Minha mãe estava visivelmente confusa, eu olhava pra Guilherme procurando uma saída e ele só balançou os ombros.
Imprestável.
-O que isso tudo significa? Você conhece aquele homem? Como isso é possível Vitória?
-Mãe calma tá...Por favor. A gente não conhece esse cara- menti
-Então porque o policial falou aquilo.
-Mãe a gente tava saindo, o cara cercou a gente, estávamos no lugar errado, na hora errada.
Ela não ficou convencida mas não insistiu. Saiu da sala
-Puta que pariu- xinguei e me sentei no sofá
Guilherme ficou me olhando. Ele tava com uma cara preocupada.
-O que foi?
-Tô pensando como sair dessa.
-Meu Deus. Eu tenho que sair.
-E vai pra onde Vitória? E sua mãe?
-Eu vou sair. Não sei pra onde vou. Aqui eu não fico.- peguei meu celular ,minha chave e sai de casa.
Óbvio que Guilherme veio atrás de mim.
...
Guilherme...
Segui vitória assim que ela saiu de casa.
-Vitória- gritei mas ela me ignorou e continuou andando- Vitória merda.
Segurei o braço dela e a encarei.
-Me solta, tu não é meu pai não. Que grude todo é esse Guilherme? Me alugando sendo que a gente não tem nada.
Soltei o braço dela e comecei a ferver de raiva.
-Então se fode porra.
Sai da frente dela. E fui pro carro. Meti o pé no acelerador e corri como sempre. Menina chata da porra.
Fui direto ao morro, e estacionei o carro na garagem que ficava lá embaixo.
Subi andando, tentando esconder o rosto com o boné. Carlos não podia nem sonhar que eu estava vindo aqui.
Abro o portão de casa e entro rápido.
-Tia?- grito esperando resposta
-Oi meu filho, tô aqui dentro.
Fui até a sala e ela estava com Gabriel assistindo a televisão.
-E aí primo.
-Oi- falei ríspido e fui até a cozinha pegar uma cerveja na geladeira.
Minha tia já estava acostumada comigo e Gabriel bebendo. Tínhamos quase 18 e isso virou algo normal.
-Viu a televisão filho?
-Sim- gritei da cozinha e dei um gole na cerveja.
Ouvi passos vindo até a cozinha e vi Gabriel parar na parede me olhando beber.
-O que é?
-Tá grosso assim porque?- pergunta pegando uma cerveja para ele
-Vou te falar o que é grosso.
Ele riu e bebeu.
-Anda logo. O que foi que te mordeu? É Carlos.
Ri sem graça.
-Tá pra nascer o dia que eu vou beber pensando no Carlos. Só se for pra brindar.
-Eu ouvi isso- minha tia gritou da sala e eu ignorei
VOCÊ ESTÁ LENDO
Colégio interno 2.
Teen FictionÚltimo ano da nossa personagem principal, novos personagens apareceram e os antigos iram dar as caras novamente. O segundo livro da série traz a história de dois primos que guardam segredos e que vivem uma vida na qual correm constante perigo ,apesa...