Me cura.

1.3K 123 73
                                    

Notas:

Olá amorzinhos ♡
Espero que gostem do capítulo e boa leitura ☆
Aaaaaaaaa, quero agradecer muito a todos vocês, sérios, vocês são tão importantes pra mim <3
____________________________________

Pov Lica.

- Eu não entendo. - Ela diz, ainda me mantendo em seus braços. - Por que está se desculpando? - Pergunta.

- Meu pai, foi ele..meu próprio pai... - Respondo, entre soluços abafados em seu ombro.

- Você não precisa se desculpar por algo que ele fez. - Diz, me afasto um pouco para encara-lá.

- Sim, eu preciso. - Digo; ela segura meu rosto com suas mãos, meus braços em volta de sua cintura.

- Não, não precisa. - Diz e deposita um beijo em minha testa.

- Samantha, a leve para o quarto, ela precisa descansar... - Escuto a voz de Malu.

- Não. - Escuto a voz de Clara.

- Não? - Malu questiona; Samantha me envolve em seus braços de novo; eu apenas choro baixinho.

- Ela não vai mais machucar minha amiga. - Clara diz, sinto quando Samantha respira fundo.

- Clara Becker, como ousa... - Samantha interrompe sua tia.

- Ela está certa. - Diz. - É melhor você fazer isso, Clara. - Me afasta de seu abraço, sinto falta do seu calor; olho nos seus olhos. - Fica bem. - Diz, a leio, vejo toda sua dor.

- Mas... - Tento dizer algo mas nada sai.

Samantha segue para o corredor, provavelmente rumo ao seu quarto; Malu acaba fazendo o mesmo e Clara me leva para seu próprio quarto.

Clara me empresta um par de pijama, sigo para o banheiro e tomo um banho longo, onde deixo todas as lágrimas irem embora pelo ralo.

- Ela está sofrendo. - Digo e me sento em sua cama, quando saio do banheiro, depois de pensar muito no assunto.

- Para, Heloísa..não caia nesse jogo emocional de novo. - Minha amiga pede.

- Eu a amo, Clara; não é tão fácil ficar longe dela. - Respiro fundo.

- Você conseguiu por um mês. - Dá de ombros.

- E foi o mês mais difícil da minha vida... Pensei nela em cada segundo e se consegui passar por toda distância, foi por você e pelas meninas. - Explico o que ela parece ter dificuldade para entender.

- Eu odeio te ver sofrer, Lica. - Minha amiga suspira.

- Então me deixa ir até lá, Clara..sem críticas, sem julgamentos... - Peço, me levanto e paro na frente dela.

- Droga. - Ela revira os olhos e me abraça. - Cuidado. - Pede, nos separamos.

Saio de seu quarto e sigo para o quarto de Samantha.

A porta está encostada, a abro com cuidado, a mesma não faz barulho algum.

Samantha está em sua sacada, com um violão na mão; ela começa o tocar e logo sua voz preenche todo o ambiente.

" - Me cura com essa tua técnica de amar. Eu não quero a sua psiquiatria eu quero ser teu lar. Larga essa medicina e vem me medicar. Só com doses bem pequenas que é pr'eu não surtar. - Eu sempre amei sua voz e ter a honra de ouvi-lá cantar de novo, me faz sorrir largo.

17 não é 18.Onde histórias criam vida. Descubra agora