Capitulo 11.2

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Eu a tomo pela mão e a guio até o meu quarto, e quando ela entra, já sei que foi uma péssima ideia por estar tão bagunçado, nota mental: arrumar o quarto agora que Johanna vem me visitar. Ela mexe em meus agasalhos pendurados na mesa do computador, até que para e se senta na ponta da minha cama, eu encontro os meus desenhos e entrego para que os veja.

— Maravilhoso... tantos detalhes, tanta inspiração, querida, disse que eles te guiavam e te protegiam?

— Sim... sei que parece bobo, mas sou totalmente afeta dos anjos, acredito que eles possam existir e é neles que me apego.

— Eu também acredito, eles se tornaram a minha espiritualidade. Bem... já que estamos aqui... eu vou te mostrar a minha tatuagem de anjo.

Oh!

Balanço a cabeça aceitando de imediato, em qualquer lugar que estivesse seria perfeito, eu queria que estivesse em algum lugar especial, assim poderia tirar uma casquinha, mas sobre tais possibilidades eu descarto que esteja em algum lugar incomum.

Johanna se levanta da minha cama me entregando o caderno.

Os passos de suas botas são o único som que ouço, então ela fica de frente para mim, toma o topo do seu agasalho com zíper e o abre lentamente até em baixo, depois ela se vira e o desce até o chão. Ela tem uma segunda veste por baixo, uma camisa de linho na cor branca, então também a tira e está de sutiã.

Meu corpo todo treme, há uma tatuagem maravilhosa com um anjo homem pintado em milhares de cores diferentes, quatro asas, cabelos negros, olhos azuis e com o peitoral a amostra, em baixo dele um faixa de cor vinho que diz "Os anjos salvaram a minha vida, agora eu salvarei a de outros".

Era a coisa mais maravilhosa que eu tinha visto no dia, o todo me impressionava, a tatuagem vibrante, as curvas expostas naquele corpo com a pele ouriçada, os músculos nas costas da malhação.

— O que achou?

— É... simplesmente perfeito.

Eu me levanto e a toco, há texturas, cores que até confundem os meus olhos, o cheiro do seu corpo me possuindo, a vontade de acaricia-la e senti-la estava me domando, mas sou respeitosa, apenas acaricio o meio da sua coluna, desço pelas suas costas sentindo um frio na minha barriga e paro um pouco antes da cintura quando sinto que já estou ficando muito ousada.

Então me sento de volta na minha cama e ela levanta as vestes novamente enquanto arruma seus sedosos cabelos alaranjados como ondas macias.

* * * * *

Lá pelas 18:10, Johanna ainda estava comigo, assistíamos ao programa de começo de noite, juntas, quentes, abraçadas numa concha firme e eu mesmo inibida por toda e qualquer coisa que poderia acontecer por mais que eu quisesse.

Ela se vira para o meu lado, como estamos estiradas no sofá, podemos um estranho e reconfortante contato.

— Nunca conheci alguém tão doce como você, Cecilia.

— Nem eu uma mulher tão incrível como você?

— Gosta de garotas?

Eu ajeito meus cabelos, olho para a televisão enquanto sinto seu braço dar a volta em meu pescoço e ela beija o topo da minha cabeça.

— Eu não sei... nunca senti nada por ninguém, parecia que o meu coração estava vazio até então — dou uma pausa, tomo a sua mão entre a minha. — E você?

— Eu... gosto dos dois, garotas e garotos, sou bissexual. Aquela experiência que tive com Arthur serviu como um divisor de aguas para minha sexualidade.

Meu Indomável Desejo (Livro 1) - CONCLUIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora