Faded

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Megan...

Acordei e minha mãe estava sentada do meu lado. Não havia mais ninguém na sala. Tinha três buquês de flores em cima da cômoda. Era um quarto como qualquer outro de hospital.

Assim que me mexi, minha mãe acordou.

-Oi filha. Você acordou- veio me abraçar

-você também pelo visto.

-Eu estava tão preocupada.

-Eu já tô bem mãe, relaxa.

-Tem algumas flores pra você aqui. Depois você olha. Vou buscar um café e já volto.

-Tá bom.

Me levantei e fui ver de quem era as flores que me mandaram.

Tinha uma da minha mãe, óbvio. Outro de Lucy e companhia. E o último na verdade não era um buquê ,era um girassol lindo.

Li o cartão

Olá Megzinha,
Espero que esteja melhor, logo irei lhe fazer uma visita. Deixaremos tudo claro. Deve estar com ódio de mim agora, mas, mais tarde vai me perdoar.
                           Beijos.
                          Seu amorzinho!♡

Sem pensar duas vezes atirei o vaso na parede do lado da porta. Minha mãe entrou no mesmo segundo, acompanhada de um médico.

Ótimo. Pra variar.

-Filha?

-Hum?- respondi como se fosse normal eu atirar vasos. Faço isso todo dia.

-Tudo bem?

-Sim mãe. É que a flor era de uma pessoa que eu odeio.- sentei na cama novamente e olhei pra ela

-O doutor Marcos quer falar com você.

-Ah, Olá doutor. Sinto muito que a primeira impressão que tenha de mim é de uma louca.

-Tudo bem. Já vi situações piores. Depois mandarei alguém pra limpar.- ele era novo, tipo 26-28 anos e muito bonito.

-Bom saber.

-Esta se sentindo bem?

-Sim.

Então ele fez todas aquelas coisas normais que se passam no Grey's anatomy, porém sem a emoção toda que tem.

-Bom. Você precisa descansar ainda. Só posso te dar alta amanhã. Para o caso de haver alguma complicação na recuperação.

-Não vai haver. Vira essa boca pra lá. Levar um tiro já foi minha maior aventura e será a última. Morrer agora só idosa.

-Belo pensamento.

-Pensamento não, é pregação. Se mais alguma coisa de ruim acontecer comigo, eu juro que não saio mais de casa.

Ele riu e minha mãe deve ter ficado com vergonha, mas fazer o que se eu sou o que sou.

Depois de ontem eu parei de acreditar em Carlos, se existia um porcento de bondade nele e fé em mim ,morreu ontem.

-Filha.

-O que?

-Tem mais uma coisa que eu preciso te contar. -eu vi nos olhos dela que não era coisa boa

-Ah mãe, o que agora?

-É seu irmão, ele foi baleado também. Já fez a cirurgia mas não houve nenhum sinal de melhora.

Colégio interno 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora