Meg...
Eu e júnior estávamos indo bem. Sabe aquela dúvida? Eu já tirei a conclusão. Talvez ele realmente goste de mim mas talvez eu não deva gostar dele.
Carnaval é lindo, sério. É tudo de bom. E por incrível que pareça eu sempre me apaixono no carnaval. Eu amo o carnaval. Quer dizer: amava.
....
Vitória...
Já sentiu essa sensação antes? De que tudo vai dar errado. Que você vai fazer coisas ou viver coisas das quais vai querer nunca ter vivido ou feito?
É como eu estou no momento. Sozinha na arquibancada e bebendo.
-Oi- Guilherme apareceu
Fiquei com medo. Eu já não tô muito sóbria. Sabe deus o que eu vou falar.
-Porque você sempre aparece do nada?- ihh começou
-Eu te vi sozinha e aí ...
-Quis me fazer companhia?
-É.
Balancei a cabeça. Olha merda vindo. Em 1, 2 3:
-Tem que parar com isso...
-Hã?
-Fingir que quer estar comigo e depois se afastar e se diminuir. Eu te achava um pessoa horrível. Você fez questão de me passar essa impressão.
-Mas depois se mostrou outra pessoa. Um pessoa legal, que vale a pena conhecer. Me ajudou, me deu conselhos e toda vez que eu me aproximava você colocava um tijolinho no muro imaginário que você criou.
-Que você criou, na verdade. Você que me odiava.
-Você era digno de ódio. Então eu ergui meu murinho, passei cimento e me afastei. Aí você veio e tirou os tijolinhos e me fez se aproximar pra entender melhor. E teve uma hora que eu queria derrubar o muro ,aí você vinha e acrescentava mais tijolinhos. E me forçava a se afastar.
Eu sou uma IDIOTA. Pode me dar o título que eu mereço. Tijolinho? Murinho? Eu sou o que? Um bebê?
É claro que ele não falou nada.
Ele me olhou por minutos e eu voltei a beber.
-Você não vai lembrar disso amanhã. Prefiro acreditar que é o efeito do álcool.
-Eu não vou lembrar. Óbvio. Eu tô bebendo justamente pra isso. Se fosse pra lembrar eu colava um post-it na testa
-mas eu quero que você lembre. Porque eu quero saber se isso é verdade ou só o álcool mexendo na sua mente maluca.
-Isso não é o álcool porra, eu não sou feita de álcool. Meu sangue não é cachaça. Eu sou um ser humano com sentimentos de verdade e sem nenhum álcool.- gritei me levantei e sai andando
-Vitória? Vitória?- ele veio atrás de mim
Segurou meu braço e olhou pra mim, cara a cara
-Não se atreva a me beijar. Eu sou uma pessoa bêbada e eu te odeio.
-Eu não vou beijar você. Não agora. Preciso que você fique calma e me de a mão. Vamos sair daqui como pessoas normais. Sem pânico.
-O que tá acontecendo? -perguntei assustada
-O Carlos tá aqui. E não tá sozinho.
Arregalei os olhos e ele pegou na minha mão, logo em seguida ele me puxou pra ir até a pista.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Colégio interno 2.
Teen FictionÚltimo ano da nossa personagem principal, novos personagens apareceram e os antigos iram dar as caras novamente. O segundo livro da série traz a história de dois primos que guardam segredos e que vivem uma vida na qual correm constante perigo ,apesa...