Alguém salve ela.

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Notas:

Olá amorzinhos ♡
Bom, esse capítulo dará início a tragédia e o drama...
Espero que bom..ou melhor, boa leitura ☆
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Pov Samantha.

Você está dirigindo, sua namorada está ao seu lado, ambas felizes; você a olha por um segundo, sorri, fecha os olhos e quando os abre novamente, tudo está diferente, seu mundo está diferente, talvez seu mundo tenha acabado...

- Lica? - A chamo não conseguindo falar direito, meu corpo todo dói, minha cabeça dói, sinto um líquido quente descer por minha testa, levo minha mão até a mesma e confirmo ser sangue. - Lica? - Tento de novo mas ela não se mexe, está desacordada, ao menos prefiro acreditar que esteja; sua cabeça sobre o airberg, não consigo a enxergar tão bem pela falta de luz.

Tento me soltar mas não consigo me mover direito; olho em volta, vejo o carro que bateu em nós, alguém desce do mesmo.

- Por favor, ajude ela. - Peço com a força que ainda me resta.

A pessoa volta para o carro, o farol alto ilumina dentro do meu veículo, olho para Lica e tenho uma visão melhor e ela não parece nada bem... Não quero pensar no pior mas quando o carro que antes baterá em nós foge do local, me desespero.

- Lica? - Chamo mais uma vez, agora chorando, lágrimas misturadas com sangue, minha garganta queimando. - Amor? - Tento toca-lá mas não a alcanço. - Alguém salve ela, alguém salve ela... - Imploro para o nada. - Deus, salve ela. - Tento olhar para o teto do carro mas meu pescoço dói o inferno.

Cada vez mais a dor me invade, tento encontrar meu celular mas não o encontro.

Decido me agarrar as lembranças dos momentos antes do acidente, na esperança de que nada tivesse acontecido, na esperança de a ver sorrindo mais uma vez...

Flashback's On.

- Podem aproveitar a festa gente; tudo está reservado até de manhã. - Digo para as pessoas que ainda estão na balada.

- Obrigado, Samanthinha. - MB agradece, erguendo seu copo cheio.

- Juízo, MB. - Vou até ele e beijo sua bochecha. - Peça um Uber. - Digo baixo.

- Ok, mamãe. - Ele diz divertido.

Lica termina de se despedir dos seus amigos e amigas e caminhamos rumo a saída.

- Galpão? - Questiono abrindo a porta do carro pra ela.

- Sim. - Ela diz, me dá um selinho e entra no carro, fecho a porta, dou a volta e entro também.

- Quais suas expectativas pra essa noite? - Pergunto e dou partida no carro.

- Sem expectativas. - Ela responde e coloca o cinto de segurança, faço o mesmo.

- Tenho que te contar uma coisa. - Digo, dirigindo mais devagar, já que as ruas estão desertas e logo entrariamos em uma estrada mais escura.

- O quê? - Questiona.

- Começo a trabalhar segunda. - Digo.

- Tem certeza que quer fazer isso? - Pergunta e a sinto tocar em meu ombro, a olho rápido antes de voltar a olhar para frente.

- Tenho; preciso ter experiência antes de assumir uma das empresas, como Malu pediu. - Explico.

- Então fico feliz por você. - Ela diz.

- Obrigada, amor. - Agradeço.

- O que nos espera no galpão? E por que o galpão? - Faz suas perguntas.

- O que nos espera é uma surpresa e menti muito nas últimas semanas, o mínimo que poderia fazer, é manter o galpão na jogada de alguma forma. - Respondo. - Você tem falado com seu pai? - Pergunto me vindo a dúvida de algum tempo na minha cabeça.

- Na verdade não. - Ela suspira pesado. - Ele nunca está em casa, nos evitamos no colégio; esse tipo de coisa. - Responde e sei o quanto dói falar sobre.

- Eu tentei convidar ele mas você sabe... Sinto muito. - Digo e procuro sua mão com uma das minhas, enquanto mantenho a outra no volante.

- Tudo bem, não me importo. - Mente; sei que independente de todas as coisas, Edgar ainda é seu pai.

- Mudando de assunto, as férias estão chegando e quero viajar com você. - Digo quebrando o clima ruim que se instalou.

- Sério? - Questiona rindo. - Você vai começar a trabalhar agora e já quer viajar? - Pergunta.

- Vantagens de ser dona da porra toda. - Brinco, ela ri.

- Você se acha, né? - Questiona divertida.

- Não, eu sou. - Respondo, a encaro por  um segundo, sorrio e fecho os olhos brevemente.

Tudo foi rápido, não vejo de onde o carro vem mas é tarde demais.

Flashback's Off.

Eu já estava quase me entregando a toda dor e sono, quando de longe escuto sirenes e logo vejo suas luzes.

- Socorro, socorro. - Tento gritar mas tudo sai tão baixo.

Vejo Lica se mexer, ela tosse.

- Me perdoa, me perdoa. - Imploro tentando me manter acordada por mais algum tempo.

Heloísa se senta direito, mesmo escuro, percebo que está atordoada e confusa.

- O que aconteceu? - Pergunta e leva a mão a cabeça. - Minha cabeça dói, meu braço. - Geme de dor. - Acho que está quebrado. - Diz e finalmente  olha pra mim. - Samantha? SAMANTHA? - Sua voz fica cada vez mais distante.

A porta do meu lado é aberta, as sirenes e luzes estão presentes por todos os lados.

- Ela, ela. - Tento apontar pra Lica mas não consigo. - Ela, ela. - Insisto quando percebo que eles estão focados em mim.

- Precisamos tirar ela daqui logo. - Escuto a voz de alguém, mais como um eco.

- Fique acordada. - Alguém segura meu rosto mas seu toque quase não é sentido por mim.

- Me perdoa... - Digo mais uma vez antes de fechar meus olhos e me entregar para o que quer que seja...
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Notas finais:

Como estamos? Querem conversar sobre isso? Teorias?
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17 não é 18.Onde histórias criam vida. Descubra agora