"Irmandade"

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~Anny

Eu, Natalie, Theiga, Sammy e Jully estávamos na gráfica, vidrados em meu computador que mostrava a câmera da entrada do almoxarifado, todos completamente ansiosos e receiosos com a situação presente.

Oliver, ansiando pela saída de seu parceiro, se movia de um lado ao outro quando vemos a porta se abrir, Gaivus sai. Hesitei em chama-lo, pois os dois estavam em um momento pessoal, mas após um certo tempo, não pude esperar, peguei o microfone e anunciei nas caixas de som da escola:

— Gaivus Väng e Oliver Figueira, por favor compareçam à gráfica — Usei o tom mais formal que pude, mas creio que não disfarcei devidamente minha ansiedade.

Pouquíssimo tempo se passou, Oliver e Gaivus bateram à porta, nos ajeitamos, todos foram para suas cadeiras e Jully se manteve do meu lado, de braços cruzados:

— O que estão esperando, entrem logo — Jully perde a paciência.

Os garotos entram, pedi para que se sentassem à nossa frente.

— Oliver, você primeiro, o que Giulia te disse? — Theiga pergunta calmamente, sem tirar os olhos do computador.

— Eu não permiti que ela falasse, estava muito irritado — Oliver responde cabisbaixo.

— Eu avisei — Sammy se pronuncia, com desprezo.

— Não se preocupe, nós te entendemos — Natalie o conforta, Jully se mantém quieta.

— E quanto a você Gaivus, o que aconteceu dentro daquela sala? — Indago, não me dando o trabalho de disfarçar o medo.

— Eles disseram que Kev ficou encarregado de roubar a chave da sala do Bondinho, e que eu devia filma-lo o fazendo — Gaivus nos responde, completamente o confuso, sem contato visual.

— JalaPiedras, tão previsíveis — Sammy desliga seu computador e relaxa na cadeira.

Todos o encaram, não tivéramos entendido qual conclusão ele havia tirado.

— Bom, isto é óbvio. Os JalaPiedras querem uma briga, mas não querem começa-la, então estão dando motivo para que o bondinho o faça, e eu te garanto, eles vão fazer — Sammy replica com uma cara de decepção.

— E é aí que eu entro — Jully se pronuncia, descruzando os braços e dando um passo à frente — Criarei um mini-campeonato de "aquecimento" para impedir as gangues de conflitarem.

— E por que elas parariam? Elas conseguem administrar o esporte e o conflito ao mesmo tempo — Natalie se confunde.

— Sim, mas eles não têm muitas pessoas. Se eles quiserem ganhar o campeonato, eles não podem ferir os esportistas, que são as pessoas que conflitam, ou seja, eles não conflitam — Jully concluí.

Todos se olham, a ideia realmente era boa e não consegui achar nenhum resquício de desaprovação em ninguém. Antes que déssemos o veredicto, Kelly entra euforicamente na sala:

— Anny! O Bondinho agora tem uma 1ª Dama

~Giulia

Eu e Kelly saímos da sala, estava completamente traumatizada. Kelly é guiada até a saída, mas eu fui guiada até uma mesa de centro, onde se encontravam outros integrantes.

Um deles, um garoto japonês razoavelmente alto e magro, pergunta o nome completo de minha amiga:

— Jasminiey Jaz — Respondo, curiosa.

— Certo, e quanto ao seu nome senhorita? — Seu tom formal soa estranho.

— Giulia Zimos, por quê? — Começo a me assustar um pouco.

— Por questões de segurança, não registramos no contrato o verdadeiro nome da Companheira de Touca em contratos. Poderia assinar aqui? — Ele sorri formalmente.

— Eu não sei se dev-... — Hesito, mas sou interrompida por um garoto loiro de olhos claros que se encontrava ao lado do primeiro.

— É para o bem de sua amiga, para o bem da irmandade e para o bom equilíbrio da escola — Ele sorri igualmente, me convencendo.

— T-tudo bem, eu assino — Pego a caneta e assino, sem ler o papel, para evitar que eu mude de ideia.

Fico esperando por cerca de meia hora, barulhos vinham da sala do líder. Quando a porta se abre, Jaz sai da sala envolta por uma toalha:

— O Major-Tenente a chama — Ela sorri, eu me assusto, pois, sua formalidade era idêntica às dos demais.

Quando entro na sala, Santiaghu estava sem camisa, e não se preocupou em pô-la:

— Não se assuste, querida, não irei fazer nada, apenas se sente — Ele aponta a cadeira com uma das mãos, eu obedeço — Você assinou o contrato, certo? Certo. Então deve saber que você é minha segunda companheira, e por isso, deve compartilhar das mesmas ideias que o Bondinho compartilha.

Ele retira uma pilha de papéis, um deles era uma lista:

— Você agora deve ser fiel, e deverá ficar sempre ao lado de Jasminiey, ela é sua ama, e deverá evitar qualquer contato com as pessoas desta lista — O Major me entrega o papel

Anny Perrone

Theiga Carbawo

Sammy Prud

Natalie Roché

Jully Queirozzi

Danielle Liz

Kev Mathies

Kelly Figueira

Oliver Figueira

Gaivus Väng

JV Podrick

JP Coreja

Izabelle Amora

Enrrico Fidelo

Lwani Moja

Me assusto com o tamanho da lista, mas ao mesmo tempo temo em contestá-lo, então sorrio, devolvo a lista, e concordo apertando sua mão.

~Danielle

Eu fui basicamente expulsa da gráfica e não achei Kelly nem Kev, então fiquei vagando pelo colégio.

Enquanto andava pelo segundo andar, Sr. Perrone me interceptou e pediu para conversar comigo:

— Olá, Daniella, certo? — Ele apoia a mão em meu ombro.

— Danielle, mas como preferir — Retribuo com um sorriso.

— Preciso que avise a Anny que eu comprarei um terreno para ser agregado ao colégio, e que teremos mais um prédio. Gostaria que ela e sua equipe achassem uma função para aquele prédio — Ele parece nervoso — Agora preciso ir, obrigado Daniella.

O homem sai a passos rápidos e o perco de vista rapidamente.

Sigo suas ordens e me dirijo a gráfica, bato na porta e a abro:

— Danielle, já não disse para não nos interromper hoje? — Anny vocifera.

— Trago mensagens de seu pai — Sorrio, esperando que ela peça a informação.

— Anda, abre o bico, garota! — Natalie consegue ser mais agteciva que Anny.

— O diretor pediu para que vocês cinco achem um uso para um prédio que ele comprou. Pelo que ele me disse, o prédio é de dois andares, mas é bem pequeno, três salas por andar e dois pares de banheiros.

— Agora mais essa! Temos que montar o orçamento disso também — Sammy reclama.

— E se a cede de esportes fosse lá? — Jully sugere de uma forma receiosa.

— Muito espeço para pouca utilidade — Theiga usa um tom levemente grosseiro — Digo, sem ofensas.

— O que raios vocês pensam em colocar lá? — Oliver questiona — É realmente necessário?

— O diretor já comprou, precisamos achar uma utilidade, não tem volta — Gaivus responde, de uma forma gentil com seu parceiro.

Por algum motivo, uma ideia me vem  a  mente:

— E se nós criassemos clubes!

AdarimOnde histórias criam vida. Descubra agora