Deve ter esquecido dessas coisas.

- Se eu fosse contar todos os foras que a Isa me deu... ficaríamos até amanhã.

Agora foi a minha vez de rir.

- Acho que isso me dá uma esperança então.

- É. Talvez sim.

- Certo, eu estou quase chegando. Não vá embora antes. Eu realmente preciso falar com você.

- Vou te esperar.

Ele termina a ligação e eu fico mais pensativo ainda. Não seria mais fácil trocar a garota... eu trocaria as características da personagem... mas alguma coisa em Ariella me intriga. Eu realmente quero saber quem aquela garota é.

Ontem a noite foi ótimo e eu realmente queria repetir. Ainda estou curioso sobre as diversas cicatrizes no seu corpo. O que teria acontecido com aquela garota?

... ... ...

Assim que chego no prédio do jornal meus olhos vão para a televisão. Era horário do jornal. Isa estava apresentando a parte desportiva. Ela iria fazer isso enquanto não voltasse para a Inglaterra.

Cumprimentei algumas pessoas que passavam do meu lado e fui para o elevador.

Uma moça incrivelmente bonita me observa e segurava um sorriso.

- Como vai? - Eu Pergunto a ela que finalmente sorri abertamente.

- Aí meu céu! O que foi aquele último livro!? Eu amei cada detalhe. - Ela começa a me contar detalhes que amou da estória e eu escutei paciente.

- Que bom que gostou.

- Aquele Daniel... ele é tão perfeito. Você fez ele parecido com você?

Pisquei algumas vezes com a cantada dela. Ela era direta e eu amava isso.

- Acho que sim e Aya foi completamente inspirada em você.

- Acho que não sou indiana, nasci no Brasil. - Ela brinca.

O muito que Ella senteOnde histórias criam vida. Descubra agora