Youth

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Maratona
×1/5×

Vitória...
"É o seguinte, logo depois daquele dia que eu e você, Lucy, fomos pro morro com os meninos e rolou aquele tiroteio eu não consegui dormir mais, e quando dormia, tinha pesadelos, eu via sangue por todo lado, eu via o rosto do homem que morreu na minha frente, por toda parte. Eu comecei a usar um remédio que me mantia acordada boa parte do tempo. Só que eu comprei ele ilegalmente, já que aqui não vende sem receita. E no dia da festa eu tinha tomado ele, e bebido, por isso eu desmaiei no hospital. O médico veio falar comigo, e disse que ia chamar a polícia pra que eu me explicasse. Porém quando ele voltou pela segunda vez ao meu quarto, disse que havia cometido um engano, logo em seguida Carlos me ligou e disse que me cobraria o favor! Eu não pedi pra ele me ajudar, em nenhum momento. Porém eu não podia negar, é algo que vai além de mim."

-E porque caralhos você não falou tudo logo?- Lucy perguntou irritada

-Não sei, na hora eu estava assustada de mais e tem alguém que eu não posso entregar.

-Ta vitória, e agora você fica com dívida com bandido.- Alex disse

-Eu não tenho o que fazer ok?

-Puta que pariu.

-E a gente? Faz como agora se a polícia vier falar com a gente.-Megan perguntou

-Faz o que ele mandou. A não ser que alguém tenha outro caminho.- Lucy respondeu

...

Guilherme...

Gabriel tinha chegado, e eu já não consiguia sentir mais o pulso de Alice.

-Acho que ela se foi.- falei

-Cala a boca.-Gabriel me repreendeu

entramos no hospital e médicos  chegaram com uma maca

levaram ela pra cirurgia e eu e Gabriel ficamos ali esperando.

o hospital era público então era bem capaz de ela morrer, além de tudo ninguém nos dava uma informação.

ficamos 3 horas esperando alguém vim avisar sobre ela.

meu celular tocou mostrando o nome de vitória na tela. Pensei em recusar mas estava preocupado de mais.

-Onde vocês estão?- perguntou assim que atendi

-No hospital!

-Porque? Gabriel tá bem? Você tá bem?

-Nos dois estamos bem, uns homens do Carlos machucaram uma amiga nossa. História longa.

-Carlos esteve aqui!

-O que ele queria? Você estão bem?

-Sim. Ele disse que não era pra gente falar nada pra polícia.

-Vitória, é melhor seguir o Carlos mandou. Ele machucou uma pessoa só pra garantir que a gente não ia falar nada.

-A gente não vai falar nada. Tenho que ir. Me liga quando sair daí.

-Tudo bem, tchau.

-Tchau.

desliguei e procurei Gabriel, que estava conversando com a médica.

De longe pude ver a expressão de Gabriel, primeiro a tristeza depois a raiva.

Ele chutou uma lixeira que estava do lado, e gritou.

Corri até ele e o puxei pra mim, abraçando-o.

Eu sentia a mesma dor que ele estava sentindo, e principalmente o mesmo ódio.

Colégio interno 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora