I hate you, I love you

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Passei a tarde em casa dormindo, dei graças a Deus que consegui.

Junior saiu pra dar uma volta e não tinha voltado ainda.

Decidir visitar Meg, como havia prometido. Meu pai fez questão de me levar. E eu não neguei.

...

Cheguei em frente a casa de Meg e vi o carro dos pais de Megan e o de Gabriel. Eles ainda estavam aqui.

Me despedi do meu pai e toquei a campainha.

-Oi- Gabriel atendeu e me deu um abraço

-Oi.

Entrei e vi os pais de Meg na sala, junto com a mãe de Gabriel.

Ela veio até mim e me abraçou. Sussurrou um graças a Deus no meu ouvido mas não esperou nenhuma resposta minha.

Cumprimentei os pais de Meg, e dei meus pêsames.

Gabriel me disse que Megan estava no quarto do irmão. Subi com ele até lá.

Entrei e vi ela deitada na cama com a cabeça apóia no colo de Guilherme.

-Oi.

Me viu e deu um sorriso de leve.

Sentei na beirada na cama. Não me sentia confortável, mas mesmo assim fiquei lá.

-Como você tá?

-Indo.

Balancei a cabeça e olhei pro quarto de Vinicius. Era um quarto de garoto.

-O velório vai começar daqui a pouco. Pode ficar se quiser. Ou não.

-Eu fico. Ligo pra minha mãe. Ela e meu pai certamente viram.

-Obrigado.

O celular de Guilherme tocou e ele se levantou, fazendo com que Megan sentasse.

-Já volto.- e saiu pra atender.

-Cadê seu irmão?

-Eu não sei, ele saiu de tarde e não voltou.

Percebi que ela ficou preocupada e tratei de corrigir.

-Mas ele deve tá bem, foi tomar um ar só.

-hum.

Olhei pra Gabriel e ele tava observando um porta retrato na escrivaninha. Era uma foto de Vinicius, Meg, ele e mais algumas pessoas incluindo Guilherme.

Percebi que o grau de afeto dele por Vinicius era maior do que eu pensava.

-Esse dia foi o máximo.- falou e se virou pra Megan, meio que na tentativa de ignorar a foto

-Foi mesmo.

Gabriel abaixou a cabeça e ficou um tempo sem falar nada, depois se levantou e saiu do quarto.

-Ele já fez isso umas 4 vezes essa tarde. Não quer que eu veja ele chorar ,mas eu sei que é isso que ele tá fazendo.

-Meg, eu sinto muito por Vini.

-Eu também. Parece que sair do morro não adiantou muito no final das contas. Meus pais lutaram tanto pra sair da miséria, pra fugir das balas e foi tudo em vão.

-Claro que não, isso é culpa do Carlos.

-Eu sei disso. Por isso que meu ódio cresce a cada momento.

-Tenta não pensar nisso por enquanto.

-Liga pra vitória. Manda ela vim aqui.

Assenti e peguei meu celular.

Colégio interno 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora