Capitulo 32

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Mizael

Talvez realmente eu fosse o problema de tudo ,puxo uma das cadeiras que estão próximo mesa e me sento virado de frente para minha mãe, ela se serve de uma boa xícara de café e em seguida enche minha xícara também.

Sai do hospital a duas semanas e então minha vida foi apenas igreja, casa,casa ,igreja, não que ir à igreja seja algo ruim.

- Mizael!- Mamãe me tira de meus pensamentos me fazendo olhar para ela. - Sorria meu filho!

- Mãe eu estou cansado de ficar aqui em casa!- Respondo tomando um gole de café, passo a mão em minha cabeça que ainda esta enfaixado .- E ainda tem essa faixa!

- Filho eu já falei para tirar e aceitar raspar a cabeça!- E novamente ela sugere algo que pra mim é difícil .

Imagina eu andando por ai com a cabeça raspada e  com essa marca horrível na cabeça!

- Prefiro a faixa, eu ficaria ridículo com a cabeça raspada!- Digo dando outro gole no café. - Tenho vergonha da minha cabeça, ela é um pouco grande!

- Filho ,pare de falar que sua cabeça é grande!- Minha mãe tenta parecer séria mas deixa as risadas escaparem . - Você vai ter que tirar essa faixa ,ou sua cabeça vai acabar esquentando e o machucado não vai cicatrizar! Porque não faz um corte baixo?

Penso sobre o assunto e me imagino de cabelo bem baixo,faço uma comparação se é melhor raspar ou parecer um presidiário, e chego a concluso que é melhor que a marca vire logo uma cicatriz.

- A senhora me leva ao salão?- Pergunto fazendo mamãe me olhar surpresa e curiosa. - Não quero ir sozinho !

Confesso des do acontecimento  não saio sozinho de casa,até agora não encontraram o meu carro ,fiquei surpreso pois um carro é bem visível onde quer que esteja ,fico com vergonha de demonstrar meu medo ,mas o fato de minha mãe conhecer me deixa mais tranquilo.

- Claro meu bem,fique tranquilo ,tudo vai se resolver!- Suas palavras me trazem uma certa confiança .

Assim que paramos em frente ao salão, saio do carro morrendo de vergonha pois dentro do estabelecimento vejo muitas mulheres e moças esperando a sua vez de ser atendida.

- Vamos Mizael!- Minha mãe me chama quando percebe que estou parado no mesmo lugar,me movo tentando não demonstrar toda a vergonha.

Assim que entramos no salão me sento próximo a uma pilha de revistas de cosméticos e roupas,folheo uma de cosméticos, só para o tempo passar mais rápido ,algumas moças me olham curiosas e eu não entendo o porquê.

Aos poucos a quantidade de pessoas vai diminuindo e eu ainda estou vendo a mesma revista ,paro em uma pagina onde por acaso jurava ter visto o nome de Kat,mas me sinto um bobo ,pois existem varias Katarinas por ai.

- Vamos Mizael ,sua vez.- Minha mãe tira a revista de minhas mãos e a coloca novamente na pilha de revistas ,só ai percebo que na capa de trás tem um mulher nua com a mão nos seios,e é ai que a vergonha me atinge, todas estavam olhando pra revista ,talvez pensando coisa pior .

- Prontinho!- A cabeleira fala terminando de cortar meu cabelo o mais baixo possível .

Me olho no espelho e vejo que a marca ainda esta exposta e agora mais ainda ,estou parecendo um presidiário cabeçudo.

- Obrigada Ana!- Minha mãe agradece a cabeleira e ambas se abraçam, elas me olham sorrindo como se eu fosse uma criança que anseia por um doce .

De volta dentro do carro ,verifico novamente como ficou o corte ,mesmo não gostando permaneço quieto.

Ele Sabe Qual é O PlanoOnde histórias criam vida. Descubra agora